Capítulo 2

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Capítulo 2 - Erin: Nascida em desgraça

"Você é mais forte do que qualquer coisa que a vida joga em seu caminho."

- Brooke Davis.

Sua vida poderia ter tido um ponto final aos 15 anos de idade se o detetive Henry Voight não tivesse encontrado ela, não tivesse salvo sua vida.

Sua infância não foi uma infância normal. Que tipo de criança tem que tomar conta de um bebê aos 5 anos? Que tem que ir até um beco assustador pegar um pacote aos 7 anos? Que tem que salvar a vida da mãe drogada quando se tem apenas 9 anos de idade e sua mãe tem o triplo do seu tamanho? Que aos 10 sua mãe está drogada demais para defender ela do abuso que sofreu do milionésimo namorado que sua mãe levava para casa? Que aos 11 começa a roubar para conseguir se alimentar? Que aos 12 é detida 2 vezes? Que aos 13 começa a se drogar e vender seu corpo?

Desde nova ela tinha que sobreviver. Ela teve poucos momentos felizes na infância, as vezes o que era pra ser um dia bom se transformava em um pesadelo. Ela sofreu muito nas mãos de quem deveria cuidar, proteger e dar segurança a ela, sofreu nas mãos de quem prometeu cuidar e proteger ela, nas mãos de quem jurou ser seu amigo e jurou amá-la e de homens nojentos e asquerosos.

Sua mãe apresentou as drogas para ela e no inicio ela recusou, ela não queria se tornar a sua mãe, mas ela precisava estar chapada para aguentar aqueles homens nojentos passando suas mãos nela. Morar com Charlie Pugliese depois que sua mãe sumiu parecia um sonho no inicio e ela achou que seria a melhor coisa que já tinha acontecido na sua vida, mas foi piorando e com apenas 15 anos ela já tinha sido abusada física, verbal, sexual e emocionalmente, com apenas 15 já vendia seu próprio corpo para sobreviver, para manter a casa quente e ter comida, ela se viu 'apaixonada' por um homem 10 anos mais velho, mas naquela época ela não sabia o que era amor, o que era ser amada e ela nunca pensou que saberia.

Se tornar informante foi bom, era assustador, pois caso eles descobrissem, ela estaria morta, mas o dinheiro era bom, ela preferia isso do que ter que ficar com homens asquerosos que gostavam de abusar de crianças e adolescentes vulneráveis.

Erin Lindsay, nunca pensou que sua vida seria diferente da que ela estava vivendo, que seria amada como uma filha merece ser amada, que deixaria de precisar lutar para ter comida em casa e uma casa aquecida no inverno, mas o policial Henry (que aprendeu a chamá-lo de Hank) Voight a salvou, se não fosse por ele, ela morreria ou teria um destino exemplar ao de Bárbara Fletcher, sua mãe. Ter uma escopeta apontada na sua cara não é nada legal.

Bunny (o apelido de sua mãe, e bem, não era surpreende visto com o tanto de cara que ela sempre estava "pulando" por ai), sumiu e nem mesmo se importou com ela, mas Erin estava se recuperando, se desintoxicando.

Ela foi morar com o policial, ganhou roupas novas e muito bonitas, para a vida que teve, ela nunca pensou que terminaria o ensino médio, muito menos em uma escola particular. No início não foi bom perder seus 'amigos' e ser zombada quando descobriram a verdadeira história dela, ela queria agredir todos eles, mas ela não poderia decepcionar Camille e Hank. Ela nunca disse em voz alta, mas ela os considerava seus pais, ela não os chamou de pai e mãe, mas eram como se fossem e quando Camille disse que queria que ela fosse uma Voight no papel seu mundo não poderia ser melhor, infelizmente Bunny nunca autorizou, mas Camille se sentou com ela no chão do quarto dela e disse 'para mim você sempre será uma Voight'.

A vida foi muito boa após se mudar para a residência dos Voight's, ela ganhou pais, um irmão e esperava que Teddy tivesse tido a mesma sorte que ela. Ela tinha um quarto só para ela, ele era um quarto enorme(pelo menos para ela), ela nunca pensou que teria um, nunca mais chegou perto das drogas, Camille a levou para o dia das garotas algumas vezes, eles jantavam em família sempre que Voight estava em casa, fizeram viagens em família, ela recebeu presentes no natal. O final da sua adolescência parecia um sonho a ser realizado, ela se sentia uma garota sortuda e não pediria mais do que isso. Camille disse que a amava, Justin a aceitou em casa e ela devia tudo isso a Voight, ele deu uma família a ela. Ele era a inspiração dela. Ele a ensinou a dirigir e ela decidiu se tornar uma policial e poder fazer a mesma coisa que Voight fazia pela cidade.

Linstead - Prometemos sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora