Capítulo 25

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Capítulo 25: Se fôssemos normais

"Eu não sei o que penso que somos. Só sei que gosto do fato de haver um 'nós' para conversar."

- This is us

Depois que Jay foi atrás de Hailey, Erin ficou e atualizou todos sobre o que estava acontecendo, as mudanças que estavam prestes a acontecer e como Jay disse no carro eles adoraram a notícia. Agradeceram que ela tivesse disposta a realmente voltar para que eles não perdessem seus empregos, além disso, nenhum deles queria mudar de emprego, pelo menos não por agora e Lindsay era de confiança, eles sabiam que ficariam bem nas mãos dela, eles lidariam com tudo como uma equipe, Lindsay, seria apenas a líder e eles estavam satisfeitos com isso.

Após terminar a conversa com os amigos, Adam e Kevin descobriram que Charlotte estava com Trudy e ambos começaram a discutir quem iria ser o melhor a fazer ela rir enquanto iam atrás da garota. Erin caminhou pelo bullpen, memórias boas passaram por sua mente sobre esse lugar, sempre foi sua casa, ela amava o trabalho, a equipe que se tornou sua família e ela era muito feliz com a vida que tinha agora, mas ela não vai mentir que uma parte dela estava feliz em estar de volta.

No entanto, era bem estranho que ela não se sentaria na sua antiga mesa, que Jay não seria a pessoa que ela observaria discretamente enquanto ele estava concentrado ou ficaria flertando e provocando durante o trabalho como foi desde o primeiro dia que se conheceram até o último dia dela.

Ela entra na sala de Hank Voight, agora sua sala pelos próximos meses. Ela nem pode acreditar que isso estava acontecendo, ela nunca pensou que iria substituí-lo. Nunca foi sua intenção, a verdade é que Lindsay nunca foi de pensar muito no futuro, ela parou com isso quando fez 10 anos, ela acreditava que sua vida nunca iria melhorar, então todos os acontecimentos bons de sua vida, ela via mais como sorte do que merito próprio, mas também via como apenas a vida brincando com ela, como se assim que lhe desse algo muito bom iria lhe arrancar das maneiras mais dolorosas possíveis, foi assim a sua vida inteira, não seria diferente agora. Ela pode parecer corajosa por fora, mas seu maior pesadelo é o que o futuro lhe reservava, quantas pessoas ela ainda iria perder?

- Você está preparada para assumir? - diz a voz de Kimberly no batente do escritório.

- A resposta sincera? - a morena se vira com um meio sorriso. - Não... fico me perguntando se eu não vou estragar tudo e piorar a situação de vocês...

- Erin, nós confiamos em você, sempre. Estávamos com saudades e como eu disse antes, não somos mais os mesmos, você abriu mão da sua vida em NY para nos ajudar, somos família e eu tenho certeza que só vamos ter mais certeza passando esse tempo juntos, acho que é por isso que tudo isso está acontecendo, sinto que coisas boas estão por vir.

Como dizem, os opostos se atraem. Kim parecia uma garotinha, Erin amava esse lado nela, não a fazia mais fraca, pois a agente federal sempre soube da capacidade  da oficial, mas fazia dela ainda mais humana. Ela era o tipo de pessoa que via a vida mais para o lado otimista, coisas boas sempre vão acontecer, tudo tem um significado por trás. Enquanto para Lindsay, além de ser realista, ela era bem pessimista, estava tentando ser menos por Charlotte, mas ainda sim, ela não acreditava que o mundo fosse um lugar bom, era um lugar cruel, cheio de pessoas crueis e que as raras excessões eram boas e o resto, poderiam viver uma vida aceitável, nem cheia de traumas, mas também nem cheia de alegrias, mas isso não importava e nem afetava a amizade das duas.

- Ah... desculpe. - a oficial diz assim que o celular toca. - Tenho que ir, Mak já está liberada, preciso ir busca-la.

- Vai lá... nos vemos em breve...

Linstead - Prometemos sempreWhere stories live. Discover now