Capítulo 05

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Depois de um tempo cantando e digitando a letra no celular, suspiro alto e encaro Liam.

— Eu acho que agora esta bom — sorrio.

— Você é muito boa nisso, além de ter uma voz incrível, não gostaria de entrar na nossa banda?

— Acho melhor não, tenho problemas em matérias da escola, e a minha mãe obviamente não aprovaria. Ela quer que eu seja médica, mas com as notas escolar, isso está cada vez mais difícil.

— Com isso você tem a mim, posso lhe ajudar.

— Vou pensar — falo, totalmente boba.

— Por que se ofusca tanto? — questiona, e eu não compreendo o queria dizer.

— Com assim? — mordo o lábio inferior, enquanto as células se aflitam.

— É incrivel, mas não permite que isso transpareça — responde, encarando meu rosto mais a fundo, até mesmo dava de me ver nas suas íris cristalizadas.

— Você acha? — levanto as sombrancelhas.

— Acho. Por que não te conheci antes.

— Esse é o primeiro ano que estudamos juntos — respondo, arrumando o cabelo.

— Pode cantar alguma das suas músicas?

— São infantis, você vai tampar os ouvidos quando começar a cantar — fecho os olhos, na tentativa de recordar da música que havia feito a um tempo atrás. A mesma que mostrei a Dylan.

Canto da mesma forma, respeitando o mesmo timbre, mas a diferença é que quando observo Liam, ele parece se divertir e gostar. Acabo puxando a voz e tento recuperar o fôlego.

— A letra é encantadora, talvez só devemos modificar um pouco a melodia.

— Mas eu não vou usa-la — digo rapidamente.

— Como não? — gargalha fraco.

Ele se aproxima e fixa bem em meus olhos, se não fosse pela chegada da escuridão, eu me veria nos seus olhos. Mas o celular do garoto toca e ele acaba atendendo. Fala algo com a pessoa e depois desliga.

— Preciso ir, nós vemos na escola, então?

— Sim — afirmo.

— Hoje foi legal, talvez possamos ir a alguma hamburgaria depois da aula amanhã.

— Esta certo — sorrio fino, quase querendo pular de alegria.

Ajuda a me erguer e saimos conversando do ambiente, deixo-o na porta e dou tchauzinho quando entra no carro.

Me viro, e cruzo com Dylan no meio da caminhada.

— Você me assusta, Dylan! — ponho a mão entre os seios.

— Esta toda boba por que conversou com um garoto? — franze o cenho apoiando uma mão no corrimão da escada.

— Larga de ser idiota — gargalho, passando ao seu lado e indo ao rumo da cozinha.

— Você deve nem saber beija, Emma. — se vira.

— Como sabe? Por acaso fica me espionando — arqueio as sombrancelhas enquanto tiro uma garrafa da geladeira.

— Não tenho tempo para isso, Emma. — comenta, jogando os braços sobre o balcão, ficando na minha frente.

— Ah, então não fale bobagens se não tem provas — dou de ombros a medida que jorro água no copo de vidro.

— Liam gosta da Margon, todo mundo sabe disso.

Ele cita a ex do Liam, mas creio que isso não seja verdade. Os dois terminaram há um ano e meio atrás.

— Você estava sim me espionando! — sorrio estonteante, não dando bola a sua fala.

— Vi você cantando a mesma música que cantou pra mim no telhado.

— E daí? — fico surpresa dele pelo menos lembrar de alguma parte da música.

— A sua mãe não irá gostar do que tenho a dizer — respira profundamente.

— Ele esta me ajudando em matemática, então minha mãe não irá se opor — sorrio com o escárnio cobrindo o rosto.

— Esta mentido!

— Por que eu mentiria? — Cruzo os braços.

— Sua mãe pediria a mim — sorri fraco.

— Você não é o único bom na matéria — pisco o olho — E nós não nos damos bem. Então, você me ensinar algo nunca dará certo.

— Mesmo se for a beijar? — arqueia as sombrancelhas.

— Não viaja — nego a cabeça, pondo o saco de pipoca no micro-ondas.

— Irá precisar, Liam já beijou várias garotas e se não gostar do seu, você sairá de campo facilmente — mostra os dentes, destacando as covinhas.

— Ah, é? Então me ensinaria a beijar? — jogo as cotovelos na pedra e ficamos frente a frente, inclino a cabeça a medida que umideço os lábios e fixo os olhos na sua boca rosada, aliso a sua bochecha usando as unhas, acabando a distância vagorosamente, até acerta a minha testa a sua fortemente, fazendo-o dizer "ai" — Haha... Dylan você é muito tarado, hein! Cai fora! — me afasto — Olha! As minhas pipocas já estão prontas — digo, apontando para o micro-ondas, enquanto pego num recipiente e ponho a comida dentro.

— Você é maluca, e so não virei o rosto para não lhe contranger — fala, passando a ponta dos dedos na testa.

— Acredito em você, Dylan.

— Eu quero essas pipocas como pedido de desculpas.

— Não vou dar — saio com a bacia prendida do braço.

— Vai mesmo para o seu quarto! Precisa ir tomar um banho! — exclama.

— Depois de comer eu irei, e com a porta bem trancada para tarado não invadir — digo somente na intenção de provoca-lo.

— Se algum dia tiver interesse em você, eu me mato — fala num tom alto, denunciado sua fúria.

— Ah, sim! Você se mataria por um amor não correspondido — gargalho, jogando as pipocas na boca e seguindo em direção as escadas.

♡♡♡

Agora não sei quando irei postar novamente, por que tenho q me dedicar ao outro livro, mas se vcs pedirem muito talvez não demore tanto. Não esqueça de votar!

Bjsss!! Tchauzinho...

Não Somos Irmãos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora