Parte XXVI; final

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"Se você não conseguir fazer com que as palavras trepem, não as masturbe."

Antes do TaeHyung, eu achava que sabia o era amor. Jurava que precisa dizer sempre que ama tal pessoa, como meu pai e eu fazemos, quando na verdade, amar deve ser meticulosamente medido em suas essências. Falar demais é bom, mas cansa. Tentar agradar sempre é exaustivo. Não dizer nada pode ser interpretado de formas diferentes, entretanto, a falta dos argumentos também magoa. Por trás de tudo ao meu redor nem sequer imaginei alguém me amar tanto.

Costumam dizer que só vemos o que somos, e eu não via nada, pensava no pior à todo momento e não percebi que só precisava abrir os olhos para enxergar além do visível.

Alguém pode te amar, mas se você não quiser nunca vai saber.

  — Meu rosto está doendo de tanto sorrir, que ódio. — Jane resmungou, ainda rindo com dificuldades. — Meu filho finalmente vai vir me visitar.

  — Fico feliz com a sua felicidade, Jane. Você merece tudo de bom.

  — O que vai fazer hoje?

  — A Ruth irá passar a tarde conosco e pretende ir embora. Depois da prisão dos pais ela só quer fugir de péssimas lembranças. — Respondo, lamentando brevemente pelo tsunami de ocorridos. — E a noite, bom, Tae e eu vamos aproveitar o tempo a sós.

  — Ela é uma garota incrível. Fiquei horrorizada quando me falou da Seita que os pais participaram. — Jane estremeceu. — Há muita gente nesse mundo que prega coisas erradas e se acham donos da razão.

  — Ruth é forte, vai superar. Disse que quer estudar e recomeçar do zero.

  — Falando em vida, o que planeja com TaeHyung? — Indagou. — Vão casar? Estudar fora? Talvez viajar?

  — Por agora, queremos aproveitar o começo do namoro. Sou jovem, pretendo realizar meu sonho da faculdade de dança e trabalhar com algo que gosto. — Respondo. — Casar não é uma opção.

  — Se eu fosse você, agarrava logo aquele gostoso. Com todo respeito.

  — Ele já é meu, não devo me preocupar.

  — Que vontade de pedir divórcio e beijar a primeira mulher que eu vir.

Uma série de gargalhadas nostálgicas trouxe um alívio por ocorrer tudo bem. Meu pai ligou avisando sobre sua vinda no fim de semana, Jimin viajou para Ilsan ao encontro de um namorado virtual e Choi San, bem, TaeHyung deu um jeito de o consertar.

  — Ainda não acredito que aceitei descolorir seu cabelo, Hoseok.

  — Tô parecendo uma manga.

  — Mirou no Brad Pitt e acertou num pintinho.

Jane gargalhou alto da situação. Tinha dado a ideia de ficar loiro, mas é óbvio que não daria certo e o preço a pagar é caro. A mulher saiu para a farmácia alegando que iria comprar mais descolorante e alguma tinta apropriada, isso após tirar muitas fotos zoadas.

  — O que aconteceu com o seu cabelo, Hoseokie? — Ruth questionou.

TaeHyung adentrou a sala olhando na mesma hora e abriu um sorriso adorável.

  — Está tão fofo com essa cara de desgosto. — O Kim falou, movendo os fios já secos.

  — Tô parecendo uma manga chupada, isso sim.

  — Eu amo chupar manga.

  — Ser solteira dói, às vezes. — Ruth cantarolou nos fazendo rir.

Coração Valente | kth & jhsWhere stories live. Discover now