Shuffled - JIKOOK +18

27 - Alguns drinks para os jogos.

Desde a última reunião se passara quase uma semana, Jimin e Jungkook não haviam se encontrado nem perguntado por notícias, em breve questão de dias o voo para o Japão de Jeon realmente aconteceria, mas na data do sábado em que haviam chego, era a famosa forquilha, Jung Hoseok, iria fazer o primeiro jantar de ensaio com direito à choros, velas e com certeza dores no coração.

— Você tá lindo com esse terno, filho. — Senhora Jung dizia passando a mão sobre o tecido do blaser para ajustar o mesmo ainda mais.

— Obrigado, eu acho, mãe. — Hoseok sorriu para a senhora então caminhou até a frente do espelho ajeitando o termo preto que caia muito bem contrastado a sua pele e cabelo.

— Em pensar que eu achei que você teria coragem para desistir. — a mãe riu baixo sussurrando ao ar enquanto mexia no porte de cristal com biscoitos amanteigados dentro.

— O que? — Hobi a olhou surpreso então a senhora apenas acenou pondo um biscoito na boca e foi caminhando para sair da sala onde o filho se encontrava.

Hoseok ficou sozinho naquele espaço martelando para si a frase que sua mãe acabara de dizer, mas como? Como mudar e evitar tudo na última hora?

— Eu prefiro você com o terno vermelho, mas disseram que é muito chamativo para a ocasião — Um castanho alegre entrava fazendo a voz rouca e animada ecoar mesmo que fosse numa brincadeira de fundo triste.

— E você está de marrom... — O ruivo riu logo se virando totalmente para o outro.

— É para combinar com a cara que devo ficar no seu sim. — Kim brincou logo pondo as mãos nos bolsos e observando sério Hoseok, o ruivo abaixou a cabeça um pouco o que fez Tae pender a sua para trás. — Eu o vejo mais tarde.

— Até!

[....]

— Você pode olhar umas dez vezes para a porta, mas ele não vem. — Seokjin dizia para Jungkook que segurava um copo old fashioned contendo uma dose dupla de Macallan single malt e ficava mais tempo admirando a porta do que qualquer outro aspecto do evento em questão.

— Eu... não estou esperando ninguém agora. — Jeon disse virando o líquido forte fazendo sua garganta queimar e firmou a mandíbula por uns segundos enquanto seus lábios se pressionavam um no outro e ele apreciava a forma como todo estresse não sumia mesmo com um mar de gotas de álcool.

— É, imagina se estivesse... — o Kim riu dando um tapinha no ombro do outro ao seu lado e foi caminhar pela área externa do salão.

— Eu estou esperando alguém? — Jungkook riu e se virou para o balcão do bar pedindo mais uma dose do que estava bebendo.

[...]

Busan, sábado, 19:30 da noite.

O mar, dizem que ele lava almas e dores, leva ou traz amores, há quem jogue oferendas e quem jogue horrores, horrores estes que matam toda a alegria da vida marinha. Nas flores do início do ano, muitos desejos foram deixados ali e muito mais que superstições para alguns, para outros é o grande poder da fé.

Jimin suspirou pela última vez enquanto movia o indicador canhoto pelos finíssimos grãos de areia ali e via as pequenas ondas se quebrarem metros à sua frente enquanto a brisa do mar estapeava levemente contra sua face bagunçando certos fios de cabelo junto. Park era acostumado a se sentir acolhido por cada onda e agora a pele pálida deixava claro que fazia tempos que não obtinha com contato fiel ao seu elemento de calma, a falta de um Sol forte o bronzeando enquanto a água salgada o banhava era simplesmente o maior sinal de que realmente fugiu muito tempo de sua cidade natal.