Capítulo 28

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Emma

Gostaria de acreditar que aquelas palavras que jogou para fora da boca eram verdades. Mas estou ciente de seu blefe. Dylan é muito cheio de si para se importar com outra pessoa, ou melhor comigo.

Levando em conta que sempre foi o centro das atenções e tem tudo o que quer, ele não suporta perder uma. Não suporta o fato de não ser mais a pessoa que eu

— Você é mesmo cheio de si. Não suporta que eu fique com outra pessoa por que acha que nasci somente para morrer beijando os seus pés.

— Quando eu falei isso? — questiona num tom de voz pacífico enquanto arqueia as suas sobrancelhas e se aproxima num passo, para manter a conversa apenas entre nós — Eu... — levanta o peito e ò desaba de um modo melancólico.

— Os seus atos. As suas ações infantis dizem tudo ao seu respeito. — nego a cabeça — Quantas vezes fiz besteiras por você... e a única coisa que recebi em troca foi decepção.

Faz total sentido isso, partindo de Dylan. Ganha de mim desde quando nasci, até no amor da minha mãe.

— Eu nunca quis que você ficasse se arrestanjando, e eu nunca lhe pedi isso.

Como imaginava. Babaca!

— Olha... — direciono os olhos a grama, com vergonha — Desculpa por  fazer você perder tempo esses anos, e pelas besteira que fiz, mas pode ter certeza que a vergonha dói mais em mim do que em você.

A mente mandava mais falas na direção da boca, porém quando os olhos visualizaram uma figura meiga se aproximar, o corpo paralisou e se manteve quieto em todos os aspectos, ainda cercado pelo olhar raivoso de Dylan. Tento não visualiza-lo, ele fica muito sexy com a mandíbula rígida. Para, Emma!

— Iai — Liam chega na conversa. — Você veio mesmo — diz com um impecável brilho na pupila.

— Não quebro acordos — imito a mesma fala que havia dito a Dylan, o qual não para de me encarar por nenhum instante, como se estivesse desapontado — Aliás, está me devendo um sorvete, eu apostei que você jogaria bem — relembro nossa conversa por mensagens.

— Como não gosto de dever... acho que vou tirar ela um pouquinho de você, Dylan — Liam se aproxima sem se importar com o incômodo que sua presença causa no rapaz. Ele estende a mão, e eu à agarro, determinada a também saber pisar nos outros.

[...]

Eu deveria estar festejando agora, e não me sentindo culpada. Por não posso simplesmente esquecer isso?

— O que se passa nesse precioso cérebro, inimigo de cálculos?  — Louise questiona enquanto se admirava no espelho de todas as formas possíveis.

— Nada — o tom de desânimo expressa tudo o que sinto: tristeza, desgosto e raiva.

— Fala sério! Você tá a mais de meia hora olhando pra minha bunda.

— Eu estou deitada, e você está de costas, então... — me concerto na cama, passando a sustentar o tronco contra a parede.

— Ok... Você pediu por isso, mocinha — se joga sentada na cama, segurando uma escova e a levando para frente da boca, simulando um microfone — Por que você esta assim, Emma? Esta com medo de Liam, o mais gato da escola, não gostar do seu beijo ou do seu gemido?

Não Somos Irmãos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora