Capítulo sem título 42

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OI PESSOAL. PEÇO MIL DESCULPAS PELA DEMORA EM POSTAR. ESTAVA SEM PODER ESCREVER POR PROBLEMAS DE SAÚDE DELICADOS.  NOSSA HISTÓRIA ESTÁ NO FIM, ESTAMOS NA RETA FINAL. FALTAM APENAS DOIS, NO MÁXIMO TRÊS CAPÍTULOS. VOTEM, COMENTEM E ME DIGAM O QUE ACHARAM. BEIJO NO CORAÇÃO DE VOCÊS.


Na manhã seguinte pudemos conversar com calma. As crianças contaram os detalhes de como tudo aconteceu. Fiz uma gravação desse momento e enviei ao Nick. Eu jurei que meus filhos não seriam expostos em delegacias ou tribunais nunca mais em suas vidas e vou cumprir a promessa. Ana se manteve em silencio durante toda a conversa. Apenas acariciava o cabelo de Mia que estava sentada ao seu lado.

Quando terminamos eles foram andar a cavalo com o avô. Aproveitei pra conversar com Ana.

- Ana fiquei muito aliviado quando vi que você e nosso filho estavam bem, mas não vou me desculpar pelo que falei e espero que você compreenda que sua atitude pois em risco a sua vida. – digo o mais calmo possível.

- Tudo bem Christian. Eu também não vou me desculpar por pensar primeiro nos seus irmãos, que são meus filhos também. No meu coração é assim que sinto e eu sabia que o Carrick estava e ainda está bem.

- E se você tivesse sentido alguma dor, ou contrações no meio do nada? E se sua bolsa tivesse rompido? E se você tivesse sentido alguma tontura ou desmaio? – você acha que essas possibilidades não existiram? – Ana você está tendo uma gravidez difícil e eu não deveria ter que te lembrar disso a cada segundo.

- você coloca muitos "se" em tudo. Eu prefiro me apegar aos fatos e o fato principal é que não aconteceu nada comigo ou com o bebê. Meus filhos estão bem, sãos e salvos. E logo mais o Carrick vai nascer forte e saudável.

- Isso se você facilitar as coisas pra ele. – falo e vou pra o escritório.

Lá fora encontro Taylor com uma cara nada agradável.

- senhor Grey. – ele fala num tom umas dez esferas mais formal que de costume e sei nesse momento que vem bomba por aí.

- Pode falar Taylor. – digo apontando uma cadeira pra que ele sente.

- senhor Grey o senhor precisa voltar pra Seattle o mais rápido possível. – ele diz e faz menção pra que eu coloque um pendrive no computador.

- assim que os arquivos são abertos vejo uma sucessão de imagens, prints e documentos.

- o que significa tudo isso Taylor?

- senhor eu descobri quem é o chefe. É o Lincoln.

- Aquele bastardo filho da puta. – Rosno.

- E não é só isso. Ele mandou matar seus pais. O acidente, a falha no airbag que provocou a morte do piloto do outro carro, o sequestro dos seus irmãos, tudo foi articulado por ele com a participação da Helena e da Leila.

- olhei atentamente cada foto, cada print de celular, cada relatório e como tudo foi articulado minuciosamente. O Lincoln não só mandou matar meus pais como armou pra que o rapaz que dirigia o outro carro também morresse como queima de arquivo.

- Taylor o Nick já sabe tudo isso?- perguntei aflito.

- Sim senhor, porém ele não pode fazer nada sem uma queixa formal de sua parte. Como único filho maior de idade e tutor dos gêmeos o senhor é que tem que denuncia-lo. O Nick pediu pra se apressar ou o Lincoln vai fugir do pais. Ele conseguiu paralisar os voos por 24 horas, o Lincoln e a Helena já estão com passagens compradas para Malta e se conseguirem embarcar nós os perderemos, pois não poderão ser extraditados.

- Prepare tudo com Stefan. – Digo e logo penso na Ana.

- O avião já está pronto podemos ir a qualquer momento.

Vou procurar Ana e a encontro no quarto do Carrick arrumando algumas coisas.

- Ana tenho uma coisa importante pra te contar. –digo o mais cauteloso possível.

- Pode falar. – responde seca e sem me olhar.

- Os meus pais não morreram de acidente, eles foram assassinados. – Digo e ela me olha.

- O Lincoln mandou um cara provocar o acidente e danificou o airbag para que ele morresse e não pudesse denuncia-lo. Ele também mandou sequestrar Mia e Eliot.

- Esse homem é um monstro e merece apodrecer na cadeia. – ela diz com os olhos marejados.

- Tem mais. Eu preciso ir pra Seattle formalizar uma denuncia o mais rápido possível ou ele irá fugir do país. – falo e aguardo sua resposta.

- E quando você vai? – pergunta.

- Na verdade estava pensando em irmos todos. Você, eu e as crianças. Poderemos aguardar a chegada do Patrick em nossa casa e preparar tudo para o nosso casamento.

- Christian eu não vou voltar pra Seattle. Eu pensei muito e prefiro que o Carrick nasça aqui na casa dos meus pais. – ela dá o tiro de misericórdia.

- Ana meu amor, nós somos uma família. Temos nossas brigas como todo casal e isso é normal.

- Mesmo que eu quisesse ir, o que não é o caso, eu não poderia. Minha pressão está alta e não dá pra viajar assim. – ela diz e mostra o visor do aparelho em seu braço.

- Podemos ir amanhã cedo se você quiser. Terá tempo de normalizar a pressão.

- Christian eu não vou voltar mais. – diz me olhando nos olhos. – Minha mãe tem razão. Desde que te conheci eu vivo triste e chorando. Não quero isso pra mim e pra o nosso filho. – completa.

- Ana eu te amo. Com todo meu coração e até com todos os meus defeitos eu te amo. Não vou te pressionar pra fazer o que você já deixou claro que não quer. Vou falar com Mia e Eliot. – digo e me viro pra sair.

- Christian. – ela me chama e volto. – Isso é seu. – Diz depositando o anel de noivado em minha mão.

- você tem certeza que é isso que você quer? – pergunto sentindo um nó apertar minha garganta.

- Eu não tenho certeza de mais nada, apenas quero acordar de tudo isso e dar ao Carrick a tranquilidade que ele precisa pra viver. - ela diz e me deixa ali naquele lindo quarto de bebê, com um anel de noivado na mão e certo de que meu filho vai crescer nesse lugar longe de mim.

Desço as escadas e encontro ela conversando com Mia e Eliot na sala. Sua mãe e seu pai ouvem a conversa de pé e não opinam.

- mamãe isso tudo significa apenas uma coisa pra mim. – Mia fala. – Que perdi outra mãe.

- Não é bem assim. Eu sempre vou ser sua mãe. – Ana diz chorando.

- Você aqui com nosso irmão e nós com o papai em Seattle. Bela família essa nossa. – Eliot completa.

- Nós não precisamos deixar a sua mãe mais nervosa. – intervenho. – Vão arrumar as coisas de vocês que vamos sair em uma hora. – Digo e eles vão pra o quarto.

- Obrigada Christian. Não é fácil deixa-los assim dessa maneira. – diz chorando mais. – Se você permitir quero manter contato com eles. Eu os amo com a mesma intensidade que amo o Carrick.

- Ana você é mãe deles, eu jamais proibiria o contato de vocês.

Ela assente e continua chorando, sua mãe chega para abraça-la e Ray me chama para a varanda.

- Christian filho, dá um pouco de tempo pra ela. Tudo isso vai se resolver, minha filha te ama e quer ficar com você e com os filhos de vocês. – diz com a mão em meu ombro. – não se preocupe que cuidaremos dela e da gravidez do nosso neto.

- Tudo bem Ray. – respondo fazendo um enorme esforço pra não chorar ali.

Meia hora depois saímos do haras em direção ao aeroporto. Já no avião conto pra os dois que a mãe deles me devolveu o anel de noivado e deixo as lágrimas rolarem.

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarWhere stories live. Discover now