𝑺𝒆𝒕𝒆

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— 𝑂 𝐹𝑎𝑟𝑑𝑜 𝐸𝑚 𝑆𝑒𝑟 𝑈𝑚 𝑇𝑟𝑜𝑓𝑒𝑢 —

Na quarta noite na Embaixada adquiri um problema com insônia

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Na quarta noite na Embaixada adquiri um problema com insônia. Aproveitei o tempo da noite para fazer anotações sobre o dia e novas descobertas. Até agora só conhecia Ben e Kimmy.

Ben era meu melhor amigo desde a infância, segundo ele. Nos conhecemos em um orfanato – sim, eu supostamente era órfã desde os seis anos de idade –, e depois nos reencontramos no Torneio. Eu meio que "salvei sua vida", impedindo que um dos obstáculos na arena o atingisse. A equipe alegou defeito no sistema, mas aquilo poderia ter tirado a vida dele se não fosse sua agilidade e meu aviso. Já Kimmy, por sua vez, conheci quando cheguei na Embaixada, já como vencedora do Torneio e "recém-afortunada". Ela me guiou dentro da Alta Sociedade da Cosmopolita assim que comecei a frequentar eventos da Elite. Eles mostraram suas memórias através dos Espelhos, portanto não estavam mentindo.

As manhãs naquele centro comercial eram mais abafadas e úmidas, com bastante névoa e um odor de café misturado com agitação por todo lado. A pulseira-relógio vibrava a cada cinco minutos, informando alertas do governo com os horários de pico de poluição no ar, indicando o uso de mascaras cirúrgicas descartáveis para proteção. 

Hoje seria o dia do anuncio oficial do meu retorno. Eu não sabia ao certo o grau de importância daquele evento, mas com base nas explicações de Ben, e principalmente o tom ansioso de Kimmy ao tocar no assunto, poderia pressupor que seria bem estressante.

O legado de Joyce Tza'Okyi se manteve vivo mesmo quando todos achavam que ela estava morta.

Usufruir de todo luxo era muito bom, contudo a sensação de ser uma intrusa era constante, como se eu estivesse usando algo sem permissão. As roupas que eu vestia não eram exatamente minhas, eram de uma garota com sua própria história e um final infeliz. Usá-las parecia desrespeitoso, por mais que tivéssemos a mesma aparência. Eu era Joyce Ayales, ela era Joyce Tza'Okyi. Essa era a peça do quebra-cabeça que não se encaixava.

Ben veio me buscar. Disse ele que me acompanharia até a Cúpula, onde a Elite e o Conselho estariam me esperando.

Após alguns minutos de caminhada, contornando alguns centros de pessoas, e supervisionada pelos dois seguranças que vieram do hospital, chegamos. Uma imensa porta de vidro escuro separava a Cúpula do corredor. Outros dois guardas vigiavam o local.

— Documentos — exigiu um dos homens da porta.

Meus seguranças cuidaram da burocracia. Os guardas assentiram positivamente e abriram as portas.

O interior era um amplo salão não muito decorado. A parede dos fundos era arredondada, com janelas que permitiam que a luz natural iluminasse a grande mesa central em formato de meia-lua.

Haviam nove cadeiras. Apenas duas não estavam ocupadas: a do centro e a da ponta direita.

—  A mulher caminhando em nossa direção é a Primeira Dama, a autoridade máxima no país. Aja naturalmente e não diga nada que ela não lhe perguntar — sussurrou Ben, assim que uma mulher alta de meia idade surgiu em meu campo de visão. O vestido preto que ela usava destacava o fato de ser tão esbelta e superior.

「𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐌𝐈𝐑𝐑𝐎𝐑𝐒」⊰⊹ฺTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang