PARTE II - 14. PRIMEIRA NOITE

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Preparados para o começo da parte II? Porque eu não estou. Estou postando relutantemente aqui.

AVISO ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS, SE FOR SENSÍVEL NÃO LEIA

Boa leitura!

Yixing abriu os olhos em pânico, impulsionando o corpo a se sentar e entrando em posição de luta

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Yixing abriu os olhos em pânico, impulsionando o corpo a se sentar e entrando em posição de luta. Respirava ofegante. Olhou ao redor e constatou estar na própria cama, no próprio quarto, e respirou fundo, já estava claro.

— Meu lorde? — Ouviu a voz sonolenta de Junmyeon ao lado e se martirizou por acordá-lo.

— Está tudo bem... eu só... — Não encontrou as palavras.

Junmyeon se sentou, adorável, fofo, lindo, apenas isso era capaz de fazer Yixing abrir um sorriso.

— Meu lorde dormiu? — Junmyeon parecia ter entendido tudo.

Haviam dado um grande passo àquela noite, mas havia muito mais se queria que o relacionamento durasse. Precisavam se conhecer melhor, quer dizer, ambos eram personalidades famosas, todavia, não era sobre saber o que todos sabiam um sobre o outro, era sobre os detalhes.

Quando verbalizou isso para um confuso Junmyeon, recebeu a seguinte resposta:

— Você quer conhecer minha história? Você já não sabe?

— Sei o que dizem, as partes famosas. Não me parece certo, quero ouvir de você.

— Está bem, mas também quero saber a sua.

— Não tenho muito o que contar, fui feliz quase toda a vida.

— Quero saber, mesmo assim, quero te conhecer.

Yixing concordou quase corando com a ideia de Junmyeon curioso sobre si, e, assim, voltaram ao passado...

Junmyeon não tem memórias do dia que nasceu, do mês, que país nasceu, que cidade, que vila, sob que regime, sob que cultura. Não tem memória do rosto de seus pais, se chegou a conhecê-los, se tem irmãos, irmãs, tios, tias, primos e afins. Não se lembra como começou. Desde sempre, foi um escravo, desde sempre, teve que viver sob as ordens, desejos e vontades de outros.

Mercadores de escravos não costumam levar crianças, então deveria ter sido morto ou largado por aí para morrer de fome, contudo, era uma criança bonita e os mercadores acreditaram que poderia ser vendido a um preço alto quando crescesse.

Cresceu assim, isolado do mundo exterior, acorrentado no depósito junto as outras mercadorias, como o vinho que esperam amadurecer antes de ser vendido. Puxava conversa com os outros presos, o pouco que sabia do mundo até então vinha dessas conversas sussurradas. Viu inúmeros rostos serem trazidos e levados embora, todos homens adultos, e continuou ali até ter por volta de oito anos.

Branco e Vermelho ✤ SulayWhere stories live. Discover now