Capítulo 42 (Anônimo)

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∞ Uma Narrativa Anônima ∞

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∞ Uma Narrativa Anônima ∞

Eu avistei aquele casal desencontrado e percebi que seria fácil capturá-los, pois estavam prestando muita atenção um no outro, para perceberem que eu me aproximava.

Eu sabia que a Coraline e o Diego nunca me reconheceriam, mas eu os conhecia deveras bem, para notar que um era o ponto fraco do outro.

E aquela era a hora!

Dei um assobio bem alto e eles se viraram para mim, me encarando suspeitamente. No entanto, aquele sinal não havia sido para chamar as suas atenções, mas sim, para o simples fato dos meus capatazes aparecerem logo.

Eles não podiam encontrar o Lucas, e nem qualquer verdade em torno do rapaz.

O Pacto tinha que continuar acontecendo e o Lucas tinha que morrer para isso. Afinal, era esse pacto que me permitia toda uma vingança, que eu sempre ansiara em minha vida.

No entanto, uma coisa que me intrigava era que em outrora, a Marca no corpo de Lucas sempre havia passado despercebida... mas agora, ela estava ali, estampada em seu abdômen, para que todos pudessem ver.

Agora eu conhecia o Pacto e aquele detalhe me era vivo na mente.

― Vocês nunca vão encontrar o Lucas ― eu disse, sabendo que também não reconheceriam a minha voz. ― Vocês vão para um buraco tão fundo quanto o que ele mesmo está agora.

Eu sorri, enquanto vários homens se jogavam em cima de Coraline e de Diego. O ruivo tentou se esquivar e salvar a sua amada, mas dez contra dois, era demais até mesmo para ele.

Nós os arrastamos para uma gruta distante, em outro lado da ilha, já que eles nunca poderiam conhecer o Pacto, ou nada que circundava o assunto. Sendo assim, eles nunca mais poderiam se reencontrar com o Lucas.

Chegando à gruta, eu os acorrentei às pedras e para eles se soltarem, teriam que quebrar a estrutura rochosa da caverna, o que ocasionaria um desmoronamento e os mataria de qualquer forma.

Eu ri diante da possibilidade de uma morte bem dolorosa para eles.

E era o que iria acontecer, muito em breve!

Ali ninguém os iria encontrar e eu não tinha a menor intenção de voltar, para salvá-los.

Então em dias ― ou quem sabe semanas ―, eles estariam mortos de sede, fome ou qualquer outra adversidade que pudesse ocorrer, naquele período de tempo.

― Adeus para vocês, ratinhos ― eu disse e então gargalhei bem alto, saindo da tumba que para sempre, enterraria aquele casal.

E o melhor fato era que ninguém poderia assimilar quem de verdade esteve participando disso tudo. Afinal, a verdade invisível sobre mim, estava encarapuçada, bem distante daquela ilha, ofuscada por uma aparência física bastante diversa.

De repente, no entanto, uma voz me acordou dos meus devaneios:

― Está pronta para voltar? ― um dos capangas me perguntou. ― Eles precisam da gente por lá.

― Eu sei ― eu disse. ― Mas antes nós precisamos que aquela idiota retorne com o livro. ― Os meus olhos brilhavam de ódio. ― Aí sim, o circo vai pegar fogo!

O homem sorriu, pois ele também gostava daquele espetáculo. No entanto, mal sabia aquele capataz, que o circo estava somente começando.

 No entanto, mal sabia aquele capataz, que o circo estava somente começando

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Verdade Invisível - A Chance Para Uma Nova Vida - (Finalista Wattys 2023)Where stories live. Discover now