Código Binário | Vhope

Capítulo 4 - Taehyung

#CodigoBinarioVhope

A música salva é a tema (futura) do Taehyung. É como uma prévia do que ele sentirá nos próximos capítulos.

Boa leitura.

***

A turma se manteve no mais profundo silêncio enquanto Taehyung encarava cada pessoa ali presente, como se as estudassem. E talvez realmente estivesse o fazendo, porque quando seus olhos pararam no trio nas carteiras no centro da sala, um brilho orgulhoso invadiu seus olhos por mínimos segundos, desaparecendo antes que alguém se questionasse se era real ou uma invenção de suas mentes cansadas pelo sono.

— O que está olhando, Bizarro? — Jimin questionou, fingindo não se afetar pela maneira que era encarado. Taehyung não desviou sua visão, criando todo um perfil em sua mente a respeito do que lhe informaram sobre ele.

Park Jimin – 13/10/2006 – 16 anos. Filho de Park JiKwon, é herdeiro da Park's Constructor, responsável pela construção dos maiores edifícios políticos do país. Seu pai fez um sarau* para ajudar na eleição do atual presidente, Im JaeYoung.

É uma das suas vítimas, e portanto, Taehyung deve investiga-lo da melhor maneira que podia.

Ele arquivou a imagem do adolescente em sua programação, junto de um lembrete: nunca desviar o olhar do garoto. Não poderia deixar escapar qualquer chance de descobrir algo.

— Ahn... Taehyung? — ele sentiu uma mão delicada tocar seu ombro, o obrigando a desviar o olhar do moreno que parecia incrédulo demais para entender o que acontecia. Taehyung olhou para a professora, que tinha um sorriso nervoso nos lábios de cor estranha. — Por que não encontre um lugar para sentar? Hm... assim iniciaremos a aula.

— Tudo bem — ele disse, ajeitando a sua mochila nas costas antes ir até o fundo da sala, onde teria uma visão perfeita de Jimin. Taehyung notou pelos seus sensores atrás das costas a maneira que ele conversava com dois garotos ao seu lado, que ele decidiu também investigar. Quem sabe não tiraria dali informações importantes?

Taehyung jogou sua mochila na mesa ao lado de um garoto calado demais, observando-o por dois segundos antes de se sentar, encontrando uma posição confortável. Suas mãos se uniram na madeira da carteira, a posição ereta e perfeita, como se ficar daquela forma não o incomodasse, fez com que o androide recebesse olhadelas confusas enquanto virava a cabeça para o lado, em direção a janela onde estava apoiado. A vista era bonita daquela altura, além de que o vento também era confortável, impedindo-o de ficar deslocado.

Mas ele não estava ali para observar o céu, meninos calados, ou estudar – até porque ele sabia de toda a matéria que a professora escrevia no quadro. Ele estava ali para investigar Park Jimin e encontrar suas outras duas vítimas, que poderiam estar em qualquer lugar daquele campus. Ele tinha uma missão, e ele iria cumprir, não importa o que fosse necessário para isso.

— Oi — a voz rouca ao seu lado o assustou, fazendo-o virar a cabeça para o olhar o menino – não tão – calado que agora lhe observava, dando um dos vários sorrisos forçados que provavelmente era acostumado a usar. Taehyung arqueou a sobrancelha, confuso. Era comum pessoas cumprimentarem estranhos assim? — Me chamo Hoseok. Jung Hoseok.

— Olá — sussurrou, sem saber o que dizer. — Você já sabe meu nome, se me ouviu dizer na frente da sala.

— Uhum — ele concordou com a cabeça, fazendo que fios escuros caíssem em sua testa. Ele deveria cortar esse cabelo, Taehyung pensou. Estranho. — Por que você tava olhando tanto para o Park?