O Grande Torneio

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"Pauper est amor, qui metiri potest" (É um amor pobre aquele que se pode medir)

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"Pauper est amor, qui metiri potest" (É um amor pobre aquele que se pode medir)

— William Shakespeare 


Kassandra

Se passaram alguns dias desde o embate do imperador com o primo, Ninsina contou – me que o homem estava com a mão e os cinco dedos quebrados. Esse foi o castigo do imperador por seu primo ousar tocar – me. Ele mesmo quebrou destruiu a mão de seu primo.

Essa possessividade do imperador, às vezes, me assustava muito, temia que por ser tão intenso e por vezes descontrolado. Esse sentimento de posse que tinha por mim poderia me colocar em apuros. A cada dia que passava ficava mais temerosa de como ele reagiria a minha gravidez.

As vezes eu sentia a criança mexer levemente dentro de mim, minha barriga não cresceu, segundo Ninsina a criança estava alojada nos meus quadris, pois eles aumentaram significativamente, meu ventre está levemente inchado, Amaranta achava que eu estava com quase quatro luas, logo a criança nasceria pelas minhas contas no primeiro dia do solstício de verão.

Suspirei alisando meu ventre timidamente, as vezes, conversava com a minha menina. Independente dos o que os ritos antigos diziam eu sentia dentro de mim que esperava uma menina. Apesar do medo estava feliz em ter um laço familiar com alguém, sentia falta da minha família, pensava se ela se pareceria comigo, se teria a cor dos meus olhos ou cabelos.

Ou se pareceria com o seu pai, uma menina gorducha de pele azeitonada e cabelos negros como os do imperador e com meus olhos, era a criança que permeava os meus sonhos, era essa a imagem que eu tinha da minha criança uma mistura de nós dois. A mais bela criança que eu já vi.

Retomei minha mente dos meus devaneios ajeitando o belo vestido vermelho no meu corpo hoje seria o grande torneio e o imperador ao que parece queria me exibir como um suvenir de guerra arrojado. A tiara em minha cabeça pesava um pouco toda feita de ouro a indumentária em forma de folha caiam pelos cachos soltos dos meus cabelos brincos enormes também em forma de folhas e com um rubi enorme no meio adornavam as minhas orelhas.

Braceletes cobriam meus antebraços e, por fim, um cinto com a ponta comprida pendendo para um lado marcava a minha cintura. Eu me sentia uma estátua em exposição, uma alegoria, o imperador queria demonstrar sua posse, talvez pela audácia do primo em mostrar interesse por sua concubina tão explicitamente.

Mardok entrou no quarto, ele iria me levar até o camarote principal que era destinado a ele e onde também ficariam Andreyna e Zirat. O soberano achou por bem eu ter companhia enquanto ele lutava, eu agradeci pela consideração dele pensar em mim. Estava assustada ter que encarar aquelas pessoas estranhas e soberbas sozinha era um medo real.

— Sua beleza é surreal, anat,tão pura e imaculada que me extasia. — Mardok acariciou meu rosto, os calos dos seus dedos arranhando a pele delicada.

Da guerra ao AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora