Capítulo 25 - Ser Mais

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Christian

Meus irmãos vieram visitar a Ana com Jack e Kate logo pela manhã, eles estavam aflitos pra ver que ela estava bem.

Pedi ajuda a Jack e Kate pra cuidarem deles enquanto eu estava com a Ana no hospital juntamente com Taylor e Gail. Eu ficarei mais tranquilo assim.

- Ana como você está? – Mia é a primeira a perguntar. Ela abraça Ana e chora. Terei que ajuda-la a lidar com tudo isso.

- eu estou bem meu amor. Só preciso de repouso pra não prejudicar o bebê. – ela responde abraçando e beijando a minha irmã.

- desculpa não ter protegido você e a Mia. Eliot diz se aproximando dela.

- você não tem que se desculpar meu amor. – ela diz abraçando ele também.

- Ana, Eliot e eu queríamos te pedir uma coisa? – Mia fala e me olha. Faço sinal afirmativo pra ela continuar.

- Pode pedir o que quiser Mia, desde que não seja referente à minha relação com seu irmão.

- Nós queremos te pedir pra te chamar de mãe. Não queremos substituir nossa mãe, porque ela sempre estará em nosso coração. Queremos ter você como nossa mãe adotiva e o Christian como nosso pai, o que você fez pra nos proteger só uma mãe é capaz de fazer por um filho. Você aceita ser nossa mãe adotiva? – ela pede com os olhinhos marejados.

- Claro que sim meus amores. – ela diz abraçando e beijando os dois.

- o Chris falou que se vocês nos adotarem legalmente, ninguém poderá nos tirar de vocês como o Patrick fez e nós amamos vocês como nossos pais. – Eliot completa.

Me junto a eles e abraço a minha família. No mais intimo do meu coração a sensação é de plenitude, de lugar certo, de ser Mais.

Meus advogados dão entrada nos papéis da adoção e tudo deverá ser oficializado em noventa dias. Nossos avós ainda não falaram nada, mas decidi abrir o jogo com eles. Se defenderem o Patrick vou mostrar as provas e provar de uma vez por todas o bandido que ele é, mesmo que isso cause um choque sem tamanho neles.

A Ana passou duas semanas naquele hospital. Seu emocional ficou muito abalado e ela precisou de maiores cuidados por causa do bebê. O médico falou que o risco de aborto espontâneo é eminente e por isso tomei a decisão mais difícil da minha vida. Deixei a Ana ir pra longe de mim levando meu outro filho dentro dela.

Meus irmãos a levaram até o aeroporto junto com Kate e Jack. Consegui convence-la a ir no avião da Grey Interprises acompanhada da médica Drª Greene e de uma enfermeira. Me despedi dela em casa e pedi pra ligar pra ela todos os dias, pelo menos isso ela aceitou. Depois que ela saiu tive vontade de correr atrás dela e gritar meu amor pedindo pra ela voltar pra mim, no entanto, mesmo parecendo covarde da minha parte, dar a ela o espaço que me pediu foi um voto de confiança pra nós.

Ouvir meus filhos nos chamarem de pai e mãe nesses últimos quinze dias foi uma injeção de ânimo no nosso relacionamento. Eu fiquei com a Ana no hospital durante todo o tempo e os nossos filhos vinham todas as tardes ficar um pouco com a mãe.

Kate ampliou o horário deles na escola novamente. Suas notas melhoraram e eles não queriam substituta pra Ana. Eles combinaram com ela que se tivessem alguma dificuldade ligariam pra ela explicar numa chamada de vídeo.

Quando chegaram do aeroporto os dois correram pra os meus braços chorando. Eu tive que conter o meu choro pra acalentar o deles.

- Pai. - Os dois falaram em uníssono querendo expressar sua dor. Eu sabia o que eles estavam sentindo porque era assim que também me sentia.

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarWhere stories live. Discover now