𝕾𝖊𝖛𝖊𝖓𝖙𝖍 𝖂𝖊𝖊𝖐

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Pelo menos naquela noite eu consegui enganar uma bêbada com promessas falsas

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Pelo menos naquela noite eu consegui enganar uma bêbada com promessas falsas. A coisa mais sexual que eu fiz com Lilith foi botar meias em seus pés, e a cobrir com o edredom, depois de ter ajudado ela a entrar no banheiro para banhar. Claro que ela discutiu comigo, disse que eu era um verme mentiroso e virgem. Disse que me odiava e que ia dormir com tesão e ódio de mim. O lado bom, ou ruim, é que ela acordou no outro dia somente com ódio.

Morgan não ficou sabendo da festa, as pessoas não se importariam de contar sobre, afinal eu não sou uma celebridade acadêmica que nem a Lilith. A garota tinha conseguido deixar todos naquela festa desejando tê-la, e sem coragem nenhuma de chegar. O jeito que ela se diverte intensamente sem precisar de ninguém me espanta, nem a namorada ela trazia para as festas. 

E mais uma vez a semana foi cheia de silêncio, pequenas farpas e um pouco de zoação. Embora ainda prezando a má convivência, as vezes nos pegamos tendo conversas civilizadas sobre o curso que fazemos. Confesso que só sei isso sobre ela, inteligente, independente e linda pra caralho. Lilith é um poço de mistério e eu realmente não sei o que ela espera da vida e nem de seu futuro.

- Vai ter outra - Michael comentou comigo na porta do meu quarto. Estava bem tarde, eu havia saído para andar de skate um pouco e acabei encontrando ele na hora que voltei.

- Nem pensa, eu não vou - Neguei sorrindo.

- Você gostou, vai - Deu um soco no meu braço e eu confirmei.

- Fiquei de vigia a festa inteira, devo ter amado mesmo - rolei os olhos. Sabia que ela estava lá dentro, provavelmente revisando as matérias de hoje.

- Se não amou é no mínimo gay. Ela dançou a festa inteira e se tem uma coisa que ela sabe é dançar. Você teve show particular - ele sorriu malicioso. - É nessa sexta da República do Kio - Conhecia ele de algumas aula, o cara era muito legal.

- Vou ver se consigo dar a volta em Morgan - Ele abriu um sorriso maior e satisfeito. - Deixa eu ir, tenho que estudar - disse abrindo a porta e ele se foi.

O quarto estava escuro, muito escuro. Acendi a luz e me deparei com Lilith sentada da cama. Usava um pijama, calça e camisa de botão, de seda listrado em azul marinho e bebê, os cabelos soltos e bagunçados. Ela tentava respirar fundo tentando regular a respiração como se quisesse se acalmar, parecia ter corrido uma maratona.

Rapidamente eu corri até a janela para abri-la, mas isso já estava feito. Logo fiquei confuso com seu estado.

- Ei, Lilith Tudo bem? - Encostei o skate na parede e cheguei perto dela. - É a claustrofobia? Ansiedade? - Ela negou fazendo exercício respiratório. Nunca tinha visto ela demostrar fragilidade, e essa era a primeira vez.

- Pega o aparelho de pressão para mim? - pediu em um fio e voz e apontou para a sua cômoda. Rapidamente fiz isso e ela o colocou no pulso. - Você pode pegar um litro de água? - Eu fui sem pestanejar.

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