Agradeceria muito se os idiotas que estão na frente do carro, abrissem espaço. Amarro o cabelo num rabo de cavalo, preenchendo os pulmões de ar.
Ouço a porta do tranporte ser aberta e ao virar o rosto rapidamente, me deparo com a figura de Dylan sorrindo, mostrando aquelas covinhas ridículas.
- Esquece! Não vou lhe deixar na sua casa - nego a cabeça enquanto ponho as chaves em seu devido lugar.
- Eu vou para a sua - ele pisca o olho.
- Por quê? - questiono depressa.
- Meus pais saíram - responde, como se não estivesse incomodando.
- Agora, quem paga o papo sou eu? Não sabe ficar sozinho em casa? Dá o fora! - digo, apontando por onde entrou.
- Minha moto esta na sua casa - Dylan implica.
Reviro os olhos e tento pôr o carro para funcionar, so que falho nisso.
- Você é mesmo uma péssima motorista.
- Quantas multas teve ano passado? - arqueio as sombrancelhas a medida que tento ligar o carro novamente, porém, sem sucesso mais uma vez.
Burfo e bato no volante quando vejo quase todos indo embora. Realmente não quero ficar aqui com o Dylan.
- Três! Só foram três - dá de ombros, e relaxa no banco. Abre a janela e põe o braço que sustenta os músculos bem definidos para fora do automóvel.
Me retiro do ambiente e levanto o capô do carro, que por algum motivo esta fumaçando. Mexo no rabo que os fios ruivos formam, denunciando o estresse.
- Droga! - exclamo.
Levanto a cabeça, totalmente frustada. Hoje realmente não é meu dia!
Um carro vermelho se aproxima, e para quando a pessoa que esta na direção nos nota e abaixa o vidro.
- Oi, Dylan, parece que esse carro ai esta, não quer vim com a gente? Tem uma vaga.
- Tchau - o garoto sai do meu carro, acenando a mão.
- Você vai me deixar aqui sozinha?! - questiono indignada quando ele se ajunta a elas. Isso faz com que o desejo de explodir floresça dentro de mim.
- Eu te odeio, Dylan! - digo alto, arrumando o capô.
Retiro a mochila, e travo o carro. Sei que com ele eu não vou sair daqui, então, o melhor a se fazer é pegar um táxi.
- Não há algo mais lindo do que o amor entre irmãos - ouço uma voz grossa anunciar.
- Aquele idiota não é meu - bato o pé no pneu e me viro ao rumo da pessoa que estou respondendo, Liam. Meu cabelo deve se encontrar horrível! E isso me preocupa muito - irmão - completo a frase, totalmente sem jeito.
A garganta seca, e começo agir como uma boba, tento evitar seus olhos azuis e admirar a sua pele macia, e quanto mais os seus cabelos loiros bagunçados que dão uma caracteristica forte a suas feições. Ele é aterrorizadamente bonito, a ponto de causar falhaz na sustentação do corpo.
- Eu lhe levo para casa, vamos ao mesmo destino - retira as chaves do bolso da calsa e às arremessa para o alto.
- Am? - arqueio as sombrancelhas, sendo quase obrigada a levantar o queixo e encara-lo.
- Disse que lhe levo - repete.
- Sabe a onde é minha casa? - pergunto, sem entender o que esta acontecendo. Me belisco por trás, confirmando o fato de não estar sonhando.
- Não, mas você pode me guiar, não é? - avança alguns passos, e confesso que sua atitude provoca batidas fortes no coração.
- Claro - respondo, tornando as minhas bochechas vermelhas como o tomate.
O rapaz de fios loiros dá as costas e eu ò sigo, cravando as unhas na palma da mão. Amanhã vou ter uma bela historia para contar a Louise.
Paramos quando no instante que ele encontra seu carro e abre a porta do lado do banco do motorista, para me sentar, retiro a bolsa das costas e sorrio levemente quando me conforto no assento.
Olho a paisagem até o garoto entrar também. Gosto de sua presença, mesmo que ela me cause desconfortos na barriga.
- Bem, antes de irmos, gostariamos de termos uma breve apresentação, ja que agora nos veremos muito. Meu nome é Liam - tento agir como se não soubesse até mesmo a sua comida favorita.
- Meu nome é Emma - anuncio, formando um sorriso curto no rosto.
- Então, Emma, a minha mãe comentou com a sua sobre as suas notas em matemática, e as duas decidiram que lhe darei aulas a partir de hoje.
- Ok... mas vou avisando que você esta destinado a sofrer - respondo, ainda sem olha-lo.
- Relaxa. Gosto de desafios - comenta enquanto bota o carro para funcionar e ò leva para a estrada.
[...]
O silêncio permanece entre nós, até eu apontar a minha residência. Não demora para ele estacionar o automóvel e ambos sairmos dele.
Mamãe estava me esperando como sempre, organizando algumas plantas na varanda, com um alicate em mãos.
- Ah! Vocês chegaram. - anuncia no instante que Liam e eu nos aproximamos dela. - Aliás, cadê o Dylan?
- Ele ainda não chegou? - franzo o senho, ja me livrando do peso da bolsa, pondo-a no piso do local.
"Deve ter desviado o caminho com aquelas garotas."
- Só veio aqui pegar a moto e voltou para lhe buscar - responde, deixando a ferramenta sobre a grade e retirando as luvas de jardinagem. - Olá, tudo bem? - ergue a mão a Liam, e o mesmo logo à cumprimenta.
- Sim, e com a senhora? - olho involuntariamente a sua face e por um segundo quase não consigo parar de observa-lo.
- Ah, eu estou ótima! Fora os cabelos brancos que Emma me causa - fico sem graça e rezo brevemente para que a minha mãe não inicie uma sessão de histórias bobas que ela gosta de contar sobre mim.
- Tenho certeza que isso não será mais um problema - responde firmemente.
- Gosto da sua confiança - ela diz, caminhando em direção a porta e fazendo nós irmos atrás - Vamos entrar, vou fazer um café para vocês tomarem.
☆☆☆
A pedido de uma leitora estou postando hoje (disse pra n demorar kkk)
Pessoal, hj infelizmente faltou energia na minha cidade, e so deu de postar esse capítulo.
Estão gostando?
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Não Somos Irmãos
Teen FictionEmma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. Eles crescem no meio de muitas brigas e confusões, até que Emma começa a sair e conhecer outros garot...