-Capítulo 74-

13 1 0
                                    

Já fiz muitas coisas em minha curta vida 

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Já fiz muitas coisas em minha curta vida 

Não sou ingênuo quando digo que nada poderia me surpreender 

Mas foi sem qualquer aviso que hoje Davika tem o poder de me trazer de joelhos 

Minha mãe é importante para o meu pai a mulher que me deu a vida mesmo após a sua partida ela continua presente nas memórias que fizeram juntos e é agora passando pela mesma possibilidade de perda que por fim entendo quando dizem  que um amor é capaz de amolecer um homem assim como a dor também tem o poder de nos mudar 

Com Davika em meus braços eu saio para o que a minha frente são portas de grandes dimensões que anunciando que chegamos ao hospital é em um desespero imenso que caminhando para dentro eu grito por ajuda afinal a mulher que atualmente humedece as minhas roupas com o seu sangue é preciosa demais para vagar em um mundo onde a vida não exista a sensação fria do líquido rubro, a angústia em não saber se teremos um final feliz e o pavor que vem com o entendimento de que pela primeira vez eu posso perder a única mulher que já cheguei a nutrir sentimentos que ligados ao amor eles só me fazem reconsiderar se verdadeiramente eu sou uma boa escolha para a sua vida 

- Por favor alguém me ajude - sentindo que sua vida está se esvaindo é derramando lágrimas que oro e imploro a um Deus que nunca depositei a minha fé 

Escolher ser preso para que assim uma ordem do meu pai fosse cumprida não é algo que alguém faria por vontade própria mas foi preso em um banheiro enquanto Davika estava do outro lado da porta que uma simples denúncia feita com a única intenção de perseguir Miguel até os portões do inferno eu me vi encarcerado para que desse modo pudesse brincar com a minha vítima 

A minha religião é a dor os meus mandamentos são simples mas com um forte desejo em percorrer uma longa estrada com Davika ao meu lado eu faço de minhas orações um clamor que atingindo os céus meu único pedido é que dessa vez a mulher que amo também não seja tirada de mim meu pai como um viúvo ele fez de seu objetivo permanecer inteiro para que eu o seu garotinho pudesse viver para conhecer o rosto de quem doou a sua existência para que seu filho fosse apresentado como um legítimo herdeiro

- Senhor nós assumimos daqui - vindo até mim dois homens trajando uniformes indicam onde devo colocar Davika e a levando para além das portas eu a sigo de perto mas não aceitando que ultrapasse o limite uma enfermeira me impede de prosseguir 

- Desculpe mas o senhor não pode seguir adiante 

- Hum... certo - voltando para onde algumas cadeiras estão dispostas eu me sento como se um grande peso pressionasse o meu peito e levando as mãos ao rosto é sentindo uma preocupação sem limites que amaldiçoar é tudo que consigo fazer 

Eu sou um idiota 

Quando Davika mais precisou de mim 

Eu falhei em resgata-la  

Os segundos é como se durassem em um infinito loop e cada minuto que passa é como se fosse horas de espera o nervosismo brinca com a minha mente e imaginando cenários onde a loucura toma posse de meus pensamentos é com os punhos fechados que já consigo ver toda a dor que provocarei em Sérgio por que nada o salvará da minha ira afinal uma punição merece ser dada para que futuramente ninguém pense que é uma ótima ideia mexer com um Dafoe 

- Oz - meu pai atingindo onde estou ele também ocupa um lugar na desconfortável cadeira - Eu já dei os dados de Davika certamente ela será bem atendida - suas palavras tentam ser um consolo mas nada tem o poder de me acalmar - Como você está?

Como estou?

Bem devo dizer que de tanto sangue que derramei é a minha camisa ensanguentada que me assusta?

Encarando a parede a frente eu não consigo reunir um pensamento racional não me interessa as cicatrizes que minha mulher tenha não importa o tamanho de seu ferimento Sérgio pagara em dose dupla por tudo que causou e se Davika não resistir eu só tenho a intenção de faze-lo viver por tempo o suficiente para uma e outra vez lamentar por suas escolhas será anos de uma longa tortura que só o trará mais louco e ansioso para cair nas garras da morte 

- Eu vou destrui-lo pai eu juro que vou 

- Esqueça isso Oz - meu pai colocando a sua mão em meu ombro ele dá um aperto ao expressar um de seus conselhos - Se concentre em sua garota ela vai precisar de você quando acordar 

Sim 

Certo 

Davika ira acordar 

Ela tem que acordar 

- Os responsáveis por Davika Atlas - O médico com a sua expressão imperturbável ele agita os meus sentimentos que amedrontado eu dou um passo a frente 

- Sim eu sou o seu noivo - minto sem culpa 

- Bem... as noticias não são tão boas - suspirando o pequeno homem a minha frente de repente demonstra compaixão - A senhora Davika Atlas precisa de uma transfusão de sangue 

Uma...

Transfusão 

Certo então Davika ficará bem depois disso 

Não é?

- Então vá em frente e faça se isso vai fazer com que minha noiva fique bem novamente então tudo bem - com esperança se infiltrando em meu coração é a ideia de que ficaremos juntos que cada vez mais me enche de expectativas 

- Oz - meu pai pronuncia o meu nome com certa urgência - Filho olhe para mim 

- Davika possui um tipo raro de sangue - em um tom como se declarasse que minha garota não tem chances o médico muito sábio ele dá um passo a trás quando por fim entendo o que tanto quer dizer 

- Raro? - pergunto ao tentar juntar as peças que formam a imagem final - Davika possui...

- Oz você é o único capaz de salva-la - como se estivesse se enchendo de coragem meu pai admite - No passado eu fiz uma coisa horrível mas o medo em perde-lo falou mais alto 

- O que você fez pai?

- Davika o salvou uma vez agora é a sua chance de retribuir o favor 

AnimalWhere stories live. Discover now