XLIV

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❥ CAPÍTULO 44

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❥ CAPÍTULO 44

Minha rotina nos últimos dias não vem sendo uma das mais saudáveis. Eu tenho um cronograma a seguir, uma dieta e uma rotina pesada de treinos, tanto como o tempo contado do descanso. Porém, eu não venho colocando em prática nada disso e muito menos seguido a rotina.

Para um atleta, para um atleta em um nível como o meu principalmente (um quarterback), manter o físico e a resistência é fundamental. Uma noite mal dormida e um treino perdido pode mudar muita coisa e eu já perdi tempo demais ficando parado demais nos últimos tempos. Preciso ter força para os treinos e preciso estar bem acordado, considerando ainda que estamos em temporada de jogos, então tudo se torna ainda mais pesado.

Eu dormi bem no dia passado. Claro que eu fiquei por um tempo acordado tentando dormir, e boa parte do tempo acordado foi imaginando como seria ver meu pai pagando por sua maldade e se ferrando. Os garotos me acordaram com pancadas na porta horas mais tarde, para jantar, e sou agradecido por eles terem feito uma mesa farta. Mesmo não sendo tão bons na cozinha como eu, até que eles se saíram bem. Nós conversamos por um tempo e logo depois eu voltei para o quarto para tentar dormir mais, porque quando mais tempo de sono, mais tempo meu corpo vai conseguir aguentar o dia inteiro andando para lá e pra cá.

Agora eu estou no prédio da universidade, voltando para o estacionamento depois de uma longa conversa com o treinador tentando convencer ele que o motivo do meu sumiço foi por um assunto pessoal urgente. Ele demorou para reconsiderar a ideia de colocar somente Charlie como capitão no próximo jogo e me deixar no banco, mas ele mesmo disse que os time funciona melhor ainda comigo lá. Apesar de todo o meu rosto estar marcado por feridas e hematomas, acho que isso foi um incentivo a mais para ele ver o quão ferrado era a minha 'situação familiar'.

O futebol é importante para mim. Foi a única coisa que me mantinha são durante o inferno com o meu progenitor. Eu ficava horas fora de casa, às vezes dias por conta dos jogos em outra cidade, e essas eram as melhores partes da minha vida durante a infância e a adolescência. Ficar longe de Francis sempre foi algo que eu quis. Além de tudo, correr com a bola, sentir a adrenalina em meu sangue enquanto eu faço o máximo de esforço possível para marcar um ponto ou passar para outro jogador, ouvir a torcida gritando meu nome e torcendo por nós, tudo isso traz uma sensação indescritível. E algum dia eu tenho o desejo de poder ser reconhecido profissionalmente, por vários lugares, como um jogador da NFL.

— Oi, ruivinha. — por pura coincidência, eu encontro Evie perto da entrada do prédio da faculdade, concentrada no celular.

Ela franze o cenho e para de andar, tirando os olhos do celular para olhar para mim em sua frente.

— O que você tá fazendo aqui? — ela cruza os braços e me olha de cima a baixo antes de voltar para meu rosto.

— Eu vim resolver umas coisas com o treinador. — eu explico, apontando para trás com o polegar.

SET ME ON FIREOnde as histórias ganham vida. Descobre agora