Parte III

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Não sei porque diabos aceitei subir no brinquedo junto do meu colega misterioso, mas lá estava eu ao seu lado esperando-o nos levar as alturas. O Kim não pareceu ter medo, sendo oposto dele, eu estava rezando em cinquenta línguas diferentes. Tenho pavor de altura, entretanto, iria até o Inferno para conseguir respostas.

Minha mini coragem começou a se dissipar no momento em que o brinquedo -provavelmente criado pelo capeta- começou a se movimentar.

  — Seus amigos são confiáveis o suficiente?

  — Garanto que mais que você.

  — Discordo.

  — Problema seu. — Prendi o ar quando o brinquedo desceu ladeira a baixo. Meus gritos fez TaeHyung rir e gritar em seguida, mas não era de medo como eu. — O que você realmente é?

  — Isso realmente importa? — Retruca.

  — Óbvio.

  — Eu sou o que você quiser que eu seja. — Ele responde totalmente o contrário do que quero ouvir. — Escuta, Anjo. Você corre perigo.

Após suas palavras, o ferro que deveria me segurar saiu do lugar e fui literalmente jogado longe. Meu corpo estava caindo numa velocidade absurda enquanto meu grito irritava minha garganta. Assim que caí no chão me vi novamente ao lado de TaeHyung, o brinquedo estava parando.

  — O que você fez? Eu estava caindo e... — O homem colocou o dedo em meus lábios, calando-me. O Kim me ajudou a relaxar. Meu coração estava a mil. — Vou procurar Jimin, quero ir embora. — Busquei por meu amigo e os outros, porém não estavam em lugar nenhum. TaeHyung me seguiu por todo o parque.

  — Posso te levar em segurança, Anjo.— TaeHyung propõe.

Meu instino não quer confiar nele, porém não tinha outra forma de voltar para casa. Estava sem o celular ou dinheiro, a única chance era aceitar a carona do estranho. TaeHyung me levou até seu Jeep Verde e dirigiu em segurança até minha casa.

Eu ainda estava com os pensamentos naquele sonho maluco da minha morte, posso ter inventado por conta do medo.

  — Você pode entrar comigo? — Pergunto hesitante. Meu pai jamais permitiria trazer alguém que ele não conhece, mas ele não está aqui para impedir.

  — Confia em mim?

  — Não. — Minha resposta o faz sorrir. Deixamos seu carro, adentramos minha casa e o levei até a cozinha. — Esqueci de avisar que não tem comida pronta. Falei a minha governanta que iria comer fora.

  — Tudo bem. Sente-se, irei preparar algo para você, Anjo. — Ele se dirige até as facas e pega um delas. Meu medo de morrer volta imediatamente. Dei alguns passos para trás e ele se virou para mim. — Gosta de tacos? Posso fazer de vários tamanhos. — Minha boca não emitiu som e ele percebeu meu nervosismo. — Não vou te machucar, Anjo.

Num ato de inconsequência, dei meu voto de confiança e ele não a quebrou. Fez um prato delicioso, mas não comeu, apenas me assistiu. Quando terminei de lavar o que sujei, fui surpreendido com sua presença atrás de mim. Andei a passos cegos para trás e TaeHyung segurou minha cintura. Ele me colocou em cima do balcão e aproximou sua boca da minha.

  — Minhas pernas estão dormentes. — Falei disparado. Seu olhar desceu para meus lábios e voltou a se reencontrar com os meus olhos totalmente assustados.

  — Podemos resolver isso, Anjo. — Respirei fundo quando ele me beijou.

Sua língua morna foi atrevida ao pedir passagem. Me arrepiei com tal contato e aprofundei ainda mais nosso ósculo nada gentil. Senti novamente o piercing em seu músculo atrevido e saboroso. Aos poucos foi se tornando viciante e mais caliente. Puxei seus cabelos entre meus dedos trazendo-o para mais perto, enquanto sua boca me fazia sentir melhor os chupões em meu pescoço. As lembranças voltaram e com ela um calor incomum.

Coração Valente | kth & jhsWhere stories live. Discover now