𝑸𝒖𝒂𝒕𝒓𝒐

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— 𝐴 𝐶𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑝ℎ𝑎 𝐷𝑜 𝐹𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜 —

— 𝐴 𝐶𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑝ℎ𝑎 𝐷𝑜 𝐹𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜 —

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Os dias seguintes foram monótonos.

Segui um cronograma envolvendo exames, fisioterapia e avaliações psicológicas.

Não recebi notícias sobre meus pais  ou a oportunidade de ligar para eles, inclusive em todas as vezes que toquei no assunto me trataram como louca, insistindo em afirmar que eles estavam mortos há anos.

Como prometido, finalmente recebi alta, após longas discussões com diversos médicos.

Fui escoltada por dois agentes e um enfermeiro até a saída pelos fundos do hospital. Isso era especificamente estranho, contudo reclamar só pioraria a situação, então apenas segui as instruções impostas.

A receita das medicações e dosagens ficaria com alguma assistente pessoal que me encontraria em breve.

Olho para meu pulso e lembro que em uma das avaliações psicológicas diárias, uma pulseira-relógio foi instalada nele, fazendo um clique que parecia não poder ser destravado com tanta facilidade.

—  Para que isso? — Perguntei ao psiquiatra, que ainda encarava os agentes. Girei o pulso, sentindo o material frio semelhante a metal abraçando minha pele nua.

— Esse dispositivo é como a sua vida. Ele monitora seus batimentos cardíacos, pressão, temperatura, além de ser um comunicador externo, possuir sua ID, endereço, gps e rastrear sua localização. Ah, também serve para ver as horas — explicou um dos agentes, Ren, como indicava seu crachá.

— Por que preciso de uma coisas dessas? Parece uma coleira high-tech.

— Não é uma coleira senhorita, é uma medida de proteção. Toda população tem um desses — esclareceu o outro agente, Marcos, mostrando o pulso onde seu dispositivo ficava. O psiquiatra e Ren fizeram o mesmo.

Eu já não sabia se aquilo era um teste de sanidade mental, uma espécie de vida após a morte, ou se eu realmente caí de algum lugar bem alto e estava em coma. A última alternativa parecia bem convincente.

Tudo que seu é que sofri um grave acidente, acordei em um hospital moderno e estava sendo tratada como "mentalmente instável". Diziam que eu havia perdido a memória e que acreditar neles era a única opção.

Chegamos ao estacionamento subterrâneo onde dois carros pretos —que se assemelhavam bastante à sedãs — supostamente nos aguardavam. Ben estava de pé ao lado do carro da direita, vestindo roupas elegantes, aparentemente aguardando nossa chegada. Ele avançou com um sorriso sereno. Manteve uma distância respeitosa, apenas apertando minha mão enquanto dizia:

— Amnésia seletiva derivada de transtorno pós-traumatico.

— O quê? — Faço uma careta de confusão.

「𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐌𝐈𝐑𝐑𝐎𝐑𝐒」⊰⊹ฺOnde histórias criam vida. Descubra agora