Capítulo 24 - Hoseok

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"Me encontre em Yongsan-gu, próximo ao rio Han. Às 14:00.

Sinto sua falta.

– Tae."

Foi com aquela mensagem que Hoseok despertou naquela manhã, vinda de um número desconhecido. O adolescente não se desesperou, provavelmente tinha vindo do telefone celular do irmão do garoto, uma vez que sabia que o garoto detestava aparelhos tecnológicos antes de salvar o contato e apoiar o aparelho na mesinha de cabeceira, pensando em tudo que teria que fazer naquele dia em uma lista mental. Ele gostava de listas, embora não tivesse apreço em segui-las.

Quando ele ouviu o som de conversas na cozinha, ele sabia que estava na hora de levantar, sem se importar com o horário ou com o tempo restante que teria para dormir. A mensagem de sua paixão tinha sido o suficiente para despertá-lo, desejando que as horas passassem logo para finalmente encontrá-lo.

Céus, ele se tornou o que mais odiava.

As vozes se tornaram mais altas, e foi quando notou que estava na mesma posição fazia mais de cinco minutos: sentado na cama, encarando a parede a sua frente, enquanto a bagunça costumeira de seu quarto o cercava. Ele mentiu quando disse que conseguiria manter organizado, porquê era uma grande falha de seu ser.

Por fim, ele se levantou, criando forças para se erguer antes de caminhar para fora do quarto, querendo como primeiro de tudo saber o porquê de tanta gritaria. Seus pais trabalhavam fora, SeokJin era uma pessoa silenciosa – às vezes –, então simplesmente estava confuso com o que poderia estar acontecendo.

A primeira coisa que ele notou ao chegar na cozinha foi a bagunça que a cercava. Seu pai, no fogão, mexia em algo das panelas enquanto SeokJin estava agachado sobre o piso, tentando retirar uma grande de massa do piso. Hoseok achou aquilo um tanto inútil, porquê era visível que tinham manchas maiores ao seu redor, e que sairiam com mais facilidade se ele usasse produto de limpeza e um esfregão. Hoseok também notou que sua mãe aparentava estar em nenhum lugar, o que respondeu o seu questionamento de porquê estar tudo bagunçado: se ela estivesse ali, tudo estaria perfeitamente limpo e seu pai não estaria cozinhando, porquê era de conhecimento geral que ele era péssimo nisso.

— O quê vocês estão fazendo? — questionou confuso ao se apoiar no batente da porta, cruzando os braços sobre a camisa listrada que vestia, apertando seu corpo magro demais.

Rapidamente ele teve a atenção de SeokJin, que olhou em sua direção com um mínimo sorriso no rosto bonito. Hoseok notou que sua blusa listrada também tinha manchas de massa, o que só contribuiu para sua confusão, porquê Jin sabia cozinhar desde os doze anos, então aquilo não era comum.

— Nosso pai teve a brilhante ideia de fazer bolinhas de queijo na panela de pressão, e bom... ela explodiu — foi quando ele finalmente começou a prestar atenção no cheiro que cercava a cozinha: óleo e algo queimado, que agora ele sabia ser o metal da panela.

Hoseok teria rido, se não fosse trágico.

— Em minha defesa, essa panela está velha e sempre falei para a mãe de vocês que devia ser trocada. Me ouve? Claro que não! Diz que temos coisas mais importantes para gastar nosso dinheiro, além das dívidas de cartão que você, SeokJin, criou.

O homem agachado revirou os olhos, decidindo ignorá-lo enquanto continuava limpando. Hoseok riu silenciosamente, achando graça como o irmão sempre se calava quando discutia com o pai, porquê este não tinha paciência para brigas. Ele era mais do tipo de falar o que pensava impulsivamente e depois pedir desculpas, arrependido.

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