Capítulo 12 - Volta pra casa

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Christian

Não gostei da cara do Eliot na vídeo conferência e sei que tem relação com a sensação ruim que senti toda a tarde. Não gosto do tio Patrick, quando eu era criança o papai não me deixava a sóis com ele. Um dia ele quis me levar ao parque de diversões e papai não permitiu. Lembro que chorei muito nesse dia, e, à noite quando papai foi me colocar pra dormir ele abriu o jogo comigo. Papai me contou que tio Patrick tinha acusações de pedofilia contra meninos e meninas e que meus avós pagavam caro para que nada acontecesse com ele.

Fique preocupado com meus irmãos durante toda a tarde e não consegui trabalhar por medo de acontecer algo com eles. Meu medo se concretizou, sei que aconteceu alguma coisa. Se ele encostou no meu irmão eu mato ele com minhas próprias mãos.

- oi Christian, boa noite. – ela atende assim que inicio a chamada. Como ela está linda nesse vestido.

- boa noite Ana. Você está linda com esse vestido. – digo e ela cora. Que cor maravilhosa a dessa mulher.

- me conte sem rodeios o que aconteceu com o meu irmão. Eu não engoli aquela historia de dor de cabeça. – digo direto.

- Christian, ele contou ao seu tio a cena que presenciou entre você e aquelas mulheres e se arrependeu. Agora está com medo de seu tio fazer algo contra você. – responde direta.

- ele não podia ter feito isso Ana. O tio Patrick não gosta de mim. Ele pode querer tirar meus irmãos de mim. Por que ele fez isso? – pergunto mais para mim mesmo do que pra ela.

- ele falou que queria outra opinião masculina além da sua e que isso estava sendo difícil pra ele. – ela diz e vejo que afetei meu irmão mais do que deveria.

- eu sei que afetei ele demais. Só não imaginava que ele fosse se abrir com o tio Patrick. – digo.

- não fica bravo com ele Christian. Ele está confuso e ficou muito arrependido de ter falado. – ela diz tentando explicar.

- você não está entendendo nada Ana. Eu estou bravo comigo e não com ele. Meu irmão é uma criança e o irresponsável da história sou eu. – falo porque é verdade.

- não se martirize agora. Você tem que ajuda-lo a lidar com isso. – ela diz e observo atentamente sua expressão. Nós dois sabemos que se eu conseguisse manter meu pau dentro das calças nada disso teria acontecido.

- Ana nós dois sabemos que se eu tivesse conseguido manter meu pau dentro das calças nada disso teria acontecido. – falo e ela cora mais intensamente.

- acho melhor desligar agora. O Jack está vindo me ver. Espero que não se importe. – ela diz e meu sangue ferve. Cada vez que penso no Jack com ela fico louco de ciúmes.

- não há nada com que tenha que me importar. – falo um tanto ríspido.

- tchau Christian. até sexta. – ela diz querendo encerrar de uma vez.

- Ana! – chamo e ela me olha diretamente nos olhos. – eu adoro o tom da sua pele cada vez que você cora e amo mais ainda porque sei que só eu consigo te provocar esse efeito. – falo olhando em seus olhos e ela cora mais ficando sem reação. Ela não responde nada e decido encerrar a ligação. Dei a ela o que pensar.

- até sexta baby. – digo e encerro a chamada.

A noite vai ser longa. Pensar nos meus irmãos e em Ana com Jack afasta por completo meu sono. Passo uma noite de cão e meu humor é gélido pela manhã.

Intimo Ross a resolver tudo, pois vou embora hoje, as reuniões que participei foram as mais importantes, ela agora consegue realizar a burocracia da aquisição. Vou voltar para casa um dia antes.

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarWo Geschichten leben. Entdecke jetzt