Capítulo 43 -

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COMO PROMETIDO... MAIS UM CAPÍTULO PRA VOCÊS. FALTA POUCO...

Dois meses depois...

Deu tudo certo. O Lincoln foi preso e condenado a morte por inúmeros assassinados. Além dos meus pais e do motorista do carro que colidiu com eles, ele matou ou mandou matar outras pessoas e até famílias inteiras para ganhar causas tribunais. Helena e Leila foram condenadas a 40 anos sem direito a fiança cada uma. Elas teriam muito tempo pra pensar no que fizeram.

Não falei mais com a Ana como casal, apenas sobre nossos filhos. Já faz alguns dias que não nos falamos. Mia e Eliot terminaram as aulas e eles falaram que sempre que ligam ela está dormindo, falam apenas com a avó e o avô. Hoje mandei uma mensagem pra doutora Greene para ligar pra mim quando a Ana estiver acordada. Dei a ela o tempo necessário pra resolver o que quer, mas estou achando que estão querendo afasta-la de nós.

Com o consentimento da Mia e do Eliot vendi a casa dos meus pais e dei o dinheiro aos meus avós maternos. Eles quase faliram tentando tirar o Patrick da cadeia, mas agora se conformaram que ele não sairá mais de lá. Esse dinheiro vai mantê-los por muitos anos.

Comprei uma casa em Ontário no Canadá. Minha empresa cresceu muito nesse país e pude expandir para muitos lugares que não tem acordo de livre comércio com os EUA.

Ana está de sete meses e vou viajar pra Geórgia pra acompanhar esses últimos meses até o nascimento do nosso filho, mas antes quero me instalar com Mia e Eliot em nossa nova casa.

Estamos saindo de casa quando vejo um taxi se aproximando. Acho estranho, pois não aguardo ninguém e principalmente, por vê-lo passar pela segurança sem ser anunciado.

A porta se abre e para minha surpresa é o Ismael primo da Ana. Isso só pode ser brincadeira.

- Olha Christian eu vim aqui falar com você e você vai me ouvir por bem ou por mal. – ele diz direto.

- Entre. – Digo e me dirijo ao escritório fazendo um sinal pra Taylor ficar alerta. Taylor criou códigos gestuais pra nós que são imperceptíveis às outras pessoas.

- sente. – falo apontando uma cadeira. – ofereceria uma bebida, mas pelo seu tom sei que não vai aceitar.

- eu não bebo, não mais. – responde frio.

- sento-me e o encaro aguardando que fale.

- A aninha está muito mal. Ela proibiu o tio Ray de te contar e a tia Carla não que te ver nem pintado de ouro, a doutora está com ela internada há um mês e a Ana assinou um papel autorizando o hospital a proibir a entrada dela caso ela te contasse alguma coisa. Pra cuidar da Ana e do teu filho e Mirela aceitou, quero dizer doutora Greene. Eu só vim porque tenho passado algumas noites com ela no hospital pra tia Carla descansar e pra minha desgraça ela chama por você o tempo todo.

- Christian a Ana não falou mais com os seus irmãos porque ela está em coma. – disse retribuindo o olhar e eu desmoronei na cadeira.

- Não pode ser. A Ana não fez isso comigo, com nós dois e nossos filhos. – disse atordoado.

- olha Christian eu não sei os motivos dela pra isso. A única coisa que sei é que ela ficou muito deprimida depois que você veio embora. Ela passou o mês todo sentindo dores, a pressão alta e a doutora não saia do quarto dela praticamente hora nenhuma. Uma manhã quando foi acorda-la para dar as medicações ela simplesmente não respondeu e desde então está lá deitada naquela cama de hospital.

- E o nosso filho?- perguntei temendo a resposta.

- o filho da Ana está bem. Os aparelhos mostram que ele e ela estão estáveis. Ela só não acorda. – ele diz e sinto que tem alguma coisa incomodando ele.

- Tem algo mais que queira me dizer? – questiono.

- Não sei se deveria, mas vou dizer assim mesmo. – ele diz e me olha ponderando.

- Christian a Aninha desde criança adora romances e contos de fada com príncipes e princesas, lordes e plebeias, essas bobagens todas. E ela sempre falou que adorava uma história de uma moça que dormia há muitos e anos e só poderia acordar com um beijo de um príncipe. Ontem eu estava no hospital e ouvi o neurologista dizer para a doutora que a Ana sofreu estresses tão fortes que o cérebro dela se fechou num mundinho imaginário que ela criou pra si. Não tem nada de errado com ela ou que a impeça de acordar, ela não quer acordar. Lembrei imediatamente da história e é por isso que estou aqui.

- você pode ser mais claro? – pergunto confuso.

- Infelizmente ela só vai acordar com um beijo seu. Acredite, eu tentei e não surtiu efeito.

Nessa hora parti pra cima dele e Taylor me segurou. Ainda me surpreende como ele surge assim inesperadamente.

- Seu filho da puta. Minha mulher e meu filho estão há um mês em uma cama de hospital e você se aproveita dela.! – grito.

- Não me aproveitei dela. eu tive sim desejo e esperança que eu fosse o cara que ia tira-la daquela cama e dar a ela a família e o lar que ela merece. – grita de volta e levanta.

- o Recado está dado. Faz a tua parte agora e vê se deixa de ser um filho da puta com ela. Eu já fui um bastardo com ela igual a você, porém ela me amava como primo e nunca me deu outra chance. – diz e sai.

- Taylor avisa ao Stefan que vamos pra Geórgia agora. Não espero nem mais um minuto.

- Já avisei senhor e a Gail já está no carro com as crianças. – responde.

- então vamos.

Passo o trajeto até o aeroporto fazendo uma prece silenciosa para que Ana e nosso filho saiam bem dessa. Não contei detalhes a Mia e Eliot, vou esperar saber a gravidade da situação primeiro.

Quando embarcamos, Taylor me dá um suco para tomar. 

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarWhere stories live. Discover now