Capítulo 39

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O azulado da luz das estrelas banha nossos corpos ávidos como os holofotes em um palco, iluminando um prêmio mais desejado do que qualquer troféu

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O azulado da luz das estrelas banha nossos corpos ávidos como os holofotes em um palco, iluminando um prêmio mais desejado do que qualquer troféu. Este é o desafio supremo, o jogo mais complexo que já enfrentei. E não vou permitir a derrota. Não ela.

Um calor intenso percorre meu corpo quando a língua encontra a de Emma, relembrando o sabor de sua saliva, enquanto meu nariz é envolvido pelo aroma de rosas que emana de seu pescoço.

Amo isso. Amo quando ela se entrega às minhas carícias. Amo tê-la orbitando a minha cintura. Amo como cada fibra do corpo entra em colapso por conta de seus toques. Amo observá-la enlouquecida por mim.

As minhas mãos apertam as suas colchas macias e vão subindo em direção a sua traseira. A respiração da ruiva se torna desregulada quando finalmente chego ao alvo. Deve ter sentido algo duro contra a sua intimidade.

Que droga! Nunca me vi tão enredado numa obsessão como agora. O desejo por essa mulher é uma força desconhecida, algo que não experimentava desde os primeiros lampejos da puberdade.

Os lábios de Emma, doces como mel, saboreiam os meus com chupadas memoráveis. Cada momento compartilhado com ela acelera meu coração, ansiando por mais, até que delicadamente ela se afasta, tocando meu ombro enquanto nego com a cabeça, completamente rendido.

— Por favor, Emma — declarei, esperando convencer.

— Lembra do nosso trato? — perguntou. 

Porém, meus olhos capturam apenas o radiante brilho dos seus, refletindo o desejo mútuo, embora um certo orgulho adie o inevitável.

— É sério que você lembrou do nosso trato agora? — levanto as sobrancelhas, esperando que isso seja apenas uma conversa passageira, e que voltaremos a nos relacionar com mais vontade.

— Dylan... — ela balançou a cabeça com suavidade, e resignado, mesmo sem muitas opções, aceito. Talvez não seja hoje, mas sei que um dia, inevitavelmente, acontecerá.

— Está bem — não posso forçá-la a fazer algo, mesmo sabendo de sua vontade — Boa noite!

Assim, minhas mãos se erguem junto às suas orelhas, e deposito um beijo terno em sua testa, como nos tempos de infância, um gesto que reafirma meu papel. Sou eu quem deve caminhar ao seu lado, entrelaçando nossas mãos e selando com beijos sua fronte.

— Eu que sempre faço isso em você. — afirmo, segurando firme em uma de suas mãos à medida que a garota se afasta e sai do cômodo.

Por breves instantes, fico verdadeiramente incrédulo. Passei o dia inteiro consumido pela frustração ao ver Liam se aproximando tanto dela. E aquilo das mãos dadas... Que loucura!

Respiro fundo, buscando recuperar o ar que escapou durante nosso encontro. Então, retorno ao colchão com um sorriso malicioso adornando meu rosto, como se fosse nosso primeiro beijo, uma doce vitória contra o filho da diretora.

***

A luz dourada do sol banhou o ambiente assim que surgiu no céu, e não demorei a me erguer, repleto de determinação e expectativas para o dia que se iniciava. E ao olhar para a cômoda, inundada pelas lembranças felizes de ontem, sinto um calor reconfortante no coração.

Sei que por mais que Emma esteja evitando isso. Evitando o encontro de nossos corpos, ela não conseguirá manter sua ideia por muito tempo, pois estou presente em todas as suas agradáveis lembranças, principalmente pelos seus sentimentos, e sabemos que o amor de infância é delicado, que mesmo com o tempo, continua a perfumar os momentos mais doces da vida.

Me enrolo na toalha e sigo imediatamente para o banheiro, onde encontro a ruiva implantada na porta com os braços cruzados, possivelmente esperando que a sua mãe saia. Permaneço quieto ao seu lado por um momento.

— Teve bons sonhos, Emma? — questiono, interessado em sua resposta, já que ela está meio inquieta.

— Eu não sonhei — responde, não querendo conversar, enquanto bate o pé no chão repetidas vezes.

A recordação que vamos ter de ontem já é o um baita de um sonho. E o melhor dele, é que se tornou real.

— Estamos saindo — ela rompe a quietude.

— É o que? — interrogo, sem entender bem a sua fala.

— Você perguntou ontem se eu e o Liam estamos saindo, a resposta é sim, nós estamos saindo — O impacto da fala foi surpreendente, é como se uma explosão súbita tivesse interrompido a tranquila atmosfera ao redor.

— Vamos ver por quanto tempo — digo, ainda não conseguindo fitar os seus olhos.

— Eu só te peço uma coisa, Dylan, se ainda tiver alguma consideração por mim, e de fato respeitar o nosso acordo.

— Estou ouvindo — afirmo, ainda com a visão voltada para a porta.

— Não se meta entre mim e Liam, por favor — a sua fala reflete decisão, e eu simplesmente tento ignorar isso.

— Emma — digo, após uma série de pensamentos — sabemos que não será preciso eu me meter entre vocês dois. Não percebe que são como água e óleo, não possuem ligação química forte alguma? — a ruiva fica calada e arruma a coluna quando a porta finalmente é aberta.

Parte de mim quer acreditar nisso, por que se for o contrário todos os meus planejamentos se vão por água abaixo. E o dia que seria ensolarado hoje se ensola em uma grande solidão. Eu odeio esse Liam!

— Bom dia, crianças — a mãe de Emma como sempre está alegre, mesmo sabendo que nas horas seguintes irá passar por várias sufoco no hospital.

— Bom dia — respondemos em uníssono, não em um tom muito feliz como o de Lia.

— Vocês também ouviram algum barulho ontem a noite? — ela questiona.

— Não, o meu sono foi bem profundo — respondo a medida que Emma entra no banheiro sem falar alguma coisa.

**********

Oiii florzinhas, estou por aq novamente. Os comentários de vocês me dão forças para escrever, e como algumas leitoras me pediram, esse cap foi na visão de Dylan. Agora me falem, sentiram pena do Dylan ou acham q ele merece??

Se tiver muitos comentários, o cap 40 sai amanhã!!!❤️❤️

Não Somos Irmãos Where stories live. Discover now