XXXVIII

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 ❥ CAPÍTULO 38 

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❥ CAPÍTULO 38
 

Agora na sala da minha casa, com meus amigos, Sarah, Riley e Evie eu penso em como tudo mudou tão rapidamente. Até alguns poucos meses atrás, eu não me permitia aproximar realmente de alguém, ou deixava alguém se aproximar. Apesar da ruiva já ocupar uma parte minha com alguns pensamentos intrusos, eu nunca havia pensado de verdade em ficar com ela ou qualquer outro ato romântico.

Quando eu era menor e ainda não entendia muitas coisas, eu lembro de perguntar para meu pai se o verdadeiro amor existia. Se algum dia eu iria poder amar alguém e esse amor seria retribuído na mesma intensidade, se eu encontraria alguém com quem pudesse passar o resto da vida. Na época eu usei o casamento dos meus pais como exemplo de felicidade e amor, agora eu vejo que um dos motivos por qual minha mãe continuou com ele foi por minha causa e porque, provavelmente, não sobreviveríamos decentemente por muito tempo sem a ajuda dele. Não havia amor envolvido ali há muito tempo.

Confesso que já pensei muito nessa coisa de amor, de amar e ser amado igualmente, mas encontrei muitas pessoas ruins ao longo da minha vida e essas pessoas tiveram um papel importante ao acabar com qualquer esperança do meu eu de sete anos de encontrar uma família de verdade.
Em especial meu pai, e se contar os momentos de exagero no uso de remédios e maus hábitos de bebedeira da minha mãe, ela acabava descontando os problemas do seu casamento fracassado em mim e acabava com minhas expectativas.

Eu acreditei bastante em tudo que eles diziam, até um certo ponto em que notei que meus pais não eram exemplos a serem seguidos, e por mais que eu quisesse, minha mãe não era uma das melhores e mesmo que dissesse me amar como devia, ela não cuidou de mim e não teve coragem suficiente para nos livrar de Francis. Eu a amo e sinto falta dela, esse sentimento nunca vai sair de mim, porém a necessidade de estar com minha mãe e a admiração devota já não está mais aqui, mesmo que eu saiba que metade do que ela se tornou foi por conta do meu pai.

E se voltasse no tempo agora e a minha versão criança fizesse aquela pergunta novamente, eu provavelmente responderia que sim. Que sim, eu encontrei pessoas que estão por mim assim como eu estou por eles e eu encontrei alguém com um coração bom e digna de bons relacionamentos e uma vida feliz.

Que sim, apesar de não ser do jeito que imaginei, eu tenho minha própria família. Tenho os meninos, Sarah, que oficialmente namora o Charlie então agora faz parte também, Evie de um jeito ou de outro entrou em nossa pequena família, e Riley veio junto. Ele é um cara legal, é calmo e se dá bem pra caramba com o Justin.

Então sim, pequeno Ryan de sete anos, você encontrou sua família. Mesmo que muito contraditória.

— Você ainda tá aqui ou é só o seu corpo e sua alma já tá em algum outro mundo? — foi Evie quem disse isso, afastando todos os meus pensamentos e me fazendo focar meus olhos nos oceanos dela.

— Desculpa, eu estava pensando, viajei um pouco. — eu balanço a cabeça e em seguida dou um sorriso fraco para ela.

Nossas vozes saem baixas, Sarah, Justin e Riley estão em uma disputa acirrada para ver quem vence na corrida de carro do jogo de vídeo game.

SET ME ON FIREOnde as histórias ganham vida. Descobre agora