CAPÍTULO 4 - Vizinhos, sócios e cupidos.

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Verônica entrou no elevador após pegar seu carro atrás da fatídica boate e engoliu a seco. Jake ficou ao seu lado, quieto e apertou o botão do elevador.

Eles haviam dado bastante risada enquanto voltavam para casa, principalmente pelo fato de ele achar que havia indícios de areia no meio de suas nádegas, mas depois de deixá-la para pegar seu carro e voltar para casa, eles não haviam trocado mais nenhuma palavra além do máximo para manter a educação.

Ao olhar no espelho do elevador, ela notou que seu cabelo estava desgrenhado, parecendo um ninho de rato e a maquiagem da noite passada borrada demais para não sentir vergonha.

— Bom, é... A gente se vê por aí. — Ele disse por volta do nono andar. Verônica concordou com a cabeça enfaticamente.

— É, claro. Com certeza. — Acenou com a cabeça. — Foi... Foi bem legal. — Ele concordou com um aceno, voltando a olhar para frente e a mulher abaixou a cabeça, olhando para os saltos sujos de areia.

O elevador continuou subindo e apitou ao chegar no último andar. Jake e Verônica se precipitaram para sair juntos, fazendo os ombros baterem um no outro. Ela abriu a boca para falar e ele seguiu seu exemplo, até respirar fundo e dar passagem para que ela pudesse entrar no corredor.

Haviam duas portas naquele corredor, uma de cada lado, e considerando que uma das portas era do seu próprio apartamento, Jake prosseguiu em direção a seguinte.

— Bom, vizinha, até qualquer hora. — Ele brandiu, abrindo a porta. Eles moravam um de frente para o outro? Ah, que ótimo! Ela não morava ali a muito tempo, mas finalmente havia conhecido seu vizinho, só não esperava que o vizinho em questão fosse logo aquele...

— Até qualquer hora. — Rebateu, retribuindo o aceno e entrando em seu apartamento.

Ashford esfregou o rosto, recostando-se na porta enquanto esperava que um furacão viesse e a levasse embora. Deus... Que merda havia acontecido nas últimas horas? Aquele tinha sido, sem sombra de dúvidas, o role mais aleatório de toda a sua vida e ainda não era meio dia.

Ela arrancou os sapatos, indo em direção ao banheiro, passando pela sala e indo para o quarto, arrancou as roupas e a lingerie bege. Ao ligar o chuveiro, água quente escorria por seu rosto, lavando sua maquiagem e o resquício de dignidade que poderia haver em seu corpo, tanto é que ao sair parecia que sua alma havia realmente saído de si e estava perambulando por aí sem ela.

Verônica ficou longe das calcinhas beges ao se vestir e se enrolou em um roupão ao voltar para a sala e pegar seu computador para fazer qualquer coisa que pudesse ser no mínimo vantajosa, mas se deparou com Bruce sentado no sofá interrogando – veja bem – interrogando Josh.

— Aí ela aí! — Josh disse com um riso nervoso antes de ficar em pé e sair dali tão rápido quanto possível. Verônica cruzou os braços, atravessando a sala como uma flecha.

— O que está fazendo aqui? — Perguntou franzindo o cenho. Bruce sorriu, jogando um envelope sobre a mesa de centro. Verônica o pegou na mão, retirando o que quer que fosse que estivesse ali dentro.

— Você sabia que uma propriedade privada foi invadida por baderneiros hoje em Hamptons? — Bruce perguntou se esticando no sofá — O ricaço dono da propriedade fez uma denúncia e o DP de lá mandou foto para todos os DPs do Estado para tentar identificar os sujeitos.

Verônica ergueu as fotos que estavam dentro do envelope e pode reconhecer de longe suas costas correndo desesperadamente de mãos dadas com Jake, o vizinho.

Ela jogou as fotos sobre a mesinha de centro, cruzando os braços na frente dele.

— E? — Questionou se fazendo de desentendida.

Vizinhos, vizinhos, amores à parte.Where stories live. Discover now