Traições

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"Sine fiducia, amor dolor fit ac ne fortissimus quidem affectus potest vivere"(Sem confiança o amor vira mágoa e nem o mais forte dos sentimentos pode sobreviver)                                                                                     ...

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"Sine fiducia, amor dolor fit ac ne fortissimus quidem affectus potest vivere"(Sem confiança o amor vira mágoa e nem o mais forte dos sentimentos pode sobreviver) - V.G.Oliver

Mardok

Vendo vermelho andei até onde o casal de traidores estavam submersos um no outro. Em um movimento meu primo voou para longe daquela messalina. Traidora miserável.

"Eu te sinto, meu senhor. Acredites em mim, estás alojado em mim. Eu o amo, acredite nisso."

"Sou tola por te amar?"

O único tolo naquela situação era eu por ter confiado e acreditado que ela poderia verdadeiramente me amar. Inferno como isso doía. Saber que provavelmente ela não era só minha, mas o que mais me machucava era a possibilidade dela amar realmente ao meu primo. Como? Quando? Como eu não vi isso acontecendo?

- Senhor... - A empurrei quando ela tentou me tocar a fazendo cair no chão aos prantos.

- Temes pela vida de seu amante, vagabunda? - Falei encarando - a e pela minha visão periférica vi Ador vindo em minha direção.

- Não toques nela, Mardok! Eu sou o problema, Kassandra nada fez, eu a segui até aqui. - Sorri com escárnio.

- Estas vendo, vadia cigana, como seu amante a defende? Vocês se merecem!

- Não tenho amante, meu senhor, entendeste a situação de forma errada. O que seu primo diz é certo não somos amantes! - Gritou a prostituta com ar de inocente. Não a respondi soquei Ador com todo ódio que eu tinha, até senti o osso da sua face se esmigalhar no meu soco chutei seu corpo inerte no chão.

- Vais matá - lo! Pelos Deuses... - Assim que ouvi o grito dela aterrorizada com a possibilidade de meu primo morrer, o ódio voltou com tudo e subiu novamente a minha cabeça.

Levantei - me deixando aquela escória para trás e puxei Kassandra pelos cabelos a arrastando pelos corredores. Encontrei dois soldados e mandei - os levaram o corpo do meu primo e jogarem em uma das celas. Com aquele verme eu me resolveria mais tarde agora acertaria os pontos com aquela traidora.

A arrastei em meio aos seus gritos e lamentos de dor. Eu estava pouco me importando para o que ela sentia ou deixava de sentir. A agonia que eu estava sentindo minha dor dilacerava a alma, a dor que ela me causou eu dei tudo de bom que eu tinha para ela, o que eu achava que nem tinha. Eu tentei fazê - la ser feliz, e falhei miseravelmente. Falhei em fazê - la ter sentimentos reais por mim.

Abri a porta dos meus aposentos em um baque e joguei dentro vendo - a tropeçar em seus próprios pés e cair no chão. Kassandra virou - se para mim olhando - me aterrorizada.

- Por quê? Por quê me olhas aterrada? Me temes? Eu te dei tudo sua vagabunda impostora! Você... Me temes, mas olhavas ao meu primo com complacência, sem ressalvas. Sem... - Minha voz se perdeu em meio ao ódio e segurei seu cabelo apertando - o no seu couro cabeludo com força fazendo - a me encarar. Decepção e ódio era o que a besta em mim sentia.

Da guerra ao AmorWhere stories live. Discover now