Capítulo 04

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Atual

O sorriso brilhante de mamãe é encantador, algo mudou em suas feições, creio que esta feliz pelo simoles fato de sua filha ter dado uma chance a matemática. A mulher arruma algo na cozinha, que so é separada da sala pelo balcão.

Estudamos na mesinha de centro, entre os sofás, já faz duas horas, mas para ser sincera, eu doei mais atenção naquelas feições perfeitas de Liam, do que nos cálculos ensinados. Realizo o exercício proposto e entrego o caderno a ele, que analisa bastante atencioso.

— Você acertou — diz, arregalando os olhos enquanto levanta a cabeça.

— Esta brincando! — digo, sorridente. 

Nunca denunciei tanta felicidade numa expressão. A verdade é que até mesmo essa matéria fica bacana quando o professor é Liam.

— Não, é sério! Você manda bem, Emma — ele elogia, e por um instante o medo de tons vermelhos aparecerem no rosto, me atinge.

— Bem, ja estou indo para o hospital, crianças — mamãe anuncia quando pega as chaves de um gancho e dá tchauzinho.

— Bem, acho que acabamos por aqui... — comenta, fechando o livro — Você vai ficar sozinha? Não tem medo?

— Não, esta tudo bem! Eu sou acostumada — sorrio fraca.

— Sempre foi só você e sua mãe? — questiona.

— Sim, o meu pai foi embora faz alguns anos — respondo meio sem graça.

— Foi mal — fala, negando a cabeça. — Não queria ser chato.

— Tudo bem, eu não me importo em falar sobre isso — dou de ombros. Isso era mentira, repúdio mensionar o assunto. Amargamente. O que devem pensar? A mãe dessa garota conserteza é pessima e o pai dela certamente não à ama.

— Sente falta dele?

— Não — respiro profundamente.

— Ah, esta certo — afirma, enquanto concerta a coluna — O que gosta de fazer no tempo livre?

— Bem... eu nunca pensei sobre, mas o engraçado é que se me perguntassem isso a um tempo atrás,  acho que a resposta seria cantar e compor música.

— Sério? Eu e alguns amigos montamos uma banda recentemente, porém, ainda não temos as nossas próprias músicas. — A insatisfação é nítida em seu rosto.

— Por que? — questiono e o mesmo suspira alto.

— Temos problemas em compor — sorri sem alegria, abaixando o olhar.

— Vai me achar louca se eu lhe propor algo? — uma ideia maluca surge na mente.

Talvez ele possa me achar louca, porém, não quero perder a chance de faze-lo me conhecer. Sabia sobre sua banda, já ouvi canta-lo diversas vezes, inclusive na aula de música que entrei. Nunca cantei na sala, sempre fazia questão de me esconder. A vergonha que obtenho tem um nível extremo.

A música é algo em comum entre nós, e talvez se eu ajudar ele, podemos ser pelo menos amigos. Louise vai pirar quando souber.

E desvaneiar seus questionamentos: Você beijou ele? Foi educada e sensual? Não paralisou?

— Curto loucuras — levanta a visão, e me dar atenção.

— Esta certo — me levanto e vou a geladeira, na tentativa de pegar duas garrafas.

— Sua mãe não vai brigar? — interroga quando ver o que seguro, e o entrego.

— Não se ela não saber — respondo, piscando o olho.

O rapaz abre a cerveja e bebi um pouco.

— Essa é a sua loucura? — limpa a boca com a jaqueta.

— Não — sorrio abertamente, dando a mão a ele, que agarra e se ergue — Quero lhe levar meu lugar favorito, você vai se inspirar — mordo os lábios meio nervosa, a única pessoa que eu levei foi Dylan, e foi uma verdadeira decepção — Eu não vou lhe levar para o quarto — comento, deixando claro.

— Juro que não imaginei isso — gargalha, mostrando as palmas das mãos.

Subimos as escadas e em seguida ò guio para o sótão escuro, seguindo ligeiramente a janela e saindo do local.

— É incrível, venha! — abro a janela, e visualizo o crepúsculo. Tudo seria mais adorável se as recordações não atravessassem o cérebro.

— Então, o destino é o telhado, não tem medo de desastres — sua fala me chama de volta, e aceno a cabeça.

Não demora muito para ele pisar no telhado e eu conduzi-lo ao ponto que dá um acessso a paisagem maravilhosa que a estrela amarelada fornecia.

Respira profundo, sentindo a sensação de estar ali mais uma vez.

— Eu vi um violão no sótão, não acha que é melhor?

— Ele desprende recordações não muito boas, podemos tentar sem ele? — respondo, passando a vista as mãos que permaneciam em cima dos joelhos inclinados. 

— Esta bem... — acena a cabeça, retirando o celular do bolso — Guardo algumas composições aqui.

☆☆☆

Mais um capítulo hj?? Kkkk estou boaaa hj, inspirada. Do outro livro sairá amanhã.

Não Somos Irmãos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora