CAPÍTULO 29 - Para brilhar

920 92 27
                                    

* sem revisão

— Você tem certeza disso? — a voz de Jake saiu rouca e baixa demais enquanto observava os olhos verdes da mulher a sua frente.

Os cabelos de Verônica eram como uma cascata que envolvia seu rosto, a pele clara brilhando com a fina película de suor que já cobria seu corpo enquanto ela permanecia em cima dele, os olhos transbordando o mesmo desejo conhecido, o mesmo que eles desfrutaram enquanto estavam em Hamptons, naqueles dias intensos enquanto se embrenhavam um no outro sem pudor.

Ela abriu a boca, apenas para deixar que o pequeno gemido de concordância escapasse e ele avançasse para cima dela, envolvendo sua cintura com as mãos grandes, sentindo a pele macia abaixo, trazendo seu corpo para perto do dele, avançando contra seus lábios para beijá-la finalmente.

O corpo de Jake caiu de costas, na cama, pronto para trazê-la para baixo de si, quando abriu os olhos, arfando e respirando fundo. A luz do quarto estava apagada, as luzes entrando somente pela fresta da cortina da janela. Ele respirou fundo, jogando os cabelos para trás.

Droga! Ele não conseguia parar de pensar nela. Não conseguia parar de pensar naquele beijo na sala que ela havia lhe dado, mas que ele havia interrompido por pura estupidez ao lembrar que ela estava frágil e que Eric havia dito que chegaria ali a qualquer momento.

Ela pediu tantas desculpas que, para fazer com que parasse, ele foi obrigado a lhe beijar de novo e jogar todo aquele momento na mesma friendzone que estavam desde que haviam voltado de Hamptons.

E, como ele havia previsto, Eric havia chego poucos minutos depois que ele se ergueu do seu lado, incapaz de tomar Verônica para si e deixar que aquele babaca fosse a merda. Ele conseguia ver seus olhos quando saiu, desejando uma boa noite com um beijo em seu rosto mais demorado do que o normal, mais carinhoso do que de costume, de que ela estava confusa.

Irritado, Jake se ergueu da cama, jogando as cobertas para o lado. O clima estava fresco e ele abriu a porta do quarto, saindo para a área da piscina. Já era tarde e ele se jogou em uma das espreguiçadeiras, puxando o celular para perto, observando as conversas que ele precisava ter respondido e não havia feito.

Havia uma de Mikaela, a psicóloga. Eles haviam saído depois de ter dispensado ela quando teve de correr para acudir Verônica quando soube que Josh teria de voltar para William e ela, com certeza, era uma pessoa legal.

"Está acordada?" — mandou para ela.

Não demorou muito para o celular vibrar sobre seu colo.

"Às 3:02 da manhã de uma quarta-feira? É óbvio!" — Jake riu antes de responder.

"E o que está fazendo acordada às (agora) 3:04 de uma quarta?"

"Psicólogos têm permissão por escrito de ter insônia, você não sabia?"

"Claro que eu sabia. É por isso que eu mando mensagem de madrugada para psicólogos, perguntando se eles não querem tomar alguma coisa." Ele mandou a mensagem antes de mandar a seguinte frase: "Quer tomar alguma coisa?"

"Me vejo na obrigação de aceitar. Por favor, venha me buscar" — Jake soltou o celular, ficando em pé e indo até o quarto para vestir algo além da samba canção que vestia. A primeira bermuda e camiseta que ele encontrou pela frente foram vestidas e ele saiu para buscar Mikaela.

Seria bom sair com outra pessoa, alguém legal que pudesse conversar. Dessa forma, ele não iria ficar pensando no sonho erótico que estava tendo, sendo que ele tinha certeza que a vizinha estava deitada com outro na cama.

Jake desceu até o carro, dando partida informando que estava indo buscá-la e que chegaria em breve. Ele saiu pela rua deserta, o carro deslizando pela pista sem muito esforço.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Sep 29, 2021 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Vizinhos, vizinhos, amores à parte.Where stories live. Discover now