Encontro de Almas.

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     Eu não sei em que momento eu me vi nessa situação, trancado dentro desse banheiro. talvez... Quando eu ouvi aquela gritaria, era uma barulheira tão alta, cheguei a pensar que estava em um massacre, que entraram na empresa e estavam matando todo mundo, mas algo estava muito estranho, não ouço sons de tiro, era pior.

[...]

Seol

Fevereiro de 2027

16:00 PM

— O que é isso..?

Murmurei quando ouvi um baque muito forte do lado de fora, junto com mais gritos dessa vez mais perto. Deixei minha câmera em cima da escrivaninha e abri a porta, na mesma hora que olhei para o lado de fora só senti um puxão, era Hana, minha melhor amiga, correndo desesperada e me levando junto, os dedos apertando ao redor do meu pulso como se nossas vidas dependesse daquilo.

— Hana?! O que houve? 

Perguntei em desespero.

— Eu não sei, tá tudo um caos precisamos nos esconder!

Ela respondeu com a voz tremula e assustada, os olhos antes gentis e brilhantes agora apenas transmitem pânico. Franzi o nariz sentindo o cheiro metálico de sangue impregnado no ar, quanto mais eu prestava atenção mais eu me assustava, as pessoas se lançavam umas sobre as outras como animais selvagens, as bocas famintas e desesperada por carne humana arrancavam pedaços da forma mais grotesca possível. Sinto que, depois de hoje, depois de tudo que vi, nunca mais serei o mesmo.

Distraído com tudo aquilo eu mal senti quando Hana parou de correr. Meu corpo bateu contra o dela, o que me fez acordar para a vida, olhando para frente.

— Gun-tae..?

A morena olhou assustada, eu consegui sentir o coração dela se despedaçar. Na minha frente, minha melhor amiga morrer por dentro no mesmo momento. Gun Tae, seu Akai-ito, estva ali, sem consciência, ele a olha com os olhos brancos e sem vida, a mordida evidente em seu pescoço mostra que o final dele não fora nada além do que agonizante. O maior rosnou como os outros pronto para se jogar em cima de nós dois.

— Gun-tae!

Hana gritou, um lamento destroçado e repleto de dor, enquanto começava um choro agonizante. Gun-tae parou como se por algum momento lutasse contra a sede de sangue. Ela deu um passo à frente, e eu apertei sua mão, impedindo-a de ir.

— Por favor, Tae.. 

Ela se virou para mim, e eu perdi tudo quando vi aquele olhar. Aquele olhar de quem já perdera tudo, minha melhor amiga está perdida e eu me sinto impotente. Não havia nada que eu pudesse fazer, por mais que ela me ame, ela perdeu o Akai-ito, sua metade. Nem se eu quisesse, eu seria o suficiente para fazê-la mudar de ideia.

— Noona... Você não pode... 

Eu tentei argumentar com os olhos enchendo de lágrimas. Ela se aproximou com um sorriso forçado, os lábios tremiam pelo choro incessante e logo nossos soluços ecoavam pelo corredor, que até então estava vazio, se não fosse nós três. Seus lábios trêmulos tocaram minha testa e a mão macia acariciou minha bochecha. 

 — Eu te amo, Tae... Muito. Quando você encontrar sua alma gêmea, irá me entender... Deixarei que me odeie até lá. 

 Balancei a cabeça negativamente em desespero enquanto via ela ir até ele, eu não pude fazer nada. Nada para salvar a vida dela. Eu fiquei parado ali até ver ele ficar incontrolável, o poder da alma gêmea foi tão forte que ele não a atacou, não por um tempo. Quando ele fez, foi insaciável, ela chorava e soluçava de dor enquanto abraçava o noivo, a mordida é fatal e ela não o soltava mesmo que ele estivesse a matando, eu só conseguia ouvir uma coisa entre os soluços:

HOPELESS || KTH + JJKWhere stories live. Discover now