O Rei Tirano e o Pássaro do Sol - KageHina

Notícias se espalham como fogo.

Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.

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  E se os rumores sobre o rei e o garoto de sorriso radiante haviam espalhado-se rapidamente pelo reino no dia seguinte à primeira noite de baile, então a notícia sobre o ruivo ser um Pássaro Sagrado espalhou-se ainda mais rápido e o reino inteiro -e logo outros reinos também- estava sabendo quem o convidado e hóspede do rei realmente era. "Um Pássaro Sagrado! Eu pensei que estavam extintos!", "Ouvi dizer que o rei e o pássaro beijaram-se!", "O garoto-pássaro estava brilhando dos pés à cabeça", "...e ele tinha asas. Asas!"... Eram alguns dos cochichos que agora corriam pelo reino...
  Quando Kageyama saira de seu aposento na manhã seguinte ao baile -sequer havia dormido, pois o baile terminara pouco antes de o nascer do sol-, fora diretamente ao aposento de Hinata, vendo que o ruivo ainda dormia tranquilamente. "Tão plácido e despreocupado", pensara ao sentar-se na ponta da cama ao lado do menor. "Ainda sigo sem acreditar que sentimos o mesmo...", pensara com um fino e discreto sorriso enquanto levava as mãos aos cabelos revoltosos e acariciava-os com calma.
  Entretanto Tobio não permanecera ali por muito mais tempo, pois ouvira leves batidas na porta e, quando abriu-a, encontrara um de seus subordinados, e este lhe dissera que seus homens o estavam esperando no salão de reuniões. Rapidamente o rei fora para lá, deixando que Shouyou dormisse por mais tempo.

  -Bom dia a todos. -Kageyama falou após os homens endireitarem-se e logo sentou-se em sua cadeira. -O que têm a me dizer? -Indagou sem rodeios, como sempre, e seu general de campo foi o primeiro a se pronunciar.
  -Prendemos mais um grupo de contrabandistas. Eles estavam em posse de vário animais raros e também encontramos mais veneno para flechas. Infelizmente ainda não sabemos a origem desse veneno ou quem são os distribuidores. -O homem disse e colocou um pote de vidro com um líquido preto sobre a mesa, apenas recebendo um aceno de cabeça do rei.
  -Conforme novas notícias recebidas esta manhã, conquistamos mais territórios ao sul, meu rei! Os povos foram relutantes ao início, mas tudo corre bem agora e estamos confiantes de que logo se rendam completamente a nós! -O comandante de batalha se pronunciou, enérgico como sempre, e mais uma vez o rei apenas acenou com a cabeça.
  -Meu rei, senhor... É verdade o que estão dizendo? -O homem responsável pelo anúncio e publicação das leis (tabelião) indagou receoso e todos guardaram silêncio, pois estavam curiosos sobre aquele assunto também.
  -O que é que estão dizendo? -Tobio perguntou sério e o homem engoliu em seco, sentindo-se pressionado pela aura do moreno.
  -Que o jovem... que o segue, meu rei, é um... Pássaro Sagrado. E que ele e o senhor... Bem... no baile, durante a dança-
  -E se for verdade? Vão fazer alguma coisa a respeito? -Indagou ríspido e ainda mais sério e todos ali sentiram um frio intenso querer lhes invadir.
  -Nunca, meu rei! Que minhas tripas sejam arrancadas se um dia eu pensar em agir contra o senhor! -O comandante exclamou ao levantar-se com um estrondo e Kageyama suavizou o olhar.
  -Apenas tínhamos curiosidade, afinal pensávamos que os Pássaros Sagrados estavam extintos... -O general disse menos eloquente e o tabelião acenou positiva e enfaticamente com a cabeça.
  -Ótimo. Agora, quanto aos contrabandistas apreendidos... -O rei falou ao inclinar-se para frente e pegar o vidro com veneno, ignorando qualquer comentário sobre o assunto que atiçava a curiosidade de seus homens. -Veja se consegue extrair alguma informação sobre este veneno. Caso não consiga, mate todos. -Disse firme enquanto analisava o líquido negro e o general levantou-se. -E certifique-se de encontrar quem está produzindo e distribuindo esse veneno o mais rápido possível. -Falou ainda olhando para o veneno em mãos e o homem curvou-se em sua direção. -Vá. -Ordenou e ele assim o fez, saindo do salão em questão de segundos. -Quero que anuncie a retomada do plantio e a redução dos impostos de começo de primavera. -Disse para o tabelião e este curvou-se e logo saiu, restando apenas o rei e o comandante no salão -além dos dois oficias surbodinados do comandante. -Me dê mais detalhes sobre a tomada de território do sul. Quero saber o número de baixas e o quanto isso nos custou. -Falou ao deixar o veneno de lado e o comandante logo começou a falar com voz forte os detalhes da conquista do território, ocupando o rei por um bom tempo e tratando sobre a próxima estratégia após seu relatório minucioso.

  Enquanto isso, Hinata, que havia acordado há não muito tempo, encontrava-se rodeado pelas moças da cozinha enquanto tentava tomar seu café da manhã, mas sem muito sucesso pois estas estavam mais interessadas em perguntar se ele era mesmo um Pássaro Sagrado ou não e se ele havia mesmo beijado o rei ou não no baile.

  -Então? Você e o rei realmente beijaram-se? -Uma das moças perguntou ao inclinar-se sobre a mesa da cozinha e o ruivo desviou o olhar, balançando as mãos de maneira agitada.
  -Você é um Pássaro Sagrado? De verdade? -Outra indagou ainda mais enérgica.
  -Pode voar? Tem asas?
  -De qual elemento você é? Pode falar com outros animais?
  -Hum... Err... Eu... Ãhn... -Hinata murmurou, nervoso, e tentou processar todas as perguntas o mais rápido possível. Mas o ruivo não conseguia colocar tudo em ordem para poder respondê-las e a cada segundo ficava mais ansioso. Então, sem mais opção e sem conseguir se expressar como deveria, Shouyou fechou os olhos e inspirou o ar com força, relaxando as costas e deixando que suas asas saíssem ali, calando a todas as mulheres imediatamente. -A-agora eu preciso ir! -Exclamou ao pegar um pedaço de pão e uma fruta e logo saiu correndo da cozinha, na direção do jardim. "Eu pensei que elas iam me devorar vivo! Não paravam de fazer perguntas!", murmurou mentalmente enquanto corria para o jardim a fim de comer tranquilamente ali...

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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.