Capítulo 13 - Jogos de Azar

26 6 65
                                    

      Nota

A partir deste ponto a narrativa volta a ser linear e...

Boa sorte!

Boa sorte!

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


      Elawan, seus pensamentos rugiam por ela. Forte o bastante para alcançá-la no andar superior. O encontrou na escura sala de chá do térreo.

– Já ouviu falar de pó negro – iniciou o feérico. Sorel negou. – Chamado de inferno gris no sul. Quero que supervisione a retirada daqueles malditos barris da minha adega. Depois dê ordens que cada alcova dessa casa e cidade seja revistada em busca dos cúmplices e da substância, mas mantenha archotes longe... – Ele prosseguiu, sem que que a branah lhe desse atenção. Ira estava enraizada em sua fala, mas a feérica tinha a dela, era fria. Na saleta do primeiro andar, uma vela de cera de abelha havia sido acesa no canto. Absorveu a composição do cenário com a surpresa lhe tomando a face. Avançou na direção da mulher largada na cadeira.

– Aparecendo sem convite? A idade minou sua cortesia, milady.

     Lidney derramou nojo por sobre a dor. A mão direita estava deformada num ângulo incômodo.

– Discordo, o cabelo escuro e a maturidade caíram bem a ela. Empresta. – Elawan não esperou permissão para tirar o prendedor dos cabelos da feérica. Os olhos escuros da humana o desafiaram. – O que pedi, Lidney, isso acaba. – Silêncio. – Devia ter ficado longe.

      A ponta de metal atravessou a mão humana e se alojou no braço da cadeira de amieiro. Sorel lamentou, ainda que madeira e tecido fossem carmim, teriam de se livrar do conjunto inteiro. O grito de dor ficou entalado na garganta humana.

– Eu podia ter tentado – resmungou Sorel.

       O feérico lhe indicou que prosseguisse, massageando a têmpora. A branah se debruçou sobre a mulher que se agarrava a sua dor, um olhar tão selvagem como não via em humanos. Que quer anuviasse os pensamentos se fazia um obstáculo para a branah, mas reconheceu a situação. Elawan riu conforme ela se esforçava em sua tentativa.

– Como o marido – Elawan não estava desconfortável como devia. – Kervan sempre foi bom executando planos, nunca concebendo. Pode me contar? – Com a calma de um artesão, ele moveu a seta por entre os ossos da mulher.

    Espasmos de dor a percorreram.

– Elath – Ela gritou. – Apoio... meu primo. Não ficamos parados nos últimos anos. Eu... – Lidney tentou conter as próprias palavras ao morder os lábios. O lorde continuou, mais devagar. – Nos separamos, não era esse o plano. Ele não seguiu. Não seguiu. – O rosto de Elawan estava esculpido em pedra. Deus ou monstro, dependia do ponto de vista. A mulher arfava copiosamente. – Kervan ia a Hillon! Ela vai te deixar uma cabeça mais baixo.

Entre Damas e EspadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora