cap seis

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Eu estava sentada em uma poltrona na minha casa na manhã seguinte esperando mensagens sobre o estado de John B já que Sarah e Ward estavam com ele no hospital desde ontem à noite quando a ambulância levou o garoto assim que Pope conseguiu ajuda. Eu encarava a tela do meu celular um pouco preocupada demais com o que aconteceu e soltei um suspiro começando a morder o meu dedo de nervoso por não estar sabendo de absolutamente nada. Assim que ele vibrou, eu olhei a mensagem apressadamente e soltei um suspiro de alivio ao ver que John B tinha recebido alta e que apenas estava com um braço quebrado. Eu ouvi passos se aproximando no mesmo instante em que eu havia voltado a olhar para a tela do meu notebook no meu colo.

-Lyanna... –eu ouvi a voz da minha mãe e revirei meus olhos já me preparando para ouvir mesmo sabendo que nada conseguiria superar a briga de ontem assim que eu voltei para casa e expliquei o que aconteceu na torre. Como sempre, eu fui considerada a louca e a mentirosa em toda a história. -Escute... Eu estava falando com o Rafe ao celular, e mencionei que você está de castigo até que passe a se comportar melhor, mas como ele insistiu em te levar para um passeio hoje, eu permiti então ele está vindo te buscar.

-Está perdendo o tempo dele, eu não vou. –eu respondi. -E não vou à festa de hoje também, ele pode tirar o cavalinho da chuva.

-Vai, você vai sim. Nos dois. Se eu e seu pai vamos, você também irá. –ela falou e eu a encarei piscando algumas vezes enquanto ela negava com a cabeça para mim. -Até quando se comportará dessa maneira?

-Até me ouvirem por uma única vez, e não ao Rafe. Quando eu for prioridade na vida de vocês, não o Rafe. Até me tratar como sua filha, não o Rafe. –eu falei. -Será que você não tem nenhuma meta ou sonho de vida que os Cameron não estejam envolvidos? –eu perguntei a ela. -Não vão me controlar para sempre, ano que vem eu farei 18 anos e quer saber de uma coisa? Não vai ter nenhum outro Cameron na minha vida a não ser a Sarah. É melhor se acostumar.

-Não. –ela respondeu. -É melhor você se acostumar porque até lá você vive na minha casa, com o meu dinheiro, então você faz o que eu quero, na hora que eu quero. Fui clara o bastante para você? –eu a encarei seriamente e então ela saiu andando para voltar para os seus afazeres.

-Não por muito tempo, mamãe. –eu falei olhando a minha conta no banco onde havia exatamente 70 milhões. Eu entrei na conta do meu pai e abri uma segunda com um nome diferente. Eu transferi o dinheiro para ela, mas encarei a tela no instante que uma mensagem apareceu precisando do código de acesso e da assinatura do meu pai online. Eu soltei um suspiro salvando a conta e fechei o notebook pensando em uma maneira de conseguir a assinatura para que eu pegasse esse dinheiro, se eu conseguisse fazer isso, eu sairia dessa casa mais rápido do que eles sequer imaginavam.

Eu olhei pela porta de vidro vendo o carro de Rafe sendo estacionado e travei o maxilar indo até lá assim que eu abri a porta. Eu cruzei os braços o encarando seriamente e engoli em seco esperando o garoto se aproximar.

-Olá meu raio de sol. –ele falou e eu ri com deboche.

-Perdeu a viagem, Rafe. Pode ir embora, eu não vou a lugar nenhum com você. –eu respondi. -Nem a sua festa também.

-Você vai... –o garoto falou colocando seus óculos de sol de dando de ombros. -Porque eu quero que você vá... Você fugiu de mim durante toda a festa do solstício e depois saiu correndo para os braços daquele Pogue... Está dando para ele por um acaso?

-O que eu faço ou deixo de fazer não é a sua conta, babaca. –respondi.

-Sabe, eu vim em uma boa fé, esclarecer algumas coisas para você, mas a maneira que você me trata corta o meu coração, Lyanna. As pessoas da sua escola têm razão quando te chamam de destruidora de corações... –ele falou.

My Girl- JJ Maybank  (Outer Banks)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora