Novos hóspedes no palácio real.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.












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  Assim como as demais notícias e rumores anteriores, a novidade sobre a família do Pássaro Sagrado estar vivendo no palácio real espalhou-se pelo reino em um piscar de olhos -e logo pelos reinos das redondezas- deixando a todos surpresos e ainda mais curiosos.
  Durante as duas primeiras semanas da primavera, após Tobio falar seriamente com seus serviçais e advertí-los sobre não importunar os hóspedes com perguntas desnecessárias, tudo correu tranquilamente... Os pais de Shouyou conversaram seriamente com Kageyama sobre o que sabiam sobre os caçadores -Natsu e o irmão estavam brincando no jardim neste então- e o rei tranquilizara-os ao dizer que seus melhores e mais confiáveis homens estavam capturando todos os caçadores e contrabandistas que encontravam, reforçando que ali nenhum deles corria perigo -e essas palavras realmente acalmaram os corações ansiosos do casal. Natsu também estava aproveitando o tempo e se divertindo no palácio, pois agora estava com seu irmão e toda sua família, todos bem e felizes. A pequena adorava o fato de poder acordar todas as manhãs em uma cama enorme -Tobio mandara preparar um quarto para a pequena e um para os pais dos ruivos, os dois próximos ao de Shouyou- e logo correr até a janela e ir para a sacada ver o mundo lá fora.
  Contudo, por mais que fosse grata ao rei por ter cuidado de seu irmão, Natsu sentia-se inquieta quando via Shouyou e Tobio juntos. Seu irmão parecia outra pessoa quando estava junto do moreno e seus cabelos e pele brilhavam por apenas ouvir a voz do maior. E isso, de certa forma, a incomodava pois aquele era um lado do ruivo que ela não conhecia, alguém totalmente diferente aos seus olhos. Por isso, curiosa sobre o que Kageyama havia feito para seu irmão ficar daquele jeito, a pequena ruiva decidiu que iria vigiar os dois e descobrir qualquer que fosse o segredo ali... Com esse pensamento em mente, Natsu iniciou seu plano de vigia e, com o passar dos dias, notara que, apesar de parecer diferente, Shouyou ainda era o mesmo de sempre, mas quando Tobio aparecia e quando estavam juntos, o ruivo mais velho imediatamente tornava-se mais contente. E Natsu soube, naquele momento, que seu irmão tinha mais uma pessoa dentro de seu coração, e essa simples conclusão fora o suficiente para deixar a pequena satisfeita, pois pensava que estava tudo bem contanto que seu irmão estivesse feliz -e ela podia ver que, com Tobio, Shouyou estava realmente feliz.
  Assim, após as duas primeiras semanas de primavera, a estadia da família Hinata passara-se com calma e tranquilidade, repleta de diversão para Natsu e Shouyou quando íam até o jardim brincar -o ruivo praticamente implorara a Tobio para que pudesse levar a irmã ao jardim, prometendo que ela não iria danificar planta alguma ou estragar nada, até ter o consentimento do rei- e também de sentimentos quentes e alegres pelo palácio. E apesar de Kageyama não estar acostumado com muitas pessoas à sua volta, aos poucos conseguira acostumar-se com a família do ruivo, pensando que não era ruim tê-los por perto. Tobio sentia-se aliviado por Shouyou não precisar mais preocupar-se com sua família e se todos estavam bem, pois agora estavam todos ali e não havia lugar mais seguro para se estar.
  "Me alegra que você possa sorrir sem preocupações agora", Kageyama pensara com um sorriso fino ao ver o ruivo conversar e rir com sua família durante o jantar. E quando os olhos cor de mel de Hinata cruzaram-se com os seus, ambos sorriram um para o outro e o calor de seus sentimentos transbordara lentamente para fora.
  Então, após o jantar acabar, Natsu fora dormir a mando de sua mãe e logo seus pais foram também, desejando uma boa noite para Tobio. E enquanto o rei observava o jardim e o reino pela sacada de seu aposento, Shouyou terminava de contar uma estória para a irmã dormir -o ruivo mais velho fazia isso todas as noites, pois Natsu dizia que só conseguia dormir bem e ter bons sonhos com a voz do irmão. E assim que acabara, Hinata beijara a testa da pequena adormecida e desejara-lhe uma boa noite, saindo do aposento sem fazer qualquer ruído que pudesse despertá-la.
  Shouyou caminhou tranquilamente até o aposento de Tobio e abriu as portas com força, como sempre o fazia, seguindo para a sacada após fechar o cômodo outra vez, mas parando para contemplar o quão lindo Kageyama era à luz da lua.

  -Planeja ficar parado aí? Uma pintura minha durará mais tempo... -O moreno falou sem sequer virar-se para si e o ruivo sorriu e aproximou-se. -Não se supõe que você deveria estar dormindo? Gastou energia demais hoje e ainda não está completamente curado do ferimento. -Disse sério ao virar-se para o menor e tocar suavemente em seu braço machucado.
  -Eu estou bem. Não sou mais criança, então decidido sozinho quando devo ou não dormir. -Hinata murmurou contrariado e desviou o olhar para o lado com um bico nos lábios.
  -Não é questão de ser ou não criança, é sobre ter responsabilidade, idiota. Você tem que descansar para poder recuperar-se logo! -Bravejou ao segurar o rosto alheio e fazer o ruivo olhar para si. -Dormir é importante para sua saúde.
  -Como se você pudesse falar de mim! São raras as vezes em que você dorme uma noite inteira! Vive perambulando pelo palácio durante a madrugada! -Bravejou no mesmo tom e o moreno estreitou o olhar para si. Contudo, ao invés de rebater o que Hinata havia dito, Kageyama apenas inspirou o ar profundamente e liberou-o com calma, soltando o rosto do ruivo e bagunçando seus cabelos com certa ternura.
  -Se não vai dormir, então fique aqui comigo. -Disse baixo ao virar-se de frente para o jardim outra vez e o menor sorriu fino e resignou-se a apenas ajeitar-se ao seu lado, escorando o corpo no de Tobio e tendo este a pôr o braço por cima de seus ombros.

  Ambos estavam em paz ali e desejando que esse sentimento durasse para sempre...













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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

O Rei Tirano e o Pássaro do Sol - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora