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Capítulo 10 - Hoseok

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Quando o frio se tornou mais intenso, foi quando muitas famílias decidiram que era o momento de juntarem o suficiente para sobreviver à pior estação do ano.

Naquele dia, a neve começara a surgir na grande capital sul-coreana; as calçadas eram marcadas pelo branco, plantas começavam a congelar, e carros caminhavam mais lentamente pelas estradas, temendo que algum acidente acontecesse. E a família Kim-Jung caminhava apressada pelos corredores do supermercado, na procura do que precisavam; SeokJin ia até as áreas de bebidas, na intenção de pegar litros de água, seu pai e sua mãe iam até a área que possuía lenhas já cortadas, e Hoseok fingia escolher enlatados, passando os olhos pela validade antes de jogar no carrinho, entediado.

— Feijão... Tomates... Por que alguém compraria tomate enlatado? Ah, é o molho... Okay então — e jogou dentro da cesta, voltando a olhar alguns alimentos aleatórios antes de sair daquele corredor, indo até a área de lámen. Comida enlatada não poderia ser menos pior do que lámen, certo? Bom, o macarrão instantâneo pelo menos tinha sabor de camarão... Vantagens.

— Pegou tudo? — a voz tão conhecida de Jin soou no fim do corredor a duas estantes de si, chamando sua atenção.

— Peguei o que cabia na cesta — murmurou, observando os sapatos que usava. Seu alô-Star verde limão tinha manchas que ele sabia que não sumiria, o que era horrível porquê sua mãe não gostava que ele andasse com sapatos encardidos. Bom, de qualquer forma, não era sua culpa.

Jin encarou o que ele carregava, suspirando.

— Acho que é suficiente por agora. Venha, papai quer comprar uma árvore de Natal — ele revirou os olhos antes de ir até a área onde deixaram suas compras, sendo seguido pelo caçula.

— Por que? Não somos cristãos, e tampouco seguimos alguma religião pagã.

— Não faço ideia, mas também não quero discutir — explicou, ajudando o irmão a colocar as latas no carrinho abarrotado de compras. — Ele está estranho esses dias.

— Tenho certeza que... — o som de seu celular tocando impediu-o de continuar sua fala, enquanto SeokJin encarava seu bolso, onde o celular estava guardado. Hoseok se afastou sem dizer nada, pegando o aparelho para ler o nome "Namu" na tela. Seu cenho franziu antes de atender a ligação. — Alô?

— Oi, Hobi — pelo tom de voz, Hoseok sabia que o melhor amigo estava sorrindo. Ele sorriu junto, porquê gostava de saber que o melhor amigo estava bem. — Onde você está?

— Em um supermercado, fazendo compras idiotas para o inverno — ele revirou os olhos —, e você?

— Então... — ele parou, dando segundos de silêncio. — Sabe o parque que fomos e encontramos seu colega lá? O Taehyung.

— Sei. O quê tem ele? — ficou confuso, sabendo que coisa boa não viria pela frente.

— Eu estou aqui — disse. Hobi tava pronto para mandar um "e daí?" quando ele continuou. — E seu amiguinho também.

— Não somos amigos, amigos — explicou. — Só somos amigos quando ele precisa de algo.

— Tá. Tanto faz — ele já tinha conversado o suficiente sobre aquilo com Jung Hoseok para continuar a discutir. — Até que ele não é de todo ruim, assim como você fala.

— Jura? E por que?

— Ele tem uns papos engraçados, Hobi. De alguma forma ele é engraçado, sendo todo sincero.