𝑽𝒊𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝑺𝒆𝒊𝒔

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𝑲𝒊𝒎𝒎𝒚

— 𝑂𝑠 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑖𝑣𝑒𝑚 𝑒 𝑂𝑠 𝑉𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑀𝑜𝑟𝑟𝑒𝑚 —

— 𝑂𝑠 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑖𝑣𝑒𝑚 𝑒 𝑂𝑠 𝑉𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑀𝑜𝑟𝑟𝑒𝑚 —

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𝑻𝒆𝒎𝒑𝒐𝒔 𝒂𝒕𝒖𝒂𝒊𝒔...

Vasculho minha bolsa de ombro em busca do molho de chaves que contém a chave do atelier. O tilintar delas ao serem puxadas ressoa no corredor parcialmente escuro e vazio.

São por volta das cinco da manhã, nessa época do ano o céu ainda não está claro, também por causa do crescimento dos níveis de poluição no ar.

Sei que o sistema de fechaduras com chaves é antiquado e até mesmo pouco seguro, mas gosto da sensação que destrancar algo com chaves de verdade trás. Ter as chaves nas mãos é como conquistar algo novo por mérito próprio. Sou uma pessoa que já fez muito isso. E, além do mais, isso aqui é um atelier de costura pessoal, não é como se fosse o primeiro alvo de furtos e invasões. A menos que quisessem levar linha e agulha, porque até mesmo os croquis eu deixava no Ateliê da Salazar-Ruby.

A pequena sala está um breu com as luzes apagadas. Aparentemente eu deixei as cortinas fechadas também quando saí pela última vez.

Passo a mão pelo sensor na parede que ativa as luzes de led amareladas nas extremidades. Só preciso pegar umas amostras de tecido então não preciso acender tudo.

Dou um sobressalto para trás, com uma mão no coração ao ver um corpo desmaiado no pequeno sofá vermelho encostado na parede de frente para a porta.

Xingo baixinho.

Inspiro e exalo de forma mecanizada, recuperando o fôlego e me acalmando.

Quando dou uma segunda olhada, percebo que conheço bem quem está dormindo ali. E não é a primeira vez que ele está aqui cedo da manhã.

Para minha surpresa, ele abre os olhos lentamente, vira a cabeça de lado para me encarar e depois volta a fingir dormir, despreocupado.

Ah! Mas é muito sem vergonha mesmo! Se ele pensa que pode continuar me assustando desse jeito...

- Posso saber o que o senhor está fazendo no meu atelier, de novo, a uma hora dessas? - Questiono-o , largando minha bolsa na bancada central, que por sinal está uma confusão de tecidos, linhas, agulhas e fitas.

- Desliga a luz, Kimmy. Estou morrendo de dor de cabeça - diz ele, tampando os olhos com uma mão enquanto o outro braço está pendurado caindo do sofá

「𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐌𝐈𝐑𝐑𝐎𝐑𝐒」⊰⊹ฺWhere stories live. Discover now