06_ Precisa-se de atendente.

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ㅡ Er... ㅡ Franzi minhas sobrancelhas encarando ele ainda surpresa por ele está aqui de manhã cedo. ㅡ O que??

ㅡ Eu sei, pode ser estranho para você eu está aqui uma hora dessa. ㅡ Ele passou a mão pelo cabelo. ㅡ Mas depois da conversa que a gente teve ontem eu senti que precisava te ajudar.

ㅡ Wesley... ㅡ Sussurrei. ㅡ Não precisa, Wesley. A nossa conversa me ajudou bastante e por isso estou acordada tão cedo.

ㅡ Não aceito não como resposta, Nadine. Quando eu sinto que preciso ajudar alguém, eu ajudo sem pensar duas vezes. ㅡ Ele sorriu colocando as mãos no bolso. Só então eu pude reparar no quanto ele estava bonito naquele dia. Ele usava uma camisa com mangas, mas ele tinha as levantando e a camisa era cinza. E ele vestia uma calça preta que também estava levantada, e um tênis preto. ㅡ Topa? ㅡ Acabo soltando um sorrindo sentindo que eu não poderia negar de jeito nenhum.

ㅡ Ok! ㅡ Ergo minhas mãos assentindo fazendo ele comemorar. ㅡ Mas, só depois do café. ㅡ Fiz um sinal chamando ele para a cozinha, vendo que a minha mãe estava lá. ㅡ Mãe? A senhora não tava lá na sala? ㅡ Encaro ela.

ㅡ Não queria atrapalhar a conversa de vocês. ㅡ Ela falou. ㅡ Vai tomar café com a gente, Wesley? ㅡ Minha mãe olhou para ele.

ㅡ Na verdade não, tia. Eu já comi. ㅡ Ele negou.

ㅡ Pelo menos senta. ㅡ Murmuro sentando na mesa. ㅡ Mãe, o papai falou algo antes de sair? ㅡ Falei enquanto pegava o bolo.

ㅡ Ele só disse que ficaria de olho em você mais para tentar ao menos te ajudar. ㅡ Respondeu-me.

ㅡ Ajudar? Colocando mais pressão?

ㅡ Nadine, ele só quer te ajudar. ㅡ Minha mãe falou.

ㅡ Que ajuda diferente, né? ㅡ Encaro ela. ㅡ Aliás, você viu do jeito que ele falou comigo?? Sinceramente, eu respeitei muito ele ontem. ㅡ Comecei a comer rápido, mas não tanto. Eu não queria ficar nervosa tão cedo.

Logo eu terminei de tomar meu café, subi para escovar meus dentes e em seguida desço novamente.

ㅡ Vamo, Wesley? ㅡ O chamo vendo ele assentir levantando do sofá. ㅡ Mãe, talvez eu só chegue na hora do almoço.

ㅡ Tudo bem, não me responsabilizo por nada. ㅡ Ela sorriu maliciosa erguendo as mãos. ㅡ Até mais tarde. ㅡ Piscou o olho sorrindo. Balanço a cabeça negativamente revirando os olhos e abrindo a porta.

ㅡ Tchau, mãe. ㅡ Puxo o Wesley rapidamente para saímos de casa antes mesmo que ela fizesse mais alguma coisa ou jogasse mais uma indireta. ㅡ Tá, já que você teve a ideia desse passeio. Qual a sua ideia?

ㅡ Vou te levar para o centro da cidade, para você da uma olhada nos lugares e tentar abrir a sua mente. ㅡ Ele olhou para mim com um sorriso sereno. Não sabia muito bem como, nem o porque, mas o seu sorriso tinha me passado segurança ( na real as vezes eu me sentia uma emocionada com isso ). De verdade era estranho, até porque faz um dia que eu " conheço " ele. ㅡ Tá preparada?

ㅡ Acho que sim né. ㅡ Dou de ombros.

ㅡ Então vamos. ㅡ Ele sorriu para mim ameaçando a sair dali, porém, eu peguei em seu braço num reflexo o impedindo.

ㅡ Espera, Wesley. ㅡ Falei um pouco baixo por ter pegado no seu braço assim do nada.

ㅡ O que foi? Algum problema?

ㅡ Não... ㅡ Neguei rapidamente. ㅡ Eu só queria saber porque você tá fazendo isso por mim sendo que não me conhece. ㅡ Coloco meu cabelo atrás da orelha um pouco tímida.

ㅡ Olha, Nadine, eu também não tenho resposta. ㅡ Ele riu. ㅡ Mas eu gosto de ajudar as pessoas, e eu sei que a gente não se conhece. Só... ㅡ Ele fez uma careta pensativa parecendo procurar a palavra certa. ㅡ Aproveita ao máximo e esvazie a sua mente, esquece dos problemas. No final do dia, você terá o resultado. ㅡ Ele sorriu mais uma vez, fazendo um sorriso se abrir automaticamente nos meus lábios.

Era isso que eu iria fazer. Esquecer os problemas e aproveitar o dia.

[...]

ㅡ Ta, ok, essa vai ser a última loja que eu vou olhar. ㅡ Murmuro para mim mesma parando na frente da loja.

ㅡ Aproveita, boba. É Riachuelo. ㅡ Wesley debochou me fazendo encara-lo. ㅡ Brincadeirinha. ㅡ Ele riu erguendo as mãos. ㅡ Tem um cartaz bem ali dizendo que estão precisando de uma atendente.

ㅡ Hm... ㅡ Olhei para aonde ele apontava e vi que realmente estava escrito " precisa-se de atendente ". Franzi minhas sobrancelhas encarando e percebendo que seria uma ótima oportunidade.

ㅡ Quer entrar lá e tentar a sua sorte? ㅡ Wesley me encarou sorrindo. Acabei, novamente, retribuindo o sorriso automaticamente enquanto assentia e em seguida entramos na loja.

Um leve frio na barriga percorreu por tudo aqui dentro de mim enquanto eu entrava e via que a loja ainda não tinha tanta gente assim. A maioria estava de uniforme, ou seja, trabalhavam aqui.

ㅡ Olá! ㅡ Um rapaz apareceu na minha frente sorrindo para mim. ㅡ Posso ajudá-la?

ㅡ Er... ㅡ Acabei perdendo as palavras ao não saber o que responder. Mas, eu não poderia deixar isso acontecer ( na verdade antes de entrarmos na primeira loja o Wesley me fez prometer que não ficaria nervosa. E com isso veiu a recompensa do final do dia - se eu ficasse nervosa eu teria que da para ele a coisa mais cara do primeiro mercado que entrasse, e se eu NÃO ficasse nervosa ele teria que me da quantas barras de chocolates que eu quisesse - e foi assim que apostamos ). ㅡ Meu nome é Nadine, e eu vi ali na frente que estão precisando de atendente. E eu estou interessada.

ㅡ Hm... ㅡ Ele me olhou de cima abaixo, em seguida me olhou. ㅡ Meu nome é Peter. Vem comigo, só você gatinha. ㅡ Ele sorriu. Olhei para o Wesley na mesma hora.

ㅡ Te espero lá fora, ok? ㅡ Ele sorriu carinhosamente para mim. Naquele momento, se eu tivesse com algum nervosismo, tinha passado com o seu sorriso.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Assenti sorrindo para o mesmo, em seguida sou puxada pelo Peter.

ㅡ Ok, Nadine. ㅡ Peter me olhou enquanto ia para atrás do balcão. ㅡ Infelizmente não sou eu que faço a entrevista. ㅡ Ele me encarou. ㅡ O que você quer aqui?

ㅡ Bom... ㅡ Coloco minhas mãos sobre o balcão me sentindo um pouco... estranha. Tipo, eu sentia vontade de falar toda a verdade, mas, eu senti que não conseguiria. Sei lá! Eu não sentia uma " abertura " ou um pouco de " segurança " em falar isso. ㅡ Tá, sendo sincera eu preciso né. Eu desejo, quero, conseguir juntar dinheiro para a minha faculdade. Por isso eu resolvi procurar um emprego. ㅡ Expliquei.

ㅡ Fazer faculdade era o seu sonho?

ㅡ Na verdade... ㅡ Me auto interrompi ao NÃO saber o que responder novamente. Não era o meu sonho, na verdade. Como eu disse, o meu pai quer muito que as filhas dele sejam formadas e bem sucedidas. E para colocar mais uma pressão em cima de mim, ele colocava a Bruna como exemplo de uma mulher forte e que conseguiu o que queria por estudar na maior faculdade. ㅡ Não, Peter. Nao é o meu sonho, mas eu quero. ㅡ Dou um sorriso fraco sentindo meu coração acelerando. Eu não tinha falado com convicção, e isso era ruim.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Ele assentiu. ㅡ Espere aqui. ㅡ Ele deu um sorriso fraco também antes de sair de trás do balcão e entrar em um corredor do lado. Me deixando sozinha com uma careta e com o coração acelerado.

•••
Demorou? Claro, mas relevem. Estava muitoooo ocupada com as aulas kkkkk.

Beijinhos!

Cuidado, Garota ApaixonadaWhere stories live. Discover now