Parte XIV

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Como um anjo caído ainda não tenho respostas que gostaria, mas tenho pedaços de asas que não me deixam esquecer as perguntas.

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             Ponto de Vista
                  TaeHyung

Desde minha existência, nunca imaginei que seria expulso do Paraíso por desejar ser Humano.

Não temos explicações de tudo, nós apenas somos criados para cumprir o objetivo. Vigiar humanos, protegê-los de alguns malefícios, deixar o universo em Ordem. Porém, para haver o bem, precisa ter o Mal. Isso concretizou com a queda de Lucifer e outros Anjos.

Eu era um Arcanjo, um dos melhores guerreiros de Deus, o Criador do Arco-íris. Fui tolo ao acreditar que ficaria no poder divino para toda a Eternidade. Dizem que quanto mais alto o cargo maior a queda, explica a forma que me tornei um dos seguidores do Diabo. Cheguei a Terra completamente nu, tiraram as asas de mim e fui condenado à possuir corpos humanos. Lucifer, por sua vez, nos presenteou com novas asas poderosas movidas pelo nosso Ódio, e assim como fênix, renascemos como Guerreiros Esplêndidos onde adoramos ao Cão e suas mentiras.

Jungkook caiu primeiro que eu, concordou com o que Lucifer fez e me deixou sozinho cercado de Anjos da Guarda, tal que odiaria ser e jamais quero ter de ser isso para alguém.

  — Não parece certo você sacrificar suas asas por aquele humano. — Jeon murmurou pela décima vez, inconformado pelos meus atos. — Ele é seu Inimigo, não faz sentido.

  — Se eu não fizer isso, Mello vai querer possuir o corpo de Hoseok. — Ditei.

  — O que te garante que ele não vai te matar?

  — Ele não é nosso superior, está abaixo disso. — Umedeci os lábios avistando nosso destino. — JooHeon jamais permitiria minha morte.

Há milhares de Anjos Caídos, mas metade deles realmente se divertem com os Humanos. Temos nossas próprias regras e somos leais à elas. Estar no Inferno pode ser divertido quando convém, mas os Humanos são tão asquerosos que é divertido assisti-los julgar o que não sabem.

  — Achei que tivesse fugido, Sun. Não é do seu feitio desaparecer por dias e ainda machucar um de seus irmãos. — A voz de JooHeon ecoou entre nós, ele estava sentado no Trono de Ouro feito pelo seu braço direito. — Incrivelmente por um humano.

  — Mello não tem permissão para matar humanos, apenas fiz o que me veio na cabeça.

  — Você não tem permissão para salvá-los. — Mello apareceu atrás de mim, suspirando pesado, estava furioso pela forma que o machuquei. — Se fizer de novo, pode acabar se tornando um Anjo da Guarda. — Cantarolou.

  — Veio se redimir com seu irmão? — JooHeon indagou. — Ele disse que não vai aceitar.

  — A não ser que tem algo para preencher a dor que me causou. — O sorriso de Mello foi suficiente para me fazer cerrar o punho. — Mesmo depois que Sun caiu ganhou asas lindas.

  — Não me chame pelo nome de Anjo, não estamos mais no Paraíso. — Berrei. Meus irmãos riram de mim. — Meu nome é Kim TaeHyung.

  — De todos os nomes que tem, esse é o seu pior. — Mello provoca.

  — Acabem logo com isso. — JooHeon tomou a palavra. — Sun terá as asas arrancadas, uma punição por salvar o Humano que deveria possuir e por machucar um irmão do Clã. — Assenti, aceitando o castigo. Mello sorriu confiante, nunca gostou mesmo de mim, estava louco por esse momento. — Não será você que vai arrancá-las, Mello. — Levantei o olhar para meu Líder e ele sorriu malicioso. — O Jungkook vai.

Coração Valente | kth & jhsWhere stories live. Discover now