O sótão virou o meu lugar novamente. Peguei um colchão que estava no quarto de hospedes e ò trouxe para cá. Achei uma ótima idéia, assim fica mais confortável para compor música.
Pego no violão, deslizando os dedos de uma vez sobre as cordas enquando fixava o olhar na canção. Não esta boa. É péssimo escrever sem algum sentimento. Confesso que as minhas letras eram melhores quando não passava de uma boba apaixonada.
Descanso os ombros a medida que expiro. Fecho os olhos na intuição de vim algo legal, mas não vem.
Levanto depressa e caminho de um lado para o outro até ter uma grande ideia. Pego no caderno velho rapidamente e substituo alguns adjetivos, e o primeiro é:
"Seus olhos castanhos" por "seus olhos safiras"
Não vai interferir na letra, então, essa é uma brilhante ideia. Começo a sorrir para a folha e brincar com as palavras. Esta tudo saindo bem, e tenho certeza que vou apresentar uma ótima composição para o Liam.
A satisfação atinge o peito e a alegria se espalha pelo corpo. Eu gostava da música, apesar de não gostar da inspiração dela.
Vou a busca do violão, somente para testa-la, mas quando levanto os olhos, há uma figura idiota invadindo o meu território.
- Você não tem casa, Dylan? - questiono rapidamente, denunciando o rancor cravado no peito.
O garoto sorri formando as covinhas tão perfeitas ao lado dos lábios meio rosados. O coração acelera e o cérebro manda uma mensagem a ele alegando para parar com essa reação.
- A ideia de me ver todo instante não te alegra, Emma - gosto quando ele fala meu nome desse jeito, a voz se torna sutil e o mover da boca.... é... Não. Não posso fazer qualquer tipo de elogio referente a ele.
Desvio o olhar enquanto fecho o caderno e ò deixo em cima da escrivanhia.
- Dylan, eu estou ocupada - foi a frase que arrumei para lhe pedir licença.
- Vou dormir aqui hoje. Nesse sótão pelo visto - como disse, ele não tem casa!
- Eu não arrumei esse lugar para você dormir - nego a cabeca, deixando a indignação transparecer.
- Mas você pegou o colchão da cama que eu dormia.
Ah, merda!
Agora ele realmente contém uma boa defesa.
- Argh - enterro as unhas na palma da mão sem paciência. Derrotada.
Recolho alguns papéis, por que nem fudendo deixo eles aqui para Dylan ler.
- Trouxe bolo, não quer um pedaço? - mexe na sacola que tem em uma de suas mãos.
- Estou sem fome - respondo, seguindo na direção da saída, mas sou barrada por ele.
- Até quando você vai ficar assim comigo? Mas que caralho, Emma!
- Até quando você parar de ser um babaca, então, a resposta é nunca.
- E se eu parar? - propõe.
- Não pode nascer de novo - responde rapidamente.
- Quer mesmo ficar com o idiota do Liam?!
- A única coisa que eu quero é ir ao meu quarto, e você esta me impedindo! - exclamo.
- É para me esquecer? - ele não liga para a minha fala e continua questionando, se aproximando cada vez mais.
O que ele deseja ouvir?
"Sim, por que toda vez que você se aproxima eu me torno uma tarada e completamente boba."
Eu não tenho estômago para declarar isso. Seria muito ridículo!
A visão se atenta aos lábios dele e acompanha cada respiração. Dylan esta muito perto, tenho espaço para trás e também posse empurra-lo, mas não faço isso.
- O seu ego é enorme - a única frase que consigo pôr pra fora - Se não se afastar eu vou te dar uma joelhada pior do que daquela vez - digo calma e me seguro pra não me perder na beleza da face a frente.
- Você é muito brava - ele sorri, ainda centrando o olhar nos meus olhos.
Então, por fim, deixo o rapaz de mão e sigo o meu caminho. Não quero que ele me destrua outra vez, aliás, é aquela boca vai me destruir. Não quero voltar com aquela paixão idiota.
- Eu queria saber se você gostaria de devolver o brinco da Louise - a sua fala me faz realizar meia volta. Observo a jóia sintilar, ela é completamente linda, entendo um pouco do desespero da minha amiga.
- O que você quer? - cruzo os braços. Sei que ele não faria isso só por bondade.
- Volta a usar o colar, e o brinco volta para a Louise - ele comenta, retirando o colar do bolso da calça.
Reviro os olhos e me aproximo novamente. Pela Louise!
- Por quê? - questiono quando pego no colar. Estava sentindo falta desse acessório.
- Por que eu quero e essas são as condições - dá de ombros, se sentando no colchão enquanto me encarava de modo estranho no instante que devolvo a correntinha ao seu devido lugar.
♡♡♡
Gente, o capitulo foi curtinho por qie eu fiz dps de resolver alguns exercícios de mat, ai eu estou um pouco cansada, mas amanhã tem mais.
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Não Somos Irmãos
Teen FictionEmma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. Eles crescem no meio de muitas brigas e confusões, até que Emma começa a sair e conhecer outros garot...