É tempo de retornar à casa...

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.












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  Tobio e Shouyou despertaram felizes na manhã seguinte em que dormiram juntos, e igualmente envergonhados.
  Hinata estava mais radiante e brilhoso do que jamais estivera e Kageyama igualmente bem humorado. Ambos estavam felizes e sentindo-se completos por terem, finalmente, conectados seus corpos também. Era um sentimento tão forte de alegria e realização que o casal apenas pensou em levantar-se da cama quando ouviram batidas na porta do cômodo, escutando a voz de uma das serviçais dizer que o café da manhã estava pronto pouco tempo depois. Então, com a informação de apenas uma troca de olhares, os dois sorriram, falando no mesmo instante que deveriam levantar-se e comer alguma coisa. E após vestirem suas roupas com calma, o casal saiu do aposento do rei e desceu as escadas de mãos dadas em direção à mesa onde a família do ruivo encontrava-se.
  Todos ali notaram que havia algo de diferente em Kageyama e Hinata, mas ninguém pensara em dizer nada. Os pais do ruivo simplesmente sorriram para o casal quando estes sentaram-se à mesa e Natsu os cumprimentou como sempre -ela ainda era muito jovem para perceber o que havia, mas sentia que algo estava diferente-, então todos logo começaram a comer e conversar sobre o tempo e os mais variados assuntos que lhes vinham à mente.
  E durante todo aquele dia, Tobio e Shouyou não separaram-se por mais do que cinco minutos, encontrando impossível ficar longe um do outro por muito tempo. E quando o dia chegara ao final, ambos banharam-se juntos -apesar da vergonha inicial- e, após vestirem-se, deitaram-se na cama do rei e conversaram durante horas, caindo em um sono profundo e prazeroso nos braços um do outro...
  Assim, em meio à manhãs e tardes calmas um ao lado do outro e noites por vezes quentes e cheias de sussurros e suspiros, o primeiro mês de primavera chegara ao final sem qualquer incidente e, junto a ele, a recuperação de Shouyou se completara perfeitamente.
  O ruivo sentia-se nas nuvens, tanto por conta de seu relacionamento com o moreno quanto, agora, por conta de estar completamente curado e recuperado. E justamente por ver o quão feliz e radiante Shouyou sentia-se, seus pais conversaram seriamente entre si, e com Natsu depois, sobre a volta para casa, pois eles não podiam ficar no palácio de Tobio para sempre -eles tinham sua casa e seus amigos e ali não era o local ideal para estarem enquanto Pássaros Sagrados-, então chamaram o filho para ouvir a resolução de sua conversa -juntamente de Kageyama, pois este estava seriamente envolvido em sua família agora.

  -Nós vamos para casa, Shou-chan. -Sua mãe dissera quando todos estavam plenamente acomodados nas cadeiras da mesa de refeições e o ruivo lhe encarara surpreso e agitado.
  -O quê? Por quê? Não podemos ficar aqui? -Shouyou indagara nervoso e até mesmo Tobio ficara apreensivo, pois não queria, de maneira nenhuma, que o menor fosse embora.
  -Shouyou, você não entendeu... -Seu pai dissera ao tomar à frente na conversa e segurou as mãos de sua esposa e filha, as quais estavam ao seu lado, em frente ao casal. -Nós quem vamos para casa, filho. Conversamos muito e chegamos à conclusão de que não podemos ficar aqui, pois não é o nosso lar. A nossa família, assim como todos os Animais Sagrados, não pertence a este lugar. Entretanto você, meu filho, pode escolher ficar. E seja o que for que você escolha, vamos te apoiar. -Completara a sua fala com um sorriso encorajador e sua mãe também sorrira.
  -Otosan... -Shouyou murmurou com os olhos marejados e encarou um por um, terminando em Tobio e notando a expressão de preocupação e ansiedade do moreno. -Eu-
  -Shouyou. -Kageyama chamou antes que o ruivo pudesse dizer mais e este o encarou e sorriu, como se dissesse que tudo bem, então o rei resignou-se a apenas ouvir.
  -Eu vou ficar. -Hinata dissera sério e confiante e Tobio e Natsu encararam-lhe com notável surpresa.
  -Shouyou, você- -O moreno tentou falar, mas calou-se quando o ruivo erguera a mão em claro pedido por silêncio.
  -Eu fui sério quando disse que não conseguia imaginar uma vida sem você, Tobio. -O menor falara ao encará-lo com um sorriso terno e o rei sentira o coração apertar, espalhando calor por seu corpo. -Okasan, Otosan, Nacchan... Me desculpem, mas eu não posso deixar o Tobio sozinho. -Dissera ao voltar-se para sua família agora e o casal acenou com a cabeça enquanto Natsu apenas segurava as lágrimas com bravura.
  -Nós imaginávamos que você iria ficar, e estamos do seu lado, Shou-chan. -Sua mãe falara ao secar uma lágrima que lhe escapara do controle, e sorriu.

  Shouyou, Tobio, Natsu e os pais dos ruivos conversaram mais detalhadamente sobre a viagem que a família Hinata faria de retorno à casa, a qual levaria apenas um dia e seria iniciada àquela mesma noite -apesar de não se ouvir muito sobre os caçadores nas últimas semanas, era melhor viajar à noite quando eles eram menos ativos.
  E durante todo o restante daquele dia, a família inteira -incluindo Tobio- permanecera junta, falando sobre as visitas que fariam uns para os outros e estadias de outono no palácio antes das migrações... Mas apesar dos risos e brincadeiras que as conversas geraram, o clima de despedida fora melancólico e arrastado e Natsu e Shouyou choraram quando abraçaram-se, e mais ainda quando seus pais os envolveram entre seus braços, compartilhando calor e sentimentos que espalharam-se lentamente pelo palácio e logo por quase todo reino, deixando a todos com os corações carregados de melancolia...


















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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

O Rei Tirano e o Pássaro do Sol - KageHinaWhere stories live. Discover now