PARTE III - 32. A RESPOSTA DA FELICIDADE

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Boa leitura!

Junmyeon, deitado na cama, se perguntava quando aquele homem voltaria

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Junmyeon, deitado na cama, se perguntava quando aquele homem voltaria. Encarava as paredes e o teto e número grande de velas. Não haviam relógios no cômodo e parecia que uma eternidade se passou desde que ficou sozinho. A janela estava trancada, uma grossa cortina bloqueava qualquer entrada de luz de fora, não tinha como saber se era dia ou noite. E mesmo que estivesse aberta, haviam as grades. Era um pássaro engaiolado e sem penas, não tinha direito sequer a cobrir sua nudez.

Um estrondo no corredor o tirou de seus devaneios. Sentou-se, a cascata de fios escuros se derramando ao redor e sobre o tecido branco das colchas. Um segundo estrondo e seu coração começou a acelerar, ainda tinha esperanças de ter ouvido coisas. Será alguma loucura nova de Aruat? O homem é capaz de tudo, Junmyeon não duvidava disso. Ou... talvez, algo pior. Mas o que poderia ser pior que Aruat?

A porta recebeu uma grande pancada, Junmyeon prendeu a respiração. Não conseguia pensar em nada, não tinha onde se esconder, a cama era rasteira, a porta do armário também estava trancada, o banheiro não tinha porta. Mais uma batida forte, e outra e o trinco finalmente cedeu.

Mesmo que todo seu ser quisesse se encolher e desviar o olhar, Junmyeon manteve-se firme. Sua pressão baixou, colocou a mão sobre o peito e soltou uma grande porção de ar por entre os lábios. Piscou várias vezes. Estava vendo certo?

Era Yixing. Seu manto vermelho gritava contra o cômodo branco e dourado, como se chamasse Junmyeon.

Yixing caminhou a passos largos até a cama e abraçou Junmyeon contra o peito. Ainda atordoado, tudo que Junmyeon conseguiu dizer foram coisas como:

— V-vo... c... co... nã...

Céus, o calor contra si, o aperto dos braços dele, a melodia de seu coração... deveria ser um sonho, não havia como Yixing chegar ali, não havia como ele saber onde estava.

Junmyeon se afastou um pouco, mantendo as mãos presas as vestes de Yixing, como se ele fosse desaparecer se o soltasse.

— Por que veio aqui? Como me encontrou?

— Hm... — As mãos de Junmyeon apertaram mais. Não sabia que tinha sentido tanta falta de ouvi-lo até que ele começou a falar: — Acha que não percebi como reagiu a ele? Desde então mandei investigarem-no em segredo. Quando você sumiu, arrisquei que ele era a causa. No fim, eu estava certo.

— M-mas...

— Shh. — Yixing o cabelo de Junmyeon atrás da orelha direita, e com a outra mão colocou a mecha do outro lado atrás da orelha esquerda. Seus olhos repousaram nas marcas de dedos que sumiam no pescoço dele. Já o arnês de ouro que adornava seu peito em fios de correntes douradas, reveladoras e lascivas sobre a pele clara, preferia nem olhar. — Acabou.

— Acabou?

Yixing fez que sim com a cabeça.

— Ele não virá mais atrás de você. Está livre.

Branco e Vermelho ✤ SulayWhere stories live. Discover now