XIV

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❥ CAPÍTULO 14

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❥ CAPÍTULO 14

Porra.

Porra.

E mil vezes porra.

Eu confesso que a época em que entrei na faculdade não foi uma das minhas melhores. Eu sempre soube que fui um completo escroto no começo e compreendia porque algumas pessoas simplesmente não gostavam de mim. Eu era um pé no saco.

Ouvir tudo aquilo da boca de Evie não foi nada legal. Eu mereço ter levado essa tapa na cara, apesar de saber que eu era um cuzão, não fazia ideia da consequência que meus atos tiveram sobre aquela garota.

Eu nunca pensei que ela pudesse se sentir assim, que ela acha que a tratei como qualquer coisa, mas não é isso que eu acho sobre ela.

Porra, não é nada disso. É tudo complicado demais.

Muitas coisas contribuíram para eu ser quem eu sou hoje, e essas coisas afetavam e ainda afetam um pouco o meu julgamento. E eu sei que nada justifica os fatos, sei bem, mas não quero que ela continue pensando isso. Mesmo dizendo que isso ficou no passado.

— Porra, cara, você é surdo?— Meus pensamentos são dispensados pela voz de Charlie ao meu lado.

— O que é?— Olho para ele, apoiando a cabeça nas mãos. Estou com uma ressaca fodida e minha cabeça parece que vai explodir com a merda da dor, mas o filho da mãe não deixa de gritar.

— Eu perguntei se você vai tá ocupado hoje. — Charlie diz, com não muita paciência. — É a quarta vez que te chamo, tá com a cabeça aonde?

Ah irmão, se você soubesse...

— A ressaca tá me matando. — Explico. Pegando a xícara de café na minha frente e bebo uma pequena quantidade, levando em conta o quão quente isso está. — Tenho que sair hoje à tarde, porque?

— Temos que fazer compras. — Ele diz, apoiando os braços na bancada da cozinha e me olhando de um jeito desconfiado. Estranho seu jeito, mas ignoro. — Nessa casa só tem um macarrão com queijo vencido pela metade e bebida.

— Chama o Justin, não sei quando volto hoje. — Dou de ombros, concentrado em beber meu café.

— Sabe como ele é com comida. — Charlie suspira. — Compra todo tipo de besteira e se esquece do que é importante, se eu for com ele, ele pode encher o carrinho só de álcool e comida congelada.

— Beleza, a gente pode ir a noite quando eu voltar. — Bebo o resto do café e me levanto para colocar a xícara na pia. —

— Não sei aonde você vai o dia todo, mas beleza. A gente vê isso. — Ele concorda, ainda com um olhar acusatório, mais sério do que costuma ser.

Começo a ficar nervoso com esse olhar desconfiado dele, mas pode ser só paranoia minha, então não falo nada sobre isso. Prefiro deixar quieto como está.

SET ME ON FIREOnde as histórias ganham vida. Descobre agora