-Capítulo 11-

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Viro na cama e bato em meu travesseiro mas mesmo que meus olhos não conseguem ficar abertos por conta do sono eu ainda sim não consigo dormir já passa das 2:00 da madrugada e a imagem do rosto de Davika não sai de minha cabeça seus olhos transmitiam desafio e mais uma vez me pergunto se a conhecer é uma coisa boa pois sua aproximação é perigosa para o que devo deixar enterrado no esquecimento

Memórias de um tempo a não muito distante voltam com força para me dizer que estou bem longe do comum pessoas iguais a mim não são compreendidas com facilidade e tentar nos mudar é um erro ao qual venho cometendo mas tudo absolutamente tudo por meu pai que sem saber de nada é o único que alimenta minha alma como poucos podem

Alguns fracassos estão fadados a se repetir

Já outros aparecem para nos mostrar os erros de nossos caminhos

No meio da escuridão da noite um barulho que parece vim de trás da porta do quarto me faz franzir as sobrancelhas ninguém conseguiria invadir a pequena casa que ganhei de meu pai que ao contrário de onde cresci essa é bem modesta mas possui tudo que necessito alarmes em cada entrada janelas com os melhores bloqueios e homens me vigiando 24 horas 7 dias por semana garantem minha segurança quando não fujo deles para fazer o que minha alma clama que faça

Empurrando o cobertor para longe eu agarro meu casaco mas quando fecho o zíper o estranho barulho é ouvido de novo e com minha curiosidade renovada pelo que está acontecendo no corredor eu abro a porta já preparado para gritar por ajuda pois apesar de curioso o medo leva o melhor só que quando abro a boca para chamar alguém é quando meus olhos pegam uma imagem que não esperava ver

- Essa mulher é dura na queda - murmuro ao me deparar com uma Davika esparramada no chão em frente a minha porta segurando em seu poder somente um travesseiro e um cobertor

Ela não só não aceitou muito bem quando a expulsei do quarto como agora esta dormindo em frente a minha porta como um cão de guarda

O chão está frio

Não deve ser muito confortável dormir aí

Sinto pena a mulher ao qual me irrita com seu deboche aquela mesma mulher que riu as minhas custas quando cai no banheiro agora é a pessoa a me fazer sentir uma emoção que a muito tempo desconhecia e não sei se isso é uma coisa boa ou se será isso que um dia será minha ruina

- Por que ela não dorme no quarto de hóspedes? tenho certeza que é melhor que dormir onde está agora - minha mente questiona suas razões mas sem nenhuma resposta eu me dou por vencido

Afinal o que tem de mal em dividir uma cama?

Não acredito que estou mesmo considerando isso

- Vamos Davika - a balanço suavemente - Vem você pode dormir comigo... - seus olhos se abrem e xingo mentalmente com o susto que tomo por que não esperava que estivesse acordada e fico ainda mais desconfiado quando seus lábios se curvam em um pequeno sorriso - ... Você me enganou deixou que pensasse que estava dormindo - a acuso

Eu sou um idiota por cair nessa

- Claro você não achou mesmo que conseguiria dormir nesse chão achou? - suas palavras são ditas como se sabendo que essa ela ganhou por que em nenhum momento o sorriso a abandona

- Por que ficou aqui? - pergunto não entendendo seu jogo pois não vejo motivos para que queira tanto dormir em meu quarto

- Não entendeu ainda Oz? - ela agarra seu travesseiro e cobertor - Eu não sou os idiotas dos seus antigos guardas eles você pode ter enganado mas não eu por que se dividirmos uma cama eu estarei ao seu lado para não permitir que fuja no meio da noite como tanto faz mas agora chega de conversa que estou com sono e quero dormir abraçada com você - Davika passa direto por mim e quando me dou conta ela já escolheu um lado da cama e agora levanta um ponta do cobertor como um convite para que me junte a ela

Isso não vai dar certo

Preciso de liberdade para me locomover sem ter alguém vigiando de perto cada passo meu

- Sem gracinhas - a aviso quando me cubro com o grosso cobertor mas mesmo assim meu corpo fica rígido quando seu braço circula minha cintura e sua mão me aperta sobre o casaco - Fique no seu lado - digo apreensivo com sua mão me apertando

Em outras circunstâncias isso seria bom

Mas não agora

Tenho planos e nenhum deles pode ser arruinado por uma bela mulher que não entende o conceito de espaço pessoal

- Relaxe Oz - Davika sussurra em meu ouvido - Eu sei o por que de você usar roupas largas e casacos no verão esse será nosso segredo não se preocupe como disse você esta seguro comigo

Minha mente se rebela contra sua confissão e pânico me assombra com a ideia que meu segredo mais profundo seja descoberto não sou um homem comum pelo contrário viver do jeito que vivo é sufocante estou preso em minha própria mente e tenho vontade de gritar para que alguém me ouça e entenda que nada disso que está acontecendo é o que quero

- Não sei do que está falando - me faço de desentendido não pronto para colocar em palavras meus questionamentos como por exemplo como sabe e a quanto tempo vem me observando por que sua resposta pode ser assustadora

Não quero nem pensar no que mais essa mulher sabe

É até impressionante que não esteja atrás das grades se suas suspeitas sejam verdadeiras

- Não pense mas nisso Oz nós estamos juntos até o fim e além - sua afirmação parece uma promessa muito estranha mas verdadeiramente não tem nada de comum em dormir com minha guarda costas abraçada a mim então deixo passar

Nunca pensei que a primeira mulher com quem dormiria seria paga para ficar ao meu lado

Bufo não acreditando no absurdo de estar dividindo minha cama com uma completa estranha que não só está zelando por minha vida como também tem o poder de me colocar atrás de uma cela

Onde meu pai estava com a cabeça quando sugeriu que a policia me protegesse?

Eles agora são mais um problema do que a solução


OI pessoal

Vocês poderiam me dizer o que estão achando até aqui? 

Esta bom, ruim ou precisa melhorar?

Desde já agradeço por lerem até logo 

AnimalWhere stories live. Discover now