Coração Valente | kth & jhs

Parte XX

"Quem não goza gostoso, inferniza a vida dos outros."

A diferença do meu real sentimento sobre a presença de Kim TaeHyung ao meu lado agora é gritante. Ele não era capaz de transmitir confiança, entretanto, em meio aos acontecimentos  o Kim passou a ser alguém que confio. Além disso, ele se dar bem demais com meu pai e Jimin, algo quase impossível.

Desde nosso namoro as coisas parecem fáceis. Há questões em mim que apenas ele é capaz de consertar. A ansiedade some quando ele está por perto e isso melhorou meu sono de forma visível, embora algumas noites ele seja a razão de não me deixar dormir por passar a madrugada trepando.

  — Vocês estavam inseparáveis, mas por causa de bolinhos deixaram-me no meio da briga? — Eu disse, indignado por culpa dos "melhores amigos para sempre" estarem brigados.

Xingue o Jimin, bata nele, dê um tiro, mas nunca, em hipótese alguma, coma do bolinho que ele costuma levar pra escola. Nenhuma alma penada teria a audácia de comer o que lhe pertence. Bom, isso até TaeHyung chegar com esse instinto e síndrome de "comi mesmo e foda-se".

  — Escute Tae, você pode comer o meu melhor amigo, mas os meus bolinhos são sagrados. Entendeu? — Jimin falou, poderia jurar que seu rosto iria explodir pela raiva estampada.

  — Ambos deliciosos. — TaeHyung rebateu, umedecendo o lábio inferior de forma exagerada, mas ainda sensual.

O intervalo mal tinha começado e os dois ainda não haviam terminado a discussão. Passei a ignorar os inúmeros xingamentos levando minha atenção para os outros alunos, incluindo San e seu grupinho.

Será que ser popular é realmente tão incrível?

Sim, é. Muitos cumprem favores, os superiores adoram, maior chance de ganhar uma votação na escola, incontáveis chances de ser escolhido à dedo por olheiros e ser o escudo do Colégio. Algo assim no ambiente escolar pode ser sorte.

Há poucos dias me inscrevi no concurso de dança tendo San como meu adversário. O problema não é em real os passos de dança, mas a votação obrigatória dos alunos. O prêmio é uma bolsa gratuita para a faculdade que não inclui apenas dança no calendário, e é óbvio que não posso perder. Poderia simplesmente pedir para meu namorado usar truque mental e fazer os alunos voltarem em mim, mas não costumo jogar sujo.

  — Se voltar a acontecer, vou grampear seu pau na perna e então nunca mais vai trepar de novo. — Jimin ameaçou antes de sair pisando forte, ele estava muito puto e com razão.

  — Ele é sempre tão...intenso? — O Kim insiste em segurar minha mão e entrelaçar nossos dedos.

  — Dê um tempo, sei que a reconciliação de vocês não vai demorar. São melhores amigos agora.

  — É normal querer dar na cara dele, anjo?

  — Super. — Respondi, rindo de sua expressão seria e forma hilária de dizer isso. — Você está tão lindo hoje.

  — Nas minhas estimativas estou lindo todos os dias. — Falou convencido. Quem dera ter essa auto-estima. — Além de lindo você está cheirando a baunilha de novo.

  — É o meu xampu, sabonete e água. Isso se chama banho, sabe?

  — Nu. Sei como é e não tem coisa melhor. — O esverdeado mordeu o lábio devagar aproximando seu rosto no mesmo ritmo. Faltando poucos centímetros para nossas bocas tocarem uma a outra, Tae desmanchou o sorriso. — Estava me perguntando em que momento iria aparecer, pois sua morte está muito próxima. — Franzi o cenho pelos argumentos do Kim e olhei na mesma direção que ele, quase tive um infarto.