|Concluída| Continuação de Azul e Dourado, mas pode ser lida de forma independente.
Anos antes do príncipe azul cruzar a fronteira, antes da guerra, no império a oeste, um imperador desolado em seu trono sangrento, e um jovem tentando escapar do pas...
AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHO, se for sensível, por favor, não leia.
Boa leitura <3
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Junmyeon finalmente terminou de esfregar o chão da cozinha. Não sabia quanto tempo havia passado ali, mas suas costas o estavam matando; suas mãos estavam avermelhadas e doloridas; e seus olhos queriam fechar. Queria se deitar o quanto antes.
Estar no palácio não era exatamente como ele esperava.
Fazia poucos dias que tinha chego. Jingli o trouxe pessoalmente, concordava com ele sobre ser um lugar seguro apesar de ter dúvidas. Talvez "ele" não fosse tão poderoso a ponto de ir contra o imperador. Jingli disse que seria apenas temporário, que quando fosse seguro seria movido para outro lugar onde poderia se estabelecer e viver a própria vida. Junmyeon não acreditava, mas se limitou a concordar com Jingli, não queria discutir com alguém que o ajudou tanto.
Junmyeon foi alocado como um novo trabalhador e foi apresentado ao corpo dos serventes do palácio. Ninguém ali sabia quem ele realmente era, embora os olhares que recebeu de alguns guardas dizia que suspeitavam. Mesmo vestindo-se da forma mais simples, talvez o reconhecessem e temia o que poderia acontecer. Temia que a informação chegasse a "ele".
O trabalho no palácio era difícil, primeiro (por ser muito bonito) foi designado na equipe que serve as refeições, mas não conseguiu passar da porta da cozinha sem cair e quebrar uma porção de porcelana caríssima. Recebeu um sermão daqueles de sua supervisora direta, senhora Zong. Então mudaram para a equipe de lavadeiras, pois ele entendia de cortes e tecidos, mas não dos cuidados necessários. O resultado? Destruiu um tecido bordado caríssimo. E mais um sermão.
Foi quando conheceu FangFang, ela também havia cometido um erro, mas Junmyeon chegou no final e ficou sem saber qual. Depois, eles conversaram voltando a ala onde dormiam os que não tinham para onde ir depois do trabalho.
— Os escravos aqui podem ir e vir? — perguntou Junmyeon.
— Escravos? — FangFang riu. — Não há escravos em Xinghong. Lorde Imperador é abolicionista, todas as cidades dos Zhang e seus apoiadores têm escravidão como crime. É assim desde o falecido imperador. Você é estrangeiro? Como não sabe disso?
Foi a partir daí que começou a ver o líder daquele país com outros olhos. E o início de sua amizade com FangFang. Era uma moça jovem, atraente, de seios fartos que escapavam do decote um pouco abaixo dos das outras que trabalhavam ali. Junmyeon gostava que ela não tinha muitas reservas na hora de falar com ele, nem ficava encarando muito como se tentasse lembrar se o conhecia de algum lugar. Então tirava suas dúvidas com ela.
O cargo que ocupava agora era na limpeza, neste finalmente se adaptou. No rodo e no esfregão, era um expert com anos de experiência. Contudo, seus erros iniciais pareceram irritar a supervisora de tal maneira que continuava dando a ele trabalhos que não deveriam ser feitos por uma pessoa só, mas ele tinha que fazer sozinho. Como limpar a cozinha inteira sozinho, que era o que tinha acabado de fazer.
