Cuidado, Garota Apaixonada

19_ Seu sorriso é lindo.

ㅡ Pai, ele não é um pervertido. ㅡ Revirei meus olhos passando pelo meu pai e saindo do quarto.

ㅡ Como você pode ter certeza? Nem conhece ele. ㅡ Meu pai falou me seguindo.

ㅡ Conheço sim, pai. ㅡ Respondi descendo as escadas. ㅡ Só não totalmente. ㅡ Murmurei.

ㅡ Nadine, ele não é de confiança.

ㅡ Você não conhece ele, pai! Como diz isso sem conhecer??? ㅡ Parei no final da escada e encarei ele.

ㅡ Eu conheço esse tipo de gente, Nadine. ㅡ Meu pai cruzou os braços. ㅡ É melhor você... ㅡ Bruna o interrompeu.

ㅡ Por que estão brigando?? Temos visita. ㅡ Ela fez um sinal demostrando que o Wesley estava perto da porta.

ㅡ Oi Wesley.

ㅡ Você não devia está aqui. ㅡ Meu pai falou me fazendo encara-lo.

ㅡ Pai!! ㅡ Exclamei. ㅡ Fala sério, em! Educação não existe mais no seu vocabulário?? ㅡ Cruzei meus braços encarando também encarando-o.

ㅡ Claro que existe. Mas ele está na minha casa, posso dizer o que eu quiser.

ㅡ Pai!! ㅡ Eu e Bruna falamos ao mesmo tempo.

ㅡ O que tá acontecendo?? ㅡ Minha mãe saiu da cozinha nos encarando confusa.

ㅡ O pai! ㅡ Apontei para o mesmo. ㅡ Quer saber? Tô saindo! ㅡ Fui até o Wesley e peguei a mão do mesmo. ㅡ Vem, Wesley. ㅡ Puxei o mesmo para fora de casa.

ㅡ Nadine, volta aqui!! ㅡ Escutei a voz do meu pai antes de fechar a porta e sair dali puxando o Wesley.

ㅡ Arg. ㅡ Resmunguei soltando a mão do Wesley e passando a mão pelo cabelo. Estava nervosa, muito nervosa. Como o meu pai podia está sendo tão idiota daquele jeito??? Caraca! O Wesley não fez nada! Nada!!

ㅡ Nadi? ㅡ Wesley me chamou me fazendo virar para olha-lo. Ok, estava nervosa com o comportamento do meu pai, mas ao olha-lo nos olhos fez com que uma calmaria invadisse o meu peito. ㅡ Tudo bem?

ㅡ Talvez o bem não seja a palavra certa. ㅡ Fiz uma careta para o mesmo. ㅡ Ai, Wesley, me desculpa. Não sei o que acontecendo com o meu pai, mas nada justifica ele ter te tratado daquele jeito sem você dizer uma palavra pra ele! ㅡ Bato meu pé no chão. ㅡ Me desculpa.

ㅡ Está tudo bem, Nadi. ㅡ Ele sorriu se aproximando de mim. ㅡ Eu nem liguei. Sei que o problema dele deve ser comigo, mas eu deixo você resolver com ele porque é o seu pai. ㅡ Perdi totalmente as palavras ao ver ele se aproximando de mim. ㅡ Tá tudo bem, ok?

ㅡ Uhum. ㅡ Murmurei balançando a cabeça.

ㅡ O que foi? ㅡ Ele ficou confuso ao ver que eu não dizia nada, apenas encarava-o. Sério, eu podia está louca, mas como era possível??? Ele era tão bonito! Seus olhos azuis, seu sorriso lindo, seu rosto, a forma que ele tratava as pessoas, o jeito que ele sorria inocentemente, o modo que ele gostava de ajudar as pessoas ao seu redor.

Aquele jeito de ser... como poderia ser possível alguém ser assim nos dias de hoje? Parecia meio que impossível, né? Mas, ele, conseguia ser. E isso era lindo se vivenciar, e acompanhar de fora vendo o quanto ele era especial.

ㅡ Você é especial, Wesley. ㅡ Me aproximei do mesmo colocando a minha mão no seu ombro. ㅡ De verdade, não sei como você consegue ser assim, mas esse jeito diferente faz você se tornar especial. ㅡ Sorrio carinhosamente para o mesmo.

ㅡ Especial? Eu?

ㅡ Sim. ㅡ Assenti. ㅡ Você é muito especial.

ㅡ Na real... ㅡ Ele se enclinou se aproximando do meu ouvido. ㅡ Você que é especial, Nadi.

ㅡ Ata! Diz isso para meus antigos colegas para lhe responder. ㅡ Ri. ㅡ Você que é!

ㅡ A gente vai discutir mesmo para convencer um ao outro quem é especial? ㅡ Ele me encarou.

ㅡ Quer? Eu sei muito bem como persuadir. ㅡ Sorrio convencida.

ㅡ Não, não quero ter essa experiência. ㅡ Ele negou rindo, isso me fez ri em seguida. Parei de ri e o olhei, vendo que ele me olhava.

ㅡ O que foi? ㅡ Abaixei meu olhar colocando meu cabelo atrás da orelha.

ㅡ Seu sorriso é lindo. ㅡ Ele falou sorrindo para mim. Ok, o que ele acabou de dizer me fez ficar tímida. Senti no mesmo estante minhas bochechas ficarem rosadas.

Acabei corando!

ㅡ Obrigada. ㅡ Sorrio tímida.

ㅡ Ei. ㅡ Ele levou seu dedo até meu queixo, levantando a minha cabeça para olha-lo. ㅡ Não fique tímida, ok? Somos amigos agora, e sempre que eu puder eu vou te elogiar. ㅡ Ele sorriu novamente.

Acabei, novamente, sentindo as minhas bochechas ficarem rosadas. Porém, não tinha como NÃO sorri vendo aquele sorriso bonito dele.

Era tão lindo...

ㅡ Seu sorriso também é lindo. ㅡ Devolvi o sorriso para o mesmo, tomando a coragem para elogia-lo também.

[...]

ㅡ Deixa eu me apresentar
Que eu acabei de chegar
Depois que me escutar... ㅡ Cantarolei a música amarelo, azul e branco de Anavitória enquanto arrumava a minha bolsa para amanhã. O que estava acontecendo comigo? Eu não sabia, mas era bom.

ㅡ Nadine... ㅡ Escutei a voz do meu pai abrindo a porta do quarto.

ㅡ Você vai lembrar meu nome. ㅡ Cantarolei novamente fingindo demência.

ㅡ Nadine!

ㅡ É que eu sou dum lugar
Onde o céu molha o chão
Céu e chão gruda no pé. ㅡ Me virei e olhei para o mesmo fingindo surpresa. ㅡ Pai? Tá aí a quanto tempo?

ㅡ Nadine, não se faça de sonsa. ㅡ Ele revirou os olhos. ㅡ A gente pode conversar?

ㅡ Sobre? ㅡ Fechei a minha bolsa e olhei para o mesmo com a sombracelha arqueida.

ㅡ Sobre o que aconteceu lá embaixo. ㅡ Respondeu-me.

ㅡ Ah, sobre o momento em que você tratou mal o meu amigo sem motivo algum? ㅡ Debochei sentando na cama e encarando ele.

ㅡ Não é bem assim.

ㅡ Não é bem assim??? Pai, olha, eu não queria discutir com você naquele momento, mas como pôde tratar o Wesley daquela forma??? Ele só veiu aqui falar comigo! ㅡ Expliquei.

ㅡ Eu sei, Nadine. Mas tenta me entender, né? Eu só quero proteger você. ㅡ Ele tentava justificar. Tá certo, esse modo proteção vinha de todo pai, mas nada justificava né? O Wesley não fez nada.

ㅡ Pai, eu até entendo esse lado ai. Mas não entendo como e porque você falou daquele jeito grosso com o Wesley. ㅡ Levantei da cama e me aproximei dele. ㅡ Ele tá me ajudando muito, pai. E tá me fazendo muito bem nos últimos dias.

ㅡ Tem certeza?

ㅡ Tenho, pai. ㅡ Assenti.

ㅡ Tudo bem, então. Não que eu esteja confiando nele, MAS! Confio em você. ㅡ Ele sorriu beijando a minha testa.

ㅡ Acho muito bom. ㅡ Ri. ㅡ Boa noite, pai.

ㅡ Boa noite, querida. ㅡ Ele sorriu para mim antes de ir para a porta. ㅡ Ah, amanhã convide ele para jantar conosco.

ㅡ O que??

ㅡ É isso mesmo. Não é tarde para pedir desculpas, e não é cedo para oficializar o namoro. ㅡ Arregalei meus olhos ao ouvir oficializar o namoro vindo da boca dele. ㅡ Boa noite! ㅡ Ele sorriu novamente antes de fechar a porta, me deixando parada com os olhos arregalados e perplexa.

•••