Parte XXV

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"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal. "

  — Eu não o entendo, Jeon. Você fez tudo isso? Por quê?!

  — Vocês adoram ter um motivo para agir. A verdade é que eu não preciso de um, eu simplesmente fiz por diversão. — O moreno sorriu. — Não me olhe assim, Hoseok. Nem todo psicopata precisa de uma razão.

  — O que eu fiz pra você?

  — Você nasceu. Sua raça de imortais existir foi o maior erro do Todo Poderoso e, por mais que eu ame torturá-los, são pequenas falhas que devem sumir como pó. — Ele estalou a língua, observando as pessoas ao redor e sorrindo mais uma vez. — Possuir criaturas como você pode ser tedioso. Eu não teria nada contra se TaeHyung não te desejasse tanto. Ele, assim como Yoongi são idiotas e fracos.

  — O que Jimin foi para você, então? Um passa tempo?

  — Sim, isso define bastante. Uma pena ele desconfiar de mim tantas vezes, se me amasse, seria mais prazeroso matá-lo. — Ele olhou para os fiéis. — Vigiem todo o local e matem qualquer filho do Diabo que tentar invadir.

  — Sim, Pai Espiritual.

Merda, onde TaeHyung se meteu que não escuta minhas preces? Ele some quando mais preciso dele.

  — Você diz não ter motivos para me matar, mas ao que parece sente inveja de TaeHyung.

  — Inveja?

  — Ninguém te ama ao ponto de sacrificar tudo. Você é só um lixo vazio vagando sobre a terra e que não vai ser feliz nunca.

  — Deus tem seus fiéis assim como o Diabo conseguiu. Eu só desejo ter o que eles têm e isso não vai demorar. Eu almejo ser um tipo de Deus justo.

  — Se me matar, o TaeHyung não vai te perdoar.

  — Achou que eu não tinha um plano? Pensei que fosse mais inteligente, Anjo. — Jeon gargalhou. — Nesse momento, Yoongi e ele devem estar nas mãos de JooHeon, o Lucifer, sendo estilhaçados. Mello ficou muito feliz com a troca. — Voltou a apontar a arma para mim. — Me entregue esse anel e apodreça no Inferno.

  — Não pode me matar se eu estiver com ele. — Levantei, afastando-me do corpo sem vida de Ruth.

  — Mas posso te fazer sentir dor. — Disse ele pondo o dedo no gatilho.

Antes que houvesse o disparo, um corpo jogou-se contra o de Jungkook fazendo ambos caírem do outro lado da Catedral. Yoongi conseguiu jogar a arma para longe desferindo socos em Jeon, que apenas ria daquilo.

  — Está rindo, filho da puta?! — Yoongi berrou alto.

  — Chegou tarde, sua amada está no lugar aonde você nunca voltará.

A boca de Jungkook estava toda ensaguentada e não demorou para ele jogar Yoongi para longe. Peguei a arma e corri em direção a porta, porém não abriu. Jeon já caminhava em minha direção e mais uma vez teve o corpo jogado para longe, desta vez por Mello.

  — Ah Jeon, você está tão fodido. Sabe, é muito bom saber quem era a maçã podre entre nós. — Mello gargalhou, jogando os cabelos dourados para trás. — Me entregue isso, Docinho. — Pediu a arma, hesitei, mas ao vir Jungkook revelar suas asas a entreguei.

  — Vai pagar caro por me trair, Melão. Acho que sua cabeça dará um ótimo troféu. — Mello atirou algumas vezes sendo todas falhas pela imortalidade dos Anjos Caídos.

  — Eu não queria estar na sua pele, amigo.

Céus! Como vou escapar de uma Igreja cheia de pessoas não confiáveis? Eu não demorei nove meses para nascer e morrer de forma tão cruel. Seja qual for a razão da ajuda de Mello, agradeço quando tudo isso acabar.

Coração Valente | kth & jhsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora