𝐄𝐗𝐓𝐄𝐍𝐃𝐄𝐃 𝐒𝐘𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄𝐒

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A VIDA DE KYRA NUNCA FORA DAS MAIS incríveis, seus pais eram homofóbicos, racistas e extremamente controladores

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A VIDA DE KYRA NUNCA FORA DAS MAIS incríveis, seus pais eram homofóbicos, racistas e extremamente controladores.

Já Kyra era Bissexual ─ mesmo não sabendo deste termo em sua época ─ e amava a liberdade, adorava fugir durante a madrugada e ir à bailes que tinha longe de seu bairro, nunca fora descoberta nem mesmo desconfiavam dela, uma menina doce e meiga, muito bem vestida e educada jamais faria algo para envergonhar os pais.

Fora prometida em casamento a um idiota rico e amigo de seu pai, o homem tinha o dobro da sua idade e já tivera tantas mulheres que era possível se perder nas contagens, nenhuma aguentava viver com ele, agressivo e machista que acreditava que mulheres só serviam para cuidar da casa, dos filhos e satisfazê-lo, era estranho como ele se tornou viúvo tantas vezes, e pior era saber que as moças só desapareciam no dia seguinte a fazer algo que ele não gostava.

Sua mãe até tentou argumentar com seu pai, mas querendo ou não o homem era um carrasco se não igual, pior ao amigo. Agredia sua mãe e trazia mulheres para dentro de casa, vivia dizendo que Antonieta não servia para nada, mas nunca a largava, na época não existia divórcio, existia pegar suas coisas e fugir para muito longe.

Seu pai a amaldiçoada desde que nasceu, queria um homem como herdeiro, não uma mulher que era incapaz de levar seu nome a frente, já que depois de casada receberia outro sobrenome, mas nunca disse isso a garota, sempre a mãe já que ela era a culpada por não ter pedido aos santos um menino como filho.

Devia ser castigo já que sua menina beijava outras meninas escondida em bosques, se vestia as escondidas com calças e galochas, admirando um mundo distante onde mulheres poderiam usar essas peças sem serem julgadas, odiava vestidos, anáguas, corpetes e aquelas roupas que ela costumava chamar de máquina de tortura.

Adorava se sentir sexy, bem vestida e admirada, porém suas vestes nada a deixava confortável, sempre muito apertado e volumoso, cremes, perfumes e maquiagem? Ela adorava usar, mas a quantidade exagerada que suas damas a faziam usar era deveras exagerado, costumava ler as escondidas também, já que para alguns homens: mulher alguma deve ser mais inteligente que um homem, sempre a baixo dele, um nível a menos, apenas o nome teria que saber escrever e já bastava.

O que para Kyra era um absurdo, ela lia mais livros que podia contar durante a semana, sabia de três a quatro línguas diferentes, sabia dançar e cantar muito bem, aprendeu a lutar com um dos seus guardas ─ isso ela jamais diria a ninguém, era sua vida e do rapaz em jogo ─, sabia dialogar como ninguém e entendia de política, isso para o pai era um tipo de desaforo, mas nunca tocou um dedo nela sequer, não ousaria. Sua beleza era uma das únicas riquezas que obtiveram com seu nascimento, tantos jovens e homens ricos a queriam como esposa devida à beleza rara.

Porém a deixava noites sem comer, proibia ela de sair ou até mesmo de falar, tanto que com seus recém dezoito anos ela passou presa em seu quarto pois disse algo que mulher alguma deveria dizer.

Porém fora nesse dia que ela resolveu ir embora, deixou uma carta a mãe pedindo perdão e a implorando fazer o mesmo, furtou algumas peças de roupas do pai, calças, camisas, cintos e alguns chapéus, em uma bolsa grande, colocou suas joias, acessórios de beleza, dinheiro e muitos livros, algumas roupas e mesmo que pesada a arrastou até os fundos de sua enorme casa, pediu a Tônia sua cozinheira para preparar alguns alimentos e coloca-los sobre a grande árvore nos fundos.

E foi assim que imaginou que seria sua liberdade, fugiu naquela madrugada, vestida com vestes masculinas para melhor movimentação e correu com suas coisas o mais longe que conseguiu, fingiu ser um rapaz de passagem e conseguiu uma carona em uma carroça, e assim foi bem longe de todo o mal que queriam lhe fazer.

Isso até o estado vizinho, onde tudo parecia ser incrível e moderno, moças andavam livres e sorrindo, ela se sentiu em casa ali, na sua primeira noite conseguiu uma pousada e por ali ficou, sua primeira semana foi da forma que sonhou, bailes e muita diversão, sem seus pais a pressionando ser algo que não queria, e apesar de muitos homens abusados ela podia viver como queria.

Até conhece-la, Louise, ruiva de olhos bizarramente vermelhos, corpo bonito e um ótimo papo, quem imaginaria que ali seria seu fim?

Naquela noite após achar que conseguiria ficar com a moça, sua vida se tornou um inferno, fora mordida naquela noite do dia 19 de outubro de 1721 ela fora empurrada a um novo mundo, um onde sua sede seria mais forte que qualquer outra coisa que quisesse.

Três dias depois de tanta dor ela acordou com tanta sede que não se aguentava, se viu no meio de uma floresta e nada ao redor a não ser animais, e por mais que sentisse pena do pobre animal usufruiu de seu sangue para sobreviver, e dali em diante viveu assim.

Seu crescimento no mundo foi imediato, tamanha beleza e inteligência a fazia ganhar muitas coisas, abriu sua primeira empresa, que contratava somente mulheres, sendo essas que sofrerem de alguma forma na mão de homens ou da sociedade e por mais mal vista que fosse ganhou nome e reconhecimento no mundo a fora.

Descobriu sua origem e seu novo dom, podia matar alguém com apenas um toque, bom desde que ela queira os matar é claro o ser que sentisse seus poderes, ela poderia desejar qualquer coisa, desde que tocasse a pessoa e ela sentiria seu corpo pegar fogo de dentro para fora, queimaria aos poucos a ponto de uma combustão espontânea, ou então se eletrocutar, se afogar, engasgar, sentir seus ossos quebrando.

Isso dependia muito de sua imaginação é claro, e por mais engraçado que pareça ela pouco usava, sabia lutar muito bem, tinha lábia. E bom, ninguém negava algo a uma mulher bonita, pelo menos não a ela. 

𝐋𝐄𝐓 𝐌𝐄 𝐈𝐍 || 𝐄𝐦𝐦𝐞𝐭𝐭 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Where stories live. Discover now