-Capítulo 56-

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Bem eu não pensei que meus punhos poderiam ser tão pesados 

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Bem eu não pensei que meus punhos poderiam ser tão pesados 

A duas mesas a frente Miguel sentado com um líder de gangue e seus garotos ele com dificuldade come a sua comida seus hematomas são vários que se espalham por seu corpo e assobiando de dor a cada respiração eu aprecio o meu trabalho como algo necessário já que seus hábitos que não posso chamar de outra coisa além de tortuosos hoje nesse instante o filho de Sérgio experimenta para si o que por várias vezes provocou em almas que antes se feriram

O refeitório se encontra com a sua capacidade máxima homens lotam mesas que ocupadas elas suportam o peso de serem usadas por quem já não possui características que o fazem humanos a comida permanece com seu sabor quase que intolerável o gosto é um dos piores mas levando a colher cheia a boca eu engulo cada pequena mordida como se o alimento em meu prato fosse o melhor que existe 

Deus o que é isso?

Pegando com a colher o que eu acho que deveria ser carne com molho eu deixo que caia novamente na bandeja sem entender onde foi parar a carne e o que é todo esse molho que de aparência duvidosa não me atrevo a se quer provar o arroz também não possui uma imagem muito melhor mas pelo menos eu consigo saber que o que estou prestes a comer é algo comestível 

- Foi você? - Raul pergunta quando ao apontar para trás de si ele indica Miguel que sofridamente come com um ódio a muito cultivado - O boato de que ele mexeu com a sua mulher se espalhou pela prisão  e com isso todos os detentos estão em alerta já que Miguel apareceu hoje todo destruído 

Dois dias esse é o tempo que Miguel levou para ser cuidado na enfermaria seus hematomas e contusões são um claro sinal de meu descontentamento as feridas que o cobrem e as marcas que deixei como um lembrete nada mais são do que indícios de que confinado em uma prisão eu tive meus ideais corrompidos por um ato de raiva que me levando a fazer algo que jamais faria minha mente se livrou das restrições que eu mesmo coloquei 

- Entenda uma coisa Raul eu não vim para esse inferno sem um motivo - soando convicto de até onde meus passos me levarão eu não temo os meios que me impulsionaram mais a frente - Eu não estou aqui para servir de brinquedo a detentos que acham que conseguem me demolir mas tenha em mente que também não irei tolerar desrespeito Miguel com suas atitudes era só uma questão de tempo para que colocasse minhas mãos sobre ele mas o limite foi ultrapassado quando o seu desejo e cobiça ao transbordarem ele seguiram em direção a minha mulher 

Não sou um homem paciente mas por longos anos fingi ser não sou alguém calmo mas é escondendo a minha inquietação que me cobrindo com uma imagem que não me representa eu fui muito além do que esperavam que conseguisse chegar pois a disciplina e autocuidado foram tão necessários que ocultando o meu traço mais forte me transformei em um palhaço para a minha diversão 

- Reira... bem... é... ele conseguiu o que você queria - soando com medo Zembro se encolhe ainda mais e ficando parcialmente escondido atrás de Reira ele busca em seu amante um conforto que o salve do incomodo que provoco em sua consciência 

- Você conseguiu? - pergunto já com ideias povoando a minha mente e é entendendo a dificuldade em realizar o meu pedido que uma boa recompensa deve ser dada 

- Hum... sim o meu pessoal do lado de fora não obtiveram o seu pedido de um modo simples mas apesar das dificuldades aqui esta - retirando de seu bolso um lenço eu já posso imaginar as maldições de seu proprietário pois o homem dono desse pequeno objeto não o perderia sem que palavras cheias de ódio saia de seus lábios 

- Bem isso não é lindo? - admirando o anel eu o viro de cada lado para que assim eu pegue a sua imagem completa 

Sérgio nesse momento deve estar queimando a sua irá em soldados que em nada conseguiram impedir um roubo pois como uma joia de valor monetário e sentimental eu tenho satisfação percorrendo o meu corpo pois em minhas mãos esta uma joia que ao mesmo tempo que conserva o tempo como uma história de família ela também no futuro será só mais um lembrete de que sua queda é inevitável 

O ouro brilha sem qualquer impureza já a pequena pedra em rubi que no centro se torna um lindo destaque nada mais é que em conjunto a um metal valioso ela se transforma em um anel que sendo usado por um porco sem cérebro o que deveria ser considerado um objeto de riqueza em suas mãos é só um anel que sem ser segurado como deveria seu valor se perde diante de sua ignorância 

- O que fará com isso? - Raul sem saber de meus planos ele questiona uma coisa que sempre esteve resolvida em minha mente 

- Isso não é obvio - rindo eu me encho de uma loucura que me atormentando com cenas que nunca poderei argumentar contra eu só posso me permitir ser levado por vontades que sem explicação só me fazem mais perturbado para que um dia possa evidenciar a fera que encontrei em meu interior - Eu devolverei a seu dono 

Sérgio não ficara nada feliz 

Mas o que posso fazer se o que tenho em minhas mãos um dia precisa retornar a seu dono?

- Esta ficando louco? - Reira ficando de pé ele gritar a sua indignação - Você sabe o trabalho que deu para conseguir isso?

- Sente-se - com um tom que não admite ser contrariado eu volto a ordena-lo - Sente-se e cale a sua boca se tudo que for dizer será meu nome como xingamentos você pode se esquecer mas eu não tenho nenhum problema em ensina-lo algum respeito 

Já fui tolerante demais 

No passado as risadas me acompanhavam como um mal difícil de me livrar 

O respeito nunca esteve envolvido quando ao dar as costas meu pai se afastava 

Mas agora isso termina aqui 

Se quero obter alguma consideração 

Primeiro tenho que colocar limites 

- Desculpe - contrariado mas engolindo o seu orgulho Reira volta a se sentar - Bem se você ira devolver o anel então por que todo o trabalho para pega-lo?

- Me diga uma coisa Reira - passando o meu dedo sobre cada entalhe eu sinto um imenso poder em segurar uma joia que para seu dono tem um valor incalculável - Você por acaso não gostaria de ser enterrado com o anel que além de o acompanhar para todo canto desse mundo ele também tem um alto valor sentimental?

- Hum... você esta dizendo... você esta dizendo que irá matar o dono desse anel? com seu corpo tenso Raul agora parece olhar para o objeto em minhas mãos com certo medo 

- Eu não - ficando de pé o lenço contendo o anel de Sérgio é colocado em meu bolso quando ao me inclinar eu sussurro com diversão - Mas a Besta 

Nada pode para-la 

Seus gostos duvidosos

E manias que o prendem a uma sequencia de crimes 

Tudo o tem em espera e poucas coisas o fazem submisso 

Mas se tem um ponto fraco 

Então eu diria que é o seu coração 

A noite como a sua aliada ele a usa para mascarar os seus gostos o que deveria ser só um jeito de punir almas condenadas no fim era só a sua maneira de lidar com o seu desejo em ver a vida se apagando e é olhando pela janela com a linda lua no topo que não consigo deixar de me perguntar qual o tamanho do estrago que a tão famosa Besta pode causar se decidir que suas férias deve terminar?

Certamente que ninguém ficaria a salvo 

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