Capítulo 39 - tudo ou nada

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DESCULPEM A DEMORA. MINHA FILHA PASSOU A SEMANA PASSADA COM SINTOMAS DA COVID19 E NÃO TIVE COMO ESCREVER. LEMBRANDO PESSOAL. VOTEM, COMENTEM E DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDO. VOCÊS SÃO OS MELHORES DOS MELHORES LEITORES. MINHA OUTRA HISTÓRIA "DEPOIS DO FIM" FOI INDICADA AO WATTYS 2020, CONTO COM O VOTO DE VOCÊS. BEEEIIIIJJJJOOOOSSSS!!!!!!!


- Reserva florestal águas claras, bom dia. Em que posso ser útil? – Jack fala e vejo seu esforço para parecer tranquilo.

- seja útil e passe o telefone para o imbecil do Grey. – uma voz robotizada fala do outro lado.

Nick faz um sinal pra que eu atenda e um gesto indicando que mantenha a respiração.

- Grey falando. Onde estão meus irmãos? – pergunto nervoso e alterado.

- olha aqui seu imbecil. Não venha querer me dar ordens. Faça o que mandei e terá seus irmãos. – diz e meu sangue ferve.

- filho da puta não serve nem pra ter o celular rastreado. – ouvi uma voz familiar falar ao fundo, mas não consegui identificar.

- eu preciso de uma prova de que eles estão bem. – falo tentando soar o mais calmo possível.

- a minha palavra é sua prova. – diz sorrindo e me seguro pra não colocar tudo a perder. Nick faz sinal pra que eu fale mais e com calma.

- cara eles são meus irmãos, são meus filhos me deixa só ouvir a voz deles. Amanhã você terá o maldito dinheiro. – digo passando a mão no cabelo.

- tudo bem. – tragam a menina. – pede pra alguém que murmura algo.

- poucos segundos depois uma voz surge no telefone.

- senhor Grey seus irmãos não estão aqui. – uma menina diz chorando. – fala pra os meus pais que amamos eles. – grita.

Ouvimos um barulho que pareceu um soco e a ligação terminou.

- vocês ouviram o que aquela garota disse? Meus filhos não estão com eles? Onde estão? – digo chorando e Jack e Kate me amparam.

- senhor Grey podemos conversar? – Nick pede um tempo depois e eu apenas assinto.

- Se o que aquela garota falou for verdade nós estamos lidando com duas hipóteses. Ou seus irmãos foram colocados em lugares separados e na hora de trazer a menina a pessoa se confundiu e trouxe a criança errada. Ou foram sequestradores diferentes com um mesmo objetivo. – ele diz sério.

- E o que fazemos? – pergunto atordoado.

- vamos tentar rastrear a ligação por satélite e se tivermos sorte vamos achar eles. – ele diz confiante.

Passamos mais de 24 horas esperando noticias e nada. Welcker falou que um problema no satélite iria atrasar, mas não pensei que fosse tanto. Por volta do meio dia o Nick veio mais uma vez falar comigo.

- senhor Grey o seu chefe de segurança rastreou a ligação e estamos com uma equipe preparada pra invadir o local. Se fizermos isso e seus filhos não estiverem lá, podemos perde-los pra sempre. Ou isso, ou esperamos um novo contato, porém se a informação for verdadeira pode ser que não haja novo contato e essas outras crianças sejam mortas e seus cadáveres jogados por ai. Agora eu pergunto: o que o senhor quer que eu faça? – ele diz e me olha diretamente.

- o senhor quer que escolha entre a vida dos meus filhos e dessas crianças? É isso mesmo? cara eu não posso fazer isso tá, eu não me perdoaria se outros pais sofressem a dor de perder seus filhos por minha culpa. – falo e coloco a cabeça entre as mãos.

Nesse momento entra um casal. Um homem aparentando uns 40 anos, atlético, loiro de olhos verdes e uma mulher ruiva de cabelos ondulados e olhos castanho claro. Eles se apresentam como will e Monique, pais de Walter e Pietra, os gêmeos sequestrados com Mia e Eliot. Nos cumprimentamos e eles mostram uma foto dos filhos e isso clareou muita coisa.

Os filhos deles parecem com Mia e Eliot a única diferença são os cabelos de um loiro um pouco mais avermelhado. Por isso levaram os dois casais, pra não correr o risco de levar os gêmeos errados. Jack falou que eles estavam nos quartos vizinhos à pedido dos mesmos. Ficaram amigos logo que descobriram que não eram os únicos gêmeos do acampamento.

- Vai lá Nick e faz o que tem que fazer. Salva os filhos deles. – digo e ele sai da sala.

- senhor Grey a interceptação do Welcker diz que eles estão em Portland. As marcas dos carros foram colocadas pra nos despistar. Essas crianças foram tiradas daqui de avião. Encontrei uma pista de pouso há uns dois quilômetros ao sul e sinais de que alguém decolou de lá. O Nick e o pessoal dele estão indo pra lá agora com Stefan. Deveríamos ir com eles. – Taylor diz e levanto tomando novamente o controle de minhas ações.

Levamos algumas horas pra chegar em Portland. Sou obrigado a ficar em um carro blindado enquanto os policiais fazem toda a ação de invadir o cativeiro. Sinto algo de familiar naquele lugar e começo a lembrar da voz que ouvi ao telefone.

É isso eu lembro agora. Esse lugar pertence a Helena. Vim aqui algumas vezes na adolescência pra passar o final de semana com ela. Ela sempre dizia que essa casa na beira do lago tinha sido o melhor presente que o pai lhe deu. Agora reconheço. A voz era do Lincoln, mesmo com o aparelho pra robotizar a voz ele não conseguiu esconder a sotaque de miserável que tem.

Pensei em sair do carro pra avisar ao Taylor a minha descoberta e foi quando tudo aconteceu muito rápido.

Ouvi tiros e vi duas crianças correndo em direção aos carros de policia sendo protegidas por dois policiais. Em seguida o casal Will e Monique sai correndo do carro em que estavam e vão em direção às crianças. Passam muitos minutos e vejo Nick sair com o Lincoln algemado, Sarah conduz Leila, Adam arrasta Helena e Rony trás outro cara. Procuro meus filhos entre eles e penso que devem estar vindo com Taylor e Sawyer.

Vejo quando os dois saem da casa e fazem sinal de negativo pra mim. É a certeza que eu não queria saber, meus filhos não estavam lá e ninguém faz a menor ideia de onde estão.

- senhor Grey vasculhamos cada centímetro desse lugar, usamos os cães farejadores e todo equipamento possível. Mia e Eliot não estiveram aqui. – Taylor diz e dá um soco no carro.

- senhor Welcker vai acompanhar os depoimentos e o Nick falou que vai encontrar eles. – Sawyer completa.

- Leila disse ao Nick que tem informações importantes. O senhor vem conosco pra delegacia? – Taylor pergunta.

- Sim Taylor. Mande Stefan ficar preparado. Podemos ter que voar pra Geórgia pra dar notícias a Ana.

Nesse momento meu celular toca e vejo o nome da Carla no visor. – Ana, aconteceu alguma coisa com ela. – penso antes de atender.

Depois Das Aparências - Tudo Pode MudarWhere stories live. Discover now