|Concluída| Continuação de Azul e Dourado, mas pode ser lida de forma independente.
Anos antes do príncipe azul cruzar a fronteira, antes da guerra, no império a oeste, um imperador desolado em seu trono sangrento, e um jovem tentando escapar do pas...
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— Que está dizendo? — Yixing sorriu de lábios fechados. Deve ter ouvido errado, com certeza.
— Eu... e-eu...
— Jun. — Grave e suave. Yixing se virou. Saindo do abraço e ficando de frente para ele. Viu o rosto tão lindo com as bochechas rosadas, as mãos unidas na frente do corpo com os dedos inquietos, e o olhar focado em si, ainda que sob os cílios escuros. Não é possível que tenha dito o que acha que escutou.
Então, as mãos inquietas tocaram o pescoço de Yixing, enlaçando-o, e os cabelos mais curtos de sua nuca levantaram com o contato. Junmyeon deu um passo a frente e estavam grudados de novo.
— O que você...
Nunca terminou de dizer, porque Junmyeon uniu os lábios aos dele. Os olhos se fecharam por instinto e se deixou levar pelo sentimento de tê-lo unido a si. Junmyeon entreabriu os lábios e o beijo se aprofundou rápido, tornando os dois uma bagunça de respirações entrecortadas, estalos e sons úmidos. Yixing envolveu-lhe a cintura com os braços, envolvido demais para conter o próprio desejo, mas cuidadoso o suficiente para não tornar desconfortável. Contudo, Junmyeon não demonstrou nenhuma prudência ao escorregar as mãos sob a gola do robe vermelho, e empurrar para os lados, deixando a mostra cada vez mais da pele macia dos ombros e peito de Yixing.
Yixing abriu espaço entre eles. Aquilo era perigoso, poderia se deixar levar pela receptividade dele e ir longe demais. Ainda se lembrava da primeira vez que perguntou sobre isso, como ele tremia. Contudo, agora, com o rosto virado para si e lábios em bico ainda úmido, não parecia incomodado.
Junmyeon se aproximou de novo, desta vez, envolveu os braços na cintura de Yixing e atacou com beijinhos a pele recém exposta. Yixing costuma deitar apenas de calças macias e robe, assim como na primeira vez que se viram, um alvo fácil para os lábios famintos que iam descendo pelo externo, descendo, descendo...
Yixing o parou, o rosto carregava um misto de emoções, o encarou nos olhos, buscando respostas.
— Vamos para a cama. — Foi o que ele disse e o puxou consigo.
Junmyeon sentou na beirada, entre as cortinas, com Yixing de pé em frente a si segurando o tecido para poder vê-lo sem interferência.
— Entende o que está pedindo? — Yixing tentou mais uma vez.
Junmyeon respondeu, simplesmente, apertando a bunda do imperador com ambas as mãos e o puxando para perto, entre suas pernas, fazendo as pélvis tocarem. O mínimo movimento esfregava pele contra tecido contra pele. Yixing perdeu a fala, o ar, arregalou olhos como nunca antes em toda a vida. Quase tombou para frente, tendo que apoiar ambas as mãos na cama, uma de cada lado de Junmyeon, para não cair em cima dele.
Junmyeon arfou com a fricção e apertou a bunda de Yixing mais uma vez antes de largar e enganchar os braços no pescoço dele e puxá-lo para mais um beijo. Yixing devolveu o favor, esfregou as palmas todo o caminho pelas costas até apertar a bunda de Junmyeon, mantendo os corpos se roçando de leve enquanto beijavam. Junmyeon parecia determinado a deixá-lo nu e voltou a empurrar a gola do robe para fora. Yixing concedeu seu desejo, separou-se por um segundo, para jogar o robe no chão.
